segunda-feira, 26 de abril de 2021

Igreja cria auxílio para membros em dificuldade financeira durante a pandemia

Igreja cria auxílio para membros em dificuldade financeira durante a pandemia

A ajuda de R$ 250 vai beneficiar famílias em vulnerabilidade social da Primeira Igreja Batista de Mogi das Cruzes.

A Primeira Igreja de Mogi das Cruzes criou auxílio para famílias em vulnerabilidade na pandemia. (Foto: Facebook/PIB Mogi).

A Primeira Igreja Batista de Mogi das Cruzes (PIB), em São Paulo, criou um “auxílio emergencial” para os membros que estão passando por dificuldades financeiras devido à pandemia da Covid-19.

O projeto “Carregando os fardos uns dos outros” vai doar o valor de R$ 250 por família a fiéis em vulnerabilidade financeira, durante três meses, de acordo com comunicado da igreja em suas redes sociais neste domingo (18).

“Neste ano, vimos muitos dos nossos membros padecendo com o fechamento do comércio. Muitos perderam seus empregos, fecharam seus comércios, muitos estão com dificuldades até para obter o básico. Entendemos que precisávamos fazer alguma coisa”, afirmou a diretoria da PIB no comunicado.

Os beneficiados passarão por uma entrevista com assistentes sociais da igreja para aprovação da entrada no projeto. Os membros em necessidade também ganharão uma cesta básica do programa “1 tonelada a mais”.

Segundo a PIB de Mogi, a ajuda da igreja vai somar ao auxílio do governo federal e municipal, e as identidades das famílias beneficiadas serão mantidas em sigilo. Para a igreja, a crise gerada pela pandemia é uma situação singular “e momentos singulares, merecem atitudes singulares”.

Citando a passagem de 2 Coríntios 8, sobre a ajuda financeira que a Igreja da Macedônia prestou aos seus irmãos da Judeia, a PIB de Mogi lembrou que, mesmo tendo responsabilidades financeiras da própria instituição, “nossa maior responsabilidade é para com nossos irmãos, os domésticos da fé”.

“Saibam que se tivéssemos recursos sobrando, faríamos por todas as igrejas de Mogi, e se tivéssemos mais, faríamos por todos os carentes de nossa cidade”, concluiu a Primeira Igreja Batista.

          FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA PIB MOGI

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Luiz Sayão fala sobre a origem da Páscoa: “A Páscoa judaica é a mãe da Páscoa cristã”

“Se não entendermos esse cenário da libertação do Egito, fica difícil entender a libertação que temos em Cristo”, disse.

Luiz Sayão e Daniel Woods falam sobre a Páscoa judaica e cristã. (Foto: Reprodução/YouTube)

Em uma live com o professor de cultura e tradição judaica, Daniel Woods, na quarta-feira (31), o teólogo e hebraísta Luiz Sayão falou sobre a Páscoa no sentido original, conforme as Escrituras Sagradas, ponto de referência da tradição judaico-cristã. A Páscoa judaica é descrita em Êxodo 12, no segundo livro da Lei (Torá), enquanto que a Páscoa cristã é narrada nos evangelhos sinóticos (Mateus 26, Marcos 14 e Lucas 22).

Sobre a Páscoa judaica, Woods explica que foi um plano de redenção da parte de Deus para os hebreus para libertá-los da escravidão. “A Páscoa também fala do povo de Israel sendo perseguido pelos milênios, mas sobrevivendo em diversos lugares, algo que é inexplicável”, disse o judeu.

Depois lembrou da história de José, que se tornou o segundo no Egito. “Ele preparou o Egito de maneira que nenhuma outra nação foi preparada e com isso se tornou o ‘supermercado’ dos demais países”, mencionou. Bênção e maldição ao mesmo tempo, porque o Egito foi o palco da escravidão do povo hebreu. 

A Páscoa do passado e do futuro

De acordo com Sayão, a aliança entre Deus e os israelitas garante a esse povo a libertação. Ao evento específico da libertação dos israelitas das mãos dos egípcios dá-se o nome de Páscoa. 

E, no Novo Testamento encontramos a Nova Aliança através da chegada do Messias. “Ali, descobrimos a nova Páscoa, que lembra da Páscoa antiga, mas agora realinhada. Jesus comemorou com os discípulos uma lembrança especial”, observou o hebraísta.

“Da mesma forma, depois da ceia ele tomou o cálice e disse: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isto, sempre que o beberem, em memória de mim. Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha.” (1 Coríntios 11.25,26)

Ao mesmo tempo em que lembravam da “grande libertação” na época do Egito, Jesus os fazia entender a grande libertação futura oferecida a todos. “Eles ganharam identidade na Nova Aliança e vimos que a Páscoa respondeu a muitas perguntas sobre opressão, liberdade, vida e morte. E a morte é o fim de todo discurso, é o desfecho de toda inquietação e discussão”, frisou.

Sayão esclarece que, a Páscoa que tem identidade e libertação, é a Páscoa da ressurreição, aquela que fala do futuro. “Essa Páscoa nós celebramos com grande alegria e corremos para ela, com a mesma pressa que os discípulos correram para o túmulo a fim de descobrir que ele estava vazio, porque a ressurreição é a garantia do futuro, nas mãos do Deus que salva e que nos faz sentir seguros”, descreve. 

O hebraísta fecha o tema observando que poucas pessoas comemoram a Páscoa lembrando que a celebração de Jesus com os discípulos foi feita num ambiente totalmente ligado à Páscoa judaica. “Se não entendermos esse cenário da libertação do Egito, fica difícil entender a libertação que temos em Cristo”, disse ao Guiame.

“A Páscoa tem esse vínculo com a história dos judeus. É por isso que, historicamente, o significado da nossa Páscoa, hoje, tem sua base na Páscoa judaica — que é a ‘mãe’ da Páscoa cristã, finalizou.

FONTE: GUIAME, CRIS BELONI



 


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