quarta-feira, 13 de julho de 2016

Convenção Batista exclui igreja que batizou homossexuais

Convenção Batista exclui igreja que batizou homossexuais

Presidente da igreja excluída classifica medida de 'retrocesso'.
Convenção Batista exclui igreja que batizou homossexuais
Convenção Batista exclui igreja que batizou 
homossexuais

Em fevereiro deste ano, a Igreja Batista do Pinheiro (IBP), em Maceió, batizou membros assumidamente homossexuais. Por causa disso, foi excluída da Convenção Batista Brasileira (CBB). A decisão final sobre o caso foi tomada no último sábado (9), durante sessão extraordinária da CBB.
O presidente da IBP, pastor Wellington Santos, considera a decisão um “retrocesso”. Segundo ele, a desfiliação não afetará o funcionamento da igreja nem o tratamento aos fiéis.
“O único motivo para essa exclusão é o batismo de homossexuais. Nós sempre fomos uma igreja de vanguarda, ecumênica, assim como deve ser a igreja Batista. Fazemos parte da Convenção desde os anos 70. Sofremos sanção quando decidimos aceitar irmãos homoafetivos”, minimiza Santos.
Por decisão da maioria dos seus membros, a IBP aprovou o batismo de homossexuais. Sua liderança reclama que, a partir de então, passaram a receber críticas e ameaças, inclusive de outros líderes religiosos.
A Convenção Batista se manifestou oficialmente pela primeira vez em março, em documento assinado pelo seu presidente, Vanderlei Batista Marins, e o diretor-executivo da instituição, Sócrates Oliveira de Souza. Condenaram a decisão da igreja, que fere as orientações da convenção e, sobretudo, a Palavra de Deus.
Ainda que reconheça o direito à autonomia da Igreja Batista do Pinheiro, a CBB reclama que ela “expôs a denominação diante de uma situação desconfortável perante à mídia como se agora os batistas aceitassem livremente como membros de suas igrejas pessoas homoafetivas”.

Nada muda

O pastor Wellington Santos, resigna-se com a decisão da Convenção. Apesar de considerá-la legítima e legal, afirma que nada mudará. “Começamos a aceitar membros gays em 28 de fevereiro. E depois do que houve, não voltaremos atrás”, insiste.
Como é independente financeiramente, acredita que tudo continuará igual. Ainda assim, reclama da expulsão. “Essa violência simbólica parece muito com a violência que é cometida contra os homossexuais, de pessoas que insistem em falar que não existe crime homofóbico. Isso é uma espécie de recado, dizendo ao outro que fique calado, que se cure ou tome remédio. É um retrocesso, sem dúvida”, finaliza. 
Por Jarbas Aragão / Com informações de G1

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