quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O nome Jesus é registrado como marca de roupa por empresa italiana e causa alvoroço nos Estados Unidos

Jesus se tornou marca de roupas e usá-la sem autorização pode render processo nos Estados Unidos.

O nome Jesus é registrado como marca de roupa por empresa italiana e causa alvoroço nos Estados Unidos
O nome Jesus é registrado como marca de roupa por empresa italiana e causa alvoroço nos Estados Unidos
 
A notícia divulgada pelo conceituado jornal Wall Street Journal refere-se a uma empresa italiana de vestuário que anos atrás registrou o nome “Jesus” como marca e lançou uma linha conhecida como Jesus Jeans, que usa como slogan a frase “Chi mi ama, mi segua”, que numa tradução livre, pode ser interpretada como “Se me ama, me siga”.
 
Em 2007, a empresa registrou a patente também nos Estados Unidos, e desde então, advogados da empresa tem solicitado que outras empresas que lançam roupas com o nome de Jesus retirem seus produtos de circulação.
 
De acordo com informações do Christian Post, os advogados da Jeans Jesus afirmam estarem apenas tentando proteger o valor de sua propriedade: “Se alguém – pequena igreja ou até mesmo uma grande igreja – quiser usar ‘Jesus’ para a impressão de algumas camisetas, não me importo”, disse Domenico Sindico, conselheiro geral da empresa BasicNet, detentora da marca Jesus Jeans.
 
Um empresário chamado MJ Anton, fundador da Jesus Surfed Apparel Company, empresa que comercializava produtos da marca “Jesus Surfed” (em tradução livre, Jesus Surfou – uma alusão ao fato d’Ele ter andado sobre as águas) teve que retirar seus produtos de circulação após intimação dos advogados: “Quando eu descobri que alguém tinha a marca registrada do nome de Jesus eu entrei em estado de choque”, afirmou.
 
A empresa detentora da marca Jeans Jesus tem tentado obter o registro em outros país, mas por enquanto não tem tido sucesso. China, Austrália, Turquia, Noruega, Suíça e Cuba estão entre os países que se negaram a aceitar a patente do nome de Jesus para a empresa.
 
No Brasil aconteceu algo semelhante durante os anos 1990, quando a Fundação Renascer, ligada à Igreja Renascer em Cristo, registrou o termo “gospel” como marca, e durante os anos seguintes, passou a exigir que diversas empresas que utilizavam essa palavra, a retirassem de seus produtos ou mesmo nomes.
 
A Fundação Renascer no entanto, tornou-se alvo do Ministério Público a partir de 2008, quando solicitou à Justiça o bloqueio de bens da fundação e do então bispo-primaz da Igreja Renascer, José Bruno.
 
Em 2010, a Justiça determinou o fechamento da entidade por indícios de formação de uma organização criminosa, e em 2012 decidiu que a então presidente da fundação, bispa Sonia Hernandes, devolvesse uma quantia de aproximadamente R$ 785 mil ao Ministério da Educação.
 
Toda essa ação do Ministério Público resultou num segundo processo, em que Estevam e Sonia Hernandes eram acusados de lavagem de dinheiro. Porém, o Supremo Tribunal Federal extinguiu a ação por unanimidade, por não haver no Código Penal a tipificação de crime “organização criminosa”.
 
 
 
Fonte: Wall Street Journal / Christian Post
 
 

QUAL É O FUTURO DA IGREJA?

 
Ainda em vida, um abalado Bento XVI admite não ter forças para conduzir a Santa Sé e lança uma sucessão que definirá os rumos do mundo católico
 
A missa da Quarta-Feira de Cinzas começava, na lotada Basílica de São Pedro, quando o silêncio foi cortado por uma voz frágil e vacilante nas caixas de som. “Acompanha com Tua benevolência, ó Pai misericordioso, os primeiros passos do nosso caminho penitencial, e que a observância externa seja correspondida por uma profunda renovação do espírito.” Ao ouvir as palavras de Bento XVI, pronunciadas ainda fora da basílica, os presentes olharam para o altar e o corredor central, na vã tentativa de encontrá-lo. O breve momento de ansiedade e confusão resumiu o sentimento na última missa do alemão Joseph Alois Ratzinger, de 85 anos, como papa. Bento XVI despedia-se dos fiéis depois de chocar o mundo com sua renúncia, anunciada no dia 11. Suas palavras falavam da chegada da Quaresma, quando os católicos devem refletir sobre suas atitudes e os ensinamentos cristãos. Nada mais simbólico. Até a escolha de um novo pontífice, a própria Igreja terá de refletir sobre seus compromissos, suas ideias e seu futuro.

 
Na próxima quinta-feira (28), o trono de São Pedro ficará vago. Bento XVI assumirá a condição de ex-papa, apenas o sétimo de uma lista de 265 pontífices a deixar o posto dessa maneira – uma situação tão incomum que não ocorria havia 598 anos. Os prováveis motivos de tal decisão, embora não abertamente declarados, refletem o difícil momento por que passa a Igreja Católica Romana, envolta em disputas de poder e pouco sintonizada com questões do mundo em que vivem seus fiéis. Ao comunicar sua saída, durante uma reunião até então ordinária com os cardeais (o título hierárquico mais alto para os sacerdotes católicos antes do papado), Bento XVI alegou falta de “força da mente e do corpo” para continuar sua missão. Sua deterioração física nos últimos meses era evidente, com dificuldades de caminhar e falar – o Vaticano admitiu que ele usa um marca-passo “há algum tempo”. É possível que já não aguentasse mais uma agenda com compromissos exaustivos no exterior, como a Jornada Mundial da Juventude, evento que reúne milhões de católicos e cuja próxima edição será no Rio de Janeiro, em julho. Segundo o jornal do Vaticano, o L’Osservatore Romano, Bento XVI já pensava em renunciar desde uma viagem a México e Cuba, em março passado, quando feriu a cabeça. Mas não há dúvidas de que a opção pela renúncia baseou-se em muito mais que o simples peso da idade.
 
 
Bento XVI deixou seu recado na homilia da missa de Cinzas. Disse ser preciso superar “individualismos e rivalidades (...) para manifestar o rosto da Igreja”, além de ter criticado as “divisões eclesiásticas”. O Direito canônico prevê a renúncia, mas pouquíssimos papas valeram-se do expediente até hoje, devido a uma espécie de obrigação moral de resistir ao fardo do cargo, mesmo doentes. Assim foi com João Paulo II, cujas limitações físicas e sofrimento foram lentamente expostos ao mundo até sua morte, em abril de 2005. Bento XVI iniciou seu papado já em idade avançada, próximo dos 80 anos. Todos sabiam que seu papado provavelmente seria mais curto que os 26 anos do antecessor. Diante da fragilidade física, a morte poderia abreviar seu papado e lançar a Igreja a um processo sucessório acompanhado da dor da morte de um pontífice. Joseph Ratzinger não teve a mesma tenacidade do polonês Karol Wojtyla. Nem a mesma visão sobre a obrigação de um cardeal que assume o posto maior da Igreja. Bento XVI preferiu definir ele mesmo o momento de sua sucessão. Assumiu com isso a responsabilidade pelos rumos advindos da decisão. A atitude do papa foi política, a única imaginada por ele para alertar o mundo e seus colegas de Vaticano sobre os desafios da Santa Sé.
 
John L. Allen Jr.: "É possível um papa voltado aos emergentes"

A possibilidade de renúncia era ventilada no Vaticano desde que o papa falara, numa entrevista, sobre a possibilidade de abandonar o cargo caso não se sentisse mais capaz de honrá-lo, “fisicamente, psicologicamente e espiritualmente”. Para a maioria a seu redor, a declaração não chegava a configurar um sinal concreto de um desejo. Poucos cardeais, não mais que dez, sabiam que ele realmente decidira deixar o posto. Um deles era o decano do Colégio dos Cardeais, o italiano Angelo Sodano, que já preparara uma pequena mensagem lamentando a novidade, lida logo após o comunicado do papa. O irmão mais velho de Ratzinger, Georg, de 89 anos, também já estava ciente do que estava por vir. Sabiam também, por certo, da gravidade do gesto e da complexa disputa interna que ele detonaria pelo futuro da Igreja.
 
 
O cardeal Ratzinger sempre foi reconhecido como um teólogo brilhante. Por 24 dos 26 anos de papado de João Paulo II, foi prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, instituição do Vaticano responsável por zelar pela moral e pela observância dos princípios cristãos entre os integrantes da Igreja. O posto acadêmico, intramuros, caía bem para um homem cuja biografia reserva as seguintes palavras sobre sua própria juventude: “Eu era tímido e pouco prático. Não tinha talento para os esportes, organização ou administração”. Fora a falta de aptidão esportiva, as outras duas deficiências causariam problemas a Ratzinger depois de se tornar Bento XVI. Comandar a Igreja Católica, em meio a diferenças significativas de pensamento e estilo, exige tanto capacidade de liderança como objetividade.
 


 Como pontífice, Ratzinger foi obrigado a lidar com todas as instâncias da Cúria Romana, o corpo governamental do Vaticano, uma diferença importante de prioridade em comparação com o antecessor. João Paulo II pouco supervisionava as decisões internas da Cúria, pois preferia exercer seu carisma com os fiéis pelo mundo. Bento XVI fez mudanças que incomodaram os poderes estabelecidos. A principal insatisfação da Cúria foi a nomeação de seu braço direito nos tempos da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal italiano Tarcisio Bertone, como secretário de Estado, o número dois na hierarquia da Igreja. Visto como um intruso, Bertone não tinha experiência diplomática como núncio (nome dado aos embaixadores do Vaticano), ao contrário de seus antecessores.

 
Bento XVI foi acusado de não se dedicar como deveria a investigar denúncias de abusos sexuais.
 
 
Mover uma peça errada num xadrez político tão delicado pode custar pontos preciosos a um líder, especialmente num ambiente tão fechado como o Vaticano. Bertone, o amigo íntimo do papa, passou a jogar contra o pontífice, segundo disse a ÉPOCA o vaticanista italiano Gianluigi Nuzzi, autor do livro Sua Santidade – As cartas secretas de Bento XVI, publicado em maio de 2012. “O poder lhe subiu à cabeça. Bertone começou a costurar alianças com membros da Cúria, colocando o papa contra alguns cardeais. Para evitar disputas, Bento XVI não questionou muitas decisões. Acabou alimentando a cobra que o picaria”, diz Nuzzi. A obra revelou documentos confidenciais do Vaticano, episódio apelidado de Vatileaks pela imprensa italiana. Numa das cartas, o arcebispo Carlo Maria Viganò escreve ao papa para pedir que não fosse transferido do posto de presidente da Governadoria da Cidade do Vaticano, uma espécie de prefeitura, onde era incumbido de cuidar de todos os contratos e licitações. O livro afirma que Viganò alertou Bento XVI sobre diversos casos de corrupção e abuso de poder dentro da Cúria. Apesar do pedido, o secretário Bertone o retirou do cargo e o nomeou núncio nos Estados Unidos. A culpa pelo Vatileaks recaiu sobre o mordomo do papa, Paolo Gabriele, acusado de ter passado os documentos a Nuzzi. Ele assumiu o crime e foi condenado por um tribunal do Vaticano a 18 meses de prisão. Foi perdoado em seguida pelo papa – fato interpretado na Itália como um sinal de que Bento XVI não acreditava no papel de Gabriele como único responsável pelos vazamentos.
 
Outro caso de destaque desgastou a relação entre Bento XVI e Bertone. Ettore Gotti Tedeschi, amigo de Bento XVI, foi demitido da presidência do Banco do Vaticano pelo Conselho Administrativo, presidido por Bertone. Tedeschi tinha o aval do papa para adaptar o banco aos critérios da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), de modo que pudesse entrar numa lista de instituições reconhecidas pelo combate à lavagem de dinheiro. Os antigos presidentes do banco temiam que transações financeiras duvidosas viessem à tona. O Banco do Vaticano ficou quase um ano sem presidente. No último dia 15, o papa nomeou o advogado alemão Ernst von Freyberg como o sucessor de Tedeschi.
 
 
Como responsável por punir o mau comportamento de sacerdotes por quase três décadas, o papa sentia um grande incômodo com a série de casos de pedofilia envolvendo padres de vários países, especialmente na Irlanda, na Áustria e nos Estados Unidos. As denúncias sempre atingiram indiretamente Bento XVI, acusado por muitos de não se dedicar como deveria à investigação de abusos de crianças nas igrejas, durante seu período na Congregação para a Doutrina da Fé. Bem antes da onda de episódios que emergiu em 2010, o papa já convivia com esse cenário desconfortável. Admitiu lentidão no escândalo do padre mexicano Marcial Maciel (1920-2008), fundador da ordem Legionários de Cristo. Ao longo de décadas, Maciel engravidou diversas mulheres, violentou discípulos, coroinhas e até dois de seus filhos. “A história estava muito bem encoberta”, disse o papa. Só recentemente a ordem sofreu uma intervenção do Vaticano, já depois da morte de Maciel. Também constrange Bento XVI a situação do cardeal americano Roger Mahony, ex-arcebispo de Los Angeles. Mahony reconheceu ter acobertado centenas de casos de abuso cometido por padres de sua região desde os anos 1980 e, algumas vezes, tê-los transferido para paróquias em outros Estados, com o intuito de dificultar as investigações. Em janeiro, Mahony foi afastado pela Igreja de “funções públicas ou administrativas”, mas segue como cardeal. Será um dos participantes do conclave previsto para março, que escolherá o sucessor de Bento XVI. A situação opôs mais uma vez o pontífice a outros integrantes da elite hierárquica da Igreja. O papa gostaria de ver Mahony longe do Vaticano. Seus pares recusaram a ideia de excluí-lo do Colégio de Cardeais.
 
Guilherme Fiuza: O papa e a prostituição da bondade

 As tensões reveladas nos últimos anos seguem vivas e ainda podem influenciar naquilo que mais interessa aos mais de 1 bilhão de católicos ao redor do mundo. Bento XVI prometeu ficar “escondido do mundo” depois de deixar o posto. Não interferirá diretamente no processo de escolha de seu sucessor – por ter mais de 80 anos, não tem direito a voto no conclave. Mesmo assim, não há como negar o peso de um ex-papa e suas “pegadas” no Vaticano. Bento XVI escolheu estar vivo e ativo durante a escolha de seu sucessor. Certamente tem em sua mente uma ideia clara sobre o que fazer com sua presença neste mundo, enquanto os poderosos do Vaticano decidem sobre seus rumos.
 
Bento XVI, o papa da tradição

Boa parte de sua influência estaria garantida mesmo se Bento XVI não estivesse mais entre nós. “Um cardeal não é escolhido se não compartilhar em grande parte os pontos de vista de quem o escolhe”, afirma Andrea Tornielli, historiador e vaticanista do jornal La Stampa. “Ratzinger nomeou 67 dos 115 cardeais aptos a votar. Os outros foram nomeados por João Paulo II, sob sua influência.” Conservador, Bento XVI pouco avançou no debate de questões espinhosas para o Vaticano, como o aborto, a eutanásia, o casamento gay, o fim do celibato e o uso de preservativos – como contraceptivo ou para impedir a transmissão do vírus HIV, que causa aids. Sua única opinião controversa foi expressa em 2010, ao afirmar que o uso da camisinha seria aceitável em certas situações. Citou como exemplo o caso de um garoto de programa que se protegesse para diminuir as chances de se infectar com o HIV. “Esse pode ser um primeiro passo no caminho para a recuperação de uma consciência de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer o que se quer”, disse o papa. Alguns analistas mais apressados vislumbraram uma mudança na posição da Igreja sobre o sentido da sexualidade. Logo depois, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, divulgou uma nota de esclarecimento para reafirmar que a Igreja “naturalmente não considera a camisinha uma solução moral e autêntica”.
 
 
Nos tempos atuais, em que preceitos religiosos interferem cada vez menos na vida do cidadão e situações antes impensáveis, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, são cada vez mais aceitas, a escolha de um novo papa suscita perguntas sobre a posição moral da Igreja. Sob um novo papado, a Igreja pode rever posições específicas ou mesmo sua linha mestra sobre moralidade no futuro? Alguns temas provavelmente continuarão inflexíveis. Aborto e eutanásia são encarados como uma afronta à vida e devem seguir sob condenação. Outros serão mais tolerados, ainda que sigam vetados pela doutrina católica, como a união homossexual. “Não acredito que a Igreja um dia aprove o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo, mas se tornará mais e mais receptiva à participação pastoral da comunidade gay”, diz Chester Gillis, chefe do Departamento de Teologia da Universidade Georgetown, em Washington. Para Scott Richert, editor do site americano Catholicism Guide, é preciso separar as questões morais dos assuntos disciplinares. “O próximo papa pertencerá à linha de João Paulo II e Bento XVI no que diz respeito a aborto e eutanásia, mas é possível que a instituição do celibato seja revista.” O número de padres no mundo vem caindo, tanto pelo desinteresse dos jovens de se ordenar como pela imagem negativa provocada pelos escândalos sexuais nas igrejas. Segundo o Vaticano, havia 419 mil padres em 1970; hoje, são 412 mil. É comum um padre ter de rezar missas em mais de uma paróquia. Por isso, o Vaticano não tem se oposto à ordenação de pastores luteranos e anglicanos que tenham decidido se converter ao catolicismo, mesmo se forem casados. Essa tendência leva a crer que Roma já reflita sobre uma alternativa à exigência celibatária.
 
O número de padres no mundo vem caindo. Eram 419 mil em 1970. E hoje são 412 mil.
 
Se a atual crise palaciana já é um grande desafio para a Igreja, maior ainda é reduzir a distância entre seu centro de poder, a Europa, e seu principal eixo de fiéis, formado por América Latina, África Subsaariana e Ásia. Enquanto todas as decisões mais importantes do catolicismo são tomadas basicamente por europeus, a maior parte dos que têm de se ajustar a elas vive numa realidade distante. Nos últimos 100 anos, a distribuição geográfica do catolicismo mudou completamente de perfil. Segundo um levantamento do instituto americano Pew Research Center, os países com o maior número de católicos em 1910 eram a França e a Itália. A Europa concentrava 65% dos fiéis. Em 2010, as duas maiores nações católicas são Brasil e México, seguidos das Filipinas. Juntas, América Latina, África e Ásia abrigam 68% da população católica global, estimada em 1,17 bilhão de discípulos. A Europa conta hoje com 24%. Esse novo panorama nem de longe se reflete na composição do Colégio de Cardeais, formado por 209 integrantes. A Europa tem mais da metade (115), ante apenas 68 cardeais latino-americanos, africanos e asiáticos. No ranking de países, a Itália lidera com 49 cardeais. O Brasil, com a maior população católica do mundo, só aparece em quarto lugar, com nove (dos quais cinco podem participar do conclave). Há um sentimento, mesmo entre os fiéis italianos, de que esta pode ser a hora de transferir o comando da Igreja a um cardeal de fora da Europa. “Por que não um papa negro? É uma ideia que vários amigos católicos compartilham comigo”, diz o aposentado italiano Vittorio Carli, que saiu de Gênova, no norte da Itália, para assistir à missa de Cinzas celebrada por Bento XVI. Um cardeal negro bem cotado entre os papáveis é Peter Turkson, de Gana, considerado jovem com seus 64 anos. Tal pensamento aumenta a possibilidade da escolha de um cardeal brasileiro para o trono de Pedro. Além dos naturais interesses políticos que influenciam a escolha, o conclave terá de avaliar os pontos positivos e negativos de apostar numa mudança em favor de um nome não europeu. “Os candidatos do sul têm força testemunhal e energia, mas não estão preparados para tão dura tarefa. Os do norte são gestores e políticos mais hábeis, mas arrastam o peso do continuísmo e da inércia”, diz o jornalista espanhol José Catalán Deus, autor do livro Depois de Ratzinger, o quê?, de 2009.
 
Papa Bento XVI aprova novas regras para que cardeais antecipem conclave

A transferência do rebanho católico para regiões mais carentes do planeta exige uma adaptação do discurso da Igreja, em favor de problemas comuns em nações menos desenvolvidas. É o caso da aids na África Subsaariana, que concentra 67% dos 34 milhões de portadores do vírus HIV no mundo. Para a fúria de autoridades de saúde pública que tentam conter a epidemia, o papa Bento XVI disse, durante uma visita a Camarões em 2009, que a aids é uma “tragédia que não pode ser superada com a distribuição de camisinhas, que até agrava o problema”. O papa conhece o rápido avanço dos cultos pentecostais no Brasil em detrimento da fé católica. De acordo com o IBGE, 73,6% dos brasileiros eram católicos em 2000, porcentual que caiu a 64,6% em 2010. No mesmo período, os evangélicos cresceram de 15,4% para 22,2%.

Conservador, Bento XVI reinstituiu o latim nas missas de domingo – prática que caiu em desuso após o Concílio Vaticano II, nos anos 1960. Ele convive com uma realidade: o futuro do catolicismo passa pela renovação de sua comunicação com fiéis, considerando aspectos culturais das regiões e sociedades onde a Igreja mantém maior presença. Movimentos como a Renovação Carismática revelam que tipo de catolicismo muitos estão mais dispostos a abraçar. A principal estrela da tendência, o padre Marcelo Rossi, atrai até 100 mil pessoas para sessões de intensa vibração e contato com fiéis. Na semana passada, Bento XVI surpreendeu e mostrou ter dentro de si algo de revolucionário. Depois de fincar-se à tradição e viver as agruras da política, abalou seu papado ao lançar ainda em vida uma disputa por sua sucessão. Entre o passado que tanto inspirou o demissionário papa e a ousadia de seu ato final, a Igreja terá de encontrar seu próximo caminho.
 

 
 
 

Existe idolatria entre os evangélicos? Pastores dizem que sim

A idolatria é o pecado mais mencionado na Bíblia. A decisão de pessoas se prostrarem diante de imagens, objetos e até de outras pessoas recebe mais condenação nas Escrituras que qualquer outra violação das leis divinas.
 
Mesmo assim, os evangélicos não estão livres da idolatria. Pelo contrário, segundo alguns pastores, esse é um dos problemas espirituais menos reconhecidos pelos crentes de hoje.
 
Algumas imagens que foram divulgadas e comentadas recentemente nas redes sociais dão uma noção de como a idolatria está presente nas igrejas que historicamente sempre condenaram os católicos por se prostrarem diante de imagens.
 
O pastor Adenilton Turquete publicou um texto esta semana onde faz uma grave acusação contra as igrejas evangélicas, que “se renderam a idolatria e promove a idolatria, além de ter gerado milhares de igrejolas que infestam de heresias a nação brasileira. É critico, mas verdadeiro. Nos transformamos naquilo que mais combatíamos.
 
A idolatria tomou conta das igrejas evangélicas no Brasil. A conclusão é óbvia, as falsas profecias e a corrupção sacerdotal visma atender os anseios do publico. As igrejas estão a serviço da satisfação de seus clientes, gerando falsa esperança, entretenimento e manipulando a Palavra por meio da ilusão de uma falsa espiritualidade… muitos dos tais profetas e sacerdotes estão tomando a glória devida à Deus para si. Eles transformam a si próprios em ídolos, e são adorados como tal ”.
 
Turquete cita como exemplo o boneco do cantor Thalles, a imagem de um homem se prostrando diante do patriarca René Terra Nova e a “mão de Cristo” que foi usada em um retiro recente da Igreja Renascer.

Sobre essa última, os comentários no Facebook dão uma noção do quanto a questão incomoda: “O q é isso?? O bezerro de ouro do antigo testamento?? Estão virando idólatras agora?? Meu Deus!!”, escreveu uma usuária.
 
“Eu não acredito no que estou vendo! Meu Deus do céu, que é isso, misericórdia, é o fim de tudo mesmo, nem quando era católica vi tamanha loucura, e usam os mesmos argumentos usados para justificar as imagens católicas, eu estou pasma, isso é apostasia!”, asseverou outra pessoa.
 
A questão não é vista dessa forma apenas por aqui. O pastor e autor norte-americano Kyle Idleman lançou recentemente o livro, “Gods at War: Defeating the Idols That Battle for Your Heart” [Guerra dos Deuses: vencendo os ídolos que lutam pelo seu coração] onde examina a questão a fundo. Ele é pastor da megaigreja Southeast Christian Church, em Louisville.
 
“Idolatria parece algo tão primitivo. Tão irrelevante… mas é o problema número um abordado na Bíblia, e por isso devemos ter cuidado. Ídolo é tudo aquilo que toma o lugar de Deus, que se torna um fim em si mesmo, que ocupa o trono de seu coração… O coração é o campo de batalha dos deuses, pois tudo flui a partir dele”, escreveu.
 
Mesmo quando são objetos que remetem a Deus ou à fé podem gerar idolatria por sua capacidade de tirar o foco de Jesus, de onde emana todo o poder.
 
“Os ídolos tornaram-se mais difíceis de detectar nestes tempos modernos, por que não são mais como uma estátua de ouro ou de animais esculpidos, como os mencionados no Antigo Testamento. Estão presentes em todas as áreas da vida, existem ídolos como comida, sexo, diversão, sucesso, dinheiro, realização/carreira, família. Podem ser algum líder religioso ou artista gospel. Em especial quando o que eles falam contraria o que as Escrituras ensinam.”
 
Idleman explica que esse tipos de ídolos são os mais difíceis de detectar, por seu caráter subjetivo.
 
Qual seria a melhor maneira de impedir que isso aconteça? O pastor Turquete é categórico: “basta cada um fazer o exame da sua consciência e se voltar verdadeiramente para Deus e abandonar a idolatria e seus ídolos. Voltemos a viver o Evangelho. Porque dEle, por Ele e para Ele foram feitas todas as coisas…”.
 
 
 
Via: Gospel+
 
 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Menina asiática de 12 anos decora a Bíblia por temer que o livro seja proibido entre seu povo

Menina asiática de 12 anos decora a Bíblia por temer que o livro seja proibido entre seu povo
Durante seus trabalhos no sudeste de Ásia, o missionário Lian Godoi visitou recentemente uma escola no interior do país onde atua. Responsável pelo treinamento de cerca de 20 missionários locais para serem enviados às pessoas que nunca ouviram falar do Evangelho, o pastor encontrou no local uma menina de apenas 12 anos, que estava decorando a Bíblia por temer que o livro fosse tomado dela.
 
Segundo o missionário, surpreso com aquela cena, ele perguntou-lhe por que fazia aquilo, ao que a garota contou que precisava decorar a Bíblia, porque ela poderia ser retirada de seu povo
 
- Preparar missionários locais para serem enviados a regiões remotas e não alcançadas são o nosso maior alvo, mas encontrar pelo caminho pessoas com a atitude dessa menina é um presente de Deus – afirmou o missionário, que afirma que a hipótese levantada pela menina que não pode ser descartada, diante dos atos de repressão ao cristianismo naquele país do Sudeste da Ásia.
 
Lian conta, segundo a Junta de Missões Mundiais, que nesse mesmo local encontrou cinco líderes de grandes comunidades que formaram uma agência de envio de missionários, que se juntarão a outras 28 comunidades. Eles enviarão os primeiros nove missionários no próximo mês e todos trabalharão com povos não alcançados.
 
- Estamos muito felizes, pois isso é resultado direto do nosso trabalho no projeto de distribuição de bíblias. Sempre temos incentivando-os a irem nesta direção – completou Lian Godoi.


Por Dan Martins, para o Gospel+
 
 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Aos 89 anos, falece o evangelista internacional Thomas Lee Osborn

Aos 89 anos, falece o evangelista internacional Thomas Lee Osborn
Na última sexta feira (15) faleceu, aos 89 anos, o evangelista norte americano Thomas Lee Osborn, também conhecido com T. L. Osborn. Conhecido primordialmente por seu ministério de cura em massa a milhões de pessoas, Osborn faleceu cercado por quatro gerações de sua família, pouco depois de pedir ao Seu Senhor Jesus: “Leve-me para casa!”, segundo informações do Charisma News.
 
Amigo próximo do missionário R.R. Soares, líder da Igreja Internacional da Graça, o evangelista esteve no Brasil em 2012 e pregou na igreja liderada pelo pastor brasileiro.
 
Além de evangelista mundial e missionário, o reverendo T. L. Osborn foi também um estadista, maestro, pianista, autor, editor, linguista, desenhista, e administrador. Ao lado de sua esposa, Daisy, Osborn liderava seu ministério no “Quartel General” que estabeleceu em Tulsa, Oklahoma, no ano de 1949.
 
Segundo sua filha, Dra. LaDonna Osborn, que anunciou a morte do pai no Twitter, o evangelista “não sentia dores nem estava doente”, e faleceu em paz.
Quem foi Thomas Lee Osborn:
 
Nascido no dia 23 de dezembro de 1923 na cidade de Pocasset, em Oklahoma (EUA). Thomas Lee Osborn era casado com a Dr. Daisy Osborn, e ao seu lado liderava um ministério, iniciado em 1949. T.L. Osborn e Daisy Osborn casaram-se com as idades de 17 e 18 anos respectivamente, e, já com 20 e 21 anos de idade foram missionários na India. Seu ministério era conhecido, sobretudo, pelos trabalhos de cura e libertação em massa.
 
De acordo com a Wikipédia, o Rev. Osborn “foi o primeiro evangelista missionário a ir em campos abertos e parques nas nações não cristãs, para proclamar a Jesus Cristo e orar por milagres. Os filmes e vídeos de documentários de Milagres de Osborn têm sido exibidos em 70 línguas em muitas aldeias e povos. O Programa de Assistência Missionária Nacional Osborn tem sustentado homens e mulheres nativos como missionários. Também tem estabelecido novas igrejas que tem se tornado auto-suficientes”.
 
Segundo o site Ongrace.com, em mais de 60 anos de ministério, Osborn e sua esposa pregaram a milhões de pessoas em mais de 90 países, chegando a reunir multidões com até 300 mil pessoas. Além do trabalho missionário, T. L. Osborn é também autor do livro “Curai enfermos e expulsai demônios”, considerado um bestseller desde que foi lançado no ano de 1951. Entre seus livros mais conhecidos estão também: “O melhor da vida” e “Você é o melhor de Deus”.



Por Dan Martins, para o Gospel+
 
 
 

Após Surgimento De Igrejas Gay, Nasce A Primeira “Banda Gospel Homossexual”

Após surgimento de igrejas gay, nasce a primeira “banda gospel homossexual”

Após o advento das igrejas inclusivas, onde gays, lésbicas, transexuais e simpatizantes se reúnem num culto que enfatiza a aceitação bíblica da prática homossexual, surge a primeira banda gospel LGBT.

Greg McCaw, gay assumido, Chasity Scott, transexual, e Mary Anne Hewett, lésbica, afirmam que sua opção por revelarem a preferência homossexual é uma forma de repudiar mentiras: “Há muitas pessoas que são gays na indústria da música em Nashville, mas eles estão escondidos no armário”, diz o líder, McCaw.Formada por Greg McCaw, Chasity Scott e Mary Anne Hewett, todos eles com histórico profissional de trabalhos desenvolvidos junto a grandes músicos cristãos nos Estados Unidos, a banda Micah’s Rules (que numa tradução literal seria Regras de Miquéias) está se tornando símbolo da causa homossexual no cristianismo.
Segundo ele, a questão em torno de sua sexualidade é chamativa, mas eles não estão usando isso como forma de se promover: “É apenas a nossa história, pura e simples. Não estamos usando isso como ferramenta de marketing para a nossa música, positiva ou negativamente. Queremos ser um grupo musical como qualquer outro”, alega.
A banda acaba de lançar seu primeiro CD, produzido por Mark Moseley, um reconhecido profissional da música nos Estados Unidos. A festa de lançamento contou com o repertório completo do trio, e aconteceu na Igreja da Comunidade Metropolitana, uma das maiores denominações inclusivas do país, segundo informações do Huffington Post.
A música de trabalho da banda, “Can You Hear Me?”, traz na mensagem o desejo de ser igual a Jesus: “Eu quero que ele veja Jesus em mim, como eu vejo Jesus nele. Você pode me ouvir Pai?”, versa.
Fonte: Huffington Post

Possível influência de um “lobby gay” teria sido um dos principais motivos da renúncia de Bento XVI, diz jornal

Possível influência de um “lobby gay” teria sido um dos principais motivos da renúncia de Bento XVI, diz jornal
Dias após o anúncio do Papa Bento XVI de que abandonará sua função no próximo dia 28 de fevereiro, a repercussão do tema força o surgimento de informações de bastidores que ajudariam a formar o quadro que levou o pontífice a renunciar ao seu sacerdócio.
 
O jornal italiano La Repubblica relatou que um dossiê com quase trezentas páginas sobre o escândalo do vazamento de documentos do Vaticano, redigido por um trio de investigadores nomeados pelo próprio Bento XVI foi a gota d’água para que a decisão de deixar o cargo fosse tomada.
 
Os investigadores são os cardeais Julián Herranz, espanhol; o italiano Salvatore De Giorgi e o eslovaco Josef Tomko. Boa parte das informações conseguidas pelo trio foram oriundas de uma investigação iniciada em 2010 por suspeita de corrupção, e que acabou revelando uma rede de prostituição de jovens seminaristas do Vaticano.
 
A prévia dossiê teria sido entregue a Bento XVI no dia 9 de outubro de 2012, e nessa ocasião, a palavra homossexualidade teria sido dita pela primeira vez de forma livre, alta e clara nos aposentos do Papa, que teria reagido estupefato: “Este documento será entregue ao próximo Papa, que deverá ser bastante forte, jovem e santo para poder enfrentar o trabalho que o espera”. Em 17 de dezembro, com o dossiê completo sobre a mesa, Bento XVI teria tomado a decisão de renunciar.
 
Há a suspeita de que exista, dentro do Vaticano, uma espécie de “lobby gay”, que atuaria paralelamente à rede de prostituição dentro da sede da Igreja Católica.
 
Nas investigações iniciadas em 2010, uma escuta telefônica foi implantada contra o presidente do Conselho Nacional Italiano de Obras Públicas, Angelo Balducci. Deste grampo, descobriu-se conversas constantes dele com um membro do coro da Reverenda Capela Musical da Sacrossanta Basílica de São Pedro, identificado como Chinedu Thiomas Eheim, um nigeriano, que seria o agenciador de encontros que aconteceriam numa casa fora de Roma, numa sauna, num centro estético, numa residência universitária na capital italiana, e até no próprio Vaticano.
 
O jornal La Repubblica diz que esse “lobby gay” formaria “uma rede transversal unida pela orientação sexual”, que envolveria inclusive, membros da Igreja Católica.
 
Num discurso de 11 de outubro, dois dias após o recebimento do dossiê parcial, Bento XVI teria feito um tipo de desabafo durante um sermão feito para jovens católicos, dizendo ter certeza “de que viria uma nova primavera para a Igreja”, porém a experiência adquirida ao longo dos anos o teria feito aprender “que a fragilidade humana está presente também na Igreja”.



Por Tiago Chagas, para o Gospel+
 

Samuel Câmara faz críticas ao pastor José Wellington e sua atuação como presidente da CGADB

Samuel Câmara faz críticas ao pastor José Wellington e sua atuação como presidente da CGADB
O pastor Samuel Câmara, da Assembleia de Deus de Belém do Pará, publicou recentemente um pequeno livro no qual fala da história e suas visões de futuro para a CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil).
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Intitulado “Construindo o Futuro da CGADB”, o livreto “descreve perspectivas para o futuro e reflexões sobre a história e o presente da CGADB”, segundo informou Samuel Câmara em seu site. O pastor afirma ainda se tratar de um item de leitura obrigatória para todos os pastores da Igreja Assembleia de Deus.
 
O principal assunto tratado por Câmara no livreto foi a volta da rotatividade para o presidente da CGABD. Ele afirma que devem ser alteradas as regras referentes à permanência de membros da mesa diretora em seus cargos, de maneira a devolver “à CGADB a esperança, a vitalidade, a renovação e a integração nacional”.
 
- Vamos a Brasília votar num presidente para ficar 29 anos ou até se perpetuar na presidência, sem dar oportunidade a outros? Ou… Vamos a Brasília votar num presidente que abre mão de se perpetuar no cargo, devolvendo a oportunidade de renovação e esperança para futuros presidentes da CGADB? – questionou o pastor, criticando diretamente seu adversário político e atual presidente, José Wellington Bezerra da Costa.
 
As críticas ao pastor José Wellington são acentuadas na publicação, que ressalta, sobretudo, a renúncia do pastor ao cargo em 1989, o que, segundo Câmara, teria sido uma maneira de burlar o estatuto da Convenção e se manter no cargo.
 
- Pela primeira vez na história da CGADB, um presidente renunciou ao cargo numa manobra para burlar a proibição estatutária que vetava a reeleição. Três meses depois, ele mesmo estava concorrendo à reeleição em São Paulo. Daí, ficou fácil ferir a história, reformar várias vezes o Estatuto para ficar no poder até hoje e ainda estar buscando se reeleger pela 11ª vez – ressaltou Samuel Câmara.
 
Câmara é candidato à presidência da CGADB na próxima eleição da entidade, e usa o livreto também para criticar as políticas adotadas pela Convenção nos últimos 25 anos, período no qual esteve quase que inteiramente sob a liderança do pastor José Wellington.
 
- A História nos ensina que a permanência no poder de um único líder por muito tempo destrói a liderança das gerações seguintes. – afirmou Samuel Câmara.
 
A eleição acontece durante a Assembleia Geral Ordinária da Convenção, nos dias 8 a 12 de abril de 2013, na cidade de Brasília – DF.



Por Dan Martins, para o Gospel+

Alemães pedem que próximo papa autorize o casamento de padres

O nome do sucessor do papa Bento 16, que renunciará o cargo no próximo dia 28 de fevereiro, nem foi definido, mas a lista de pedidos relacionados à sua gestão à frente da Igreja Católica já é extensa.

Alemães pedem que próximo papa autorize o casamento de padres
Alemães pedem que próximo papa autorize o casamento de padres
 
Entre as reivindicações populares na Alemanha, país de origem de Joseph Ratzinger, aparecem a liberação do casamento dos padres, a abertura do sacerdócio às mulheres e a permissão dos divorciados se casarem na igreja.
 
Ao menos 88% dos alemães, segundo um levantamento feito pela televisão pública local “ZDF”, querem ver padres casados, enquanto apenas 8% da população geral se opõe à medida.
 
A maioria (83%) também se diz favorável à abertura do sacerdócio às mulheres, sendo que apenas 13% se mostram contrario. Já o casamento na igreja para divorciados ganhou aceitação de 81% dos alemães.
 
A televisão alemã questionou ainda a população local sobre a definição de uma idade máxima para o exercício do pontífice. Neste quesito, a opinião dos entrevistados foi bem equilibrada. Enquanto 43% se disseram favorável a renúncia do papa a partir de uma certa idade, outros 46% rejeitaram esta hipótese.

A renúncia

O papa Bento 16 anunciou sua renúncia no dia 11 de fevereiro em um discurso pronunciado em latim durante um encontro de cardeais no Vaticano. Ao justificar sua decisão, o pontífice de 85 anos alegou fragilidade por conta da idade avançada.
 
“Após ter examinado perante Deus reiteradamente minha consciência, cheguei à certeza de que, pela idade avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério petrino”, disse o papa.
 
O pontífice afirmou ainda que “no mundo de hoje (…), é necessário o vigor tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de tal forma que eis de reconhecer minha incapacidade para exercer bem o ministério que me foi encomendado”. “Por esta razão, e consciente da seriedade deste ato, em completa liberdade, eu declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro”, acrescentou Bento 16.
 
O Vaticano negou que uma doença tenha sido o motivo da renúncia. Mas, segundo o jornal “O Estado de S.Paulo”, uma disputa interna de poder praticada por ex-aliados nos últimos meses pode ser uma das razões para a tomada de decisão do pontífice. Esta é a primeira vez na era moderna que um papa da Igreja Católica renuncia ao pontificado.
 
A renúncia de bento 16 será oficializada no dia 28 de fevereiro. E o cargo ficará vago até a eleição do próximo papa. A expectativa é que o Conclave de cardeais, eleja um novo papa ainda em março, antes da Páscoa. O Vaticano anunciou que a eleição deve começar entre 15 e 20 de março.
 
Cinco cardeais brasileiros deverão participar do conclave. Segundo a última lista do Vaticano, há um total de 116 cardeais aptos a votar no próximo papa. Para participar da papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos. O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.
 
Em sua primeira aparição pública desde o anúncio da renúncia, o papa Bento 16 disse que tomou a decisão “pelo bem da igreja”. Bento 16 agradeceu pelo “amor” e apoio dos fieis.
 
“Queridos irmão e irmãs, como sabem, decidi renunciar ao ministério que o Senhor me confiou em 19 de abril de 2005. Faço isso em plena liberdade pelo bem da igreja, depois de ter rezado muito e após examinar minha consciência diante de Deus, “, declarou Bento 16 diante de um salão lotado com cerca de 10 mil pessoas no Vaticano, onde foi ovacionado.

‘Hipocrisia religiosa’

O papa Bento 16 denunciou durante a homilia da missa da Quarta-Feira de Cinzas “a hipocrisia religiosa” e a busca por “aplausos e aprovação”.
 
Ainda no sermão, o pontífice defendeu que o “caminho penitencial” da Quaresma não deve ser feito pelo cristão sozinho, mas “juntos, irmãos e irmãs, na Igreja”. Em seguida, citou as “divisões no corpo eclesial”, a necessidade de fortalecimento da Igreja e defendeu que “viver a Quaresma numa mais intensa e evidente comunhão eclesial, superando individualismos e rivalidades, é um sinal humilde e precioso para aqueles que estão distantes da fé ou indiferentes”.
 
Em referência ao apóstolo Paulo, lembrou que ele “denuncia a hipocrisia religiosa, as atitudes que buscam aplauso e aprovação” e pediu que o testemunho mais incisivo do cristão é o de quem “não serve ao mesmo e ao público, mas ao Senhor”. Ao final da homilia, Bento 16 pediu que os católicos iniciem a Quaresma “confiantes e alegres”.

ENTENDA O PROCESSO SUCESSÓRIO DO PAPA

Quando o chefe da Igreja Católica renuncia a sua função ou morre, seu sucessor é eleito pelos cardeais reunidos em conclave na Capela Sistina, onde ficam isolados do mundo exterior.
 
Cinco cardeais brasileiros deverão participar do conclave que se reunirá para eleger o sucessor do papa Bento 16. Segundo a última lista do Vaticano, há um total de 116 cardeais aptos a votar no conclave.
 
Para poder votar na escolha do papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos. O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.



Fonte: UOL
 

Oscar Pistorius, atleta acusado de assassinar a namorada, pede perdão a Deus e chora ao lado de pastor

O atleta olímpico sul-africano Oscar Pistorius, que está sob custódia da justiça acusado de assassinar sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, recebeu nesse domingo em sua cela a visita de dois pastores: um da Igreja Community Character Courage (3C), que não foi identificado, e AJ Wilson, da província do Cabo Setentrional, no noroeste da África do Sul.

Oscar Pistorius, atleta acusado de assassinar a namorada, pede perdão a Deus e chora ao lado de pastor
Oscar Pistorius, atleta acusado de assassinar a namorada, pede perdão a Deus e chora ao lado de pastor
 
Wilson afirma que recebeu uma orientação do Espírito Santo para que fosse ir falar com Pistorius- Eu não sou nada, eu não sou ninguém.
 
Eu sou uma pessoa solitária apenas. Eu somente faço o que o Senhor me diz para eu fazer e Ele me disse vem aqui – afirmou o pastor, que contou ter orado junto com o atleta, que chorou e pediu perdão a Deus.
 
- Ele apenas chorava. Choramos juntos diante das circunstâncias que ele está enfrentando. Minha filha, Oscar e eu juntamos as mãos e agradecemos a Deus.
 
Podemos fazer 99% das coisas de forma correta nas nossas vidas e cometer um deslize que todo mundo vai se lembrar. Oramos, pedimos a Deus por perdão e que confiássemos Nele para cuidar do julgamento e não nos deixar perder a lembrança do quão herói Pistorius é – comentou o pastor, segundo o The Christian Post.
 
Pistorius e Reeva namoravam há um ano. O funeral de Steenkamp aconteceu na última terça-feira, na cidade de Port Elizabeth.



Fonte: The Christian Post
 
 

Papa: sexo, dinheiro e poder podem ter influenciado renúncia

O conteúdo do relatório sobre o escândalo conhecido como Vatileaks, entregue ao Papa Bento XVI em dezembro passado, teria sido devastador, a ponto de levar à renúncia do Pontífice, segundo o La Repubblica.

Papa: sexo, dinheiro e poder podem ter influenciado renúncia
Papa: sexo, dinheiro e poder podem ter influenciado renúncia
 
De acordo com o jornal italiano, ao abandonar o cargo, o Papa pretendia possibilitar a entrada de um líder mais jovem e forte para fazer uma limpeza no Vaticano.
 
O dossiê de 300 páginas, contendo a investigação completa sobre o vazamento de documentos, revelaria disputas de poder, relações homossexuais e mau uso de dinheiro.
 
La Repubblica afirma que Bento XVI teria decidido neste dia que deveria se demitir. “O dossiê será entregue ao próximo Papa, que deverá ser mais forte, jovem e santo para poder enfrentar o trabalho que espera”, diz o jornal.
 
O jornal lembra que cerca de três anos atrás já teria vindo à tona um escândalo que mostrou a existência de seminaristas que se prostituíam, de um membro do coro do Vaticano que atuava como cafetão. A história tinha como protagonista Angelo Balducci, o presidente do Conselho Nacional Italiano de Obras Públicas, que teve seu telefone interceptado por suspeita de corrupção.
 
Durante a investigação, foi descoberto que Balducci conversava com frequência com um membro do coro da Reverenda Capela Musical da Sacrosanta Basílica Papal de São Pedro no Vaticano que oferecia serviços sexuais com jovens.
 
Os encontros sexuais, segundo assegura La Repubblica citando a investigação judicial, aconteceram em uma vila fora de Roma, em uma sauna, em um centro estético, no próprio Vaticano e em uma residência universitária que seria a casa de Marco Simeon em Roma, um jovem de 33 anos que acumulou um enorme poder à sombra da cúpula de São Pedro.
 
O jornal fala ainda da possível existência de um “lobby gay” dentro do Vaticano, “uma rede transversal unida pela orientação sexual”. Segundo a publicação, pela primeira vez a palavra homossexualidade foi pronunciada, lida em voz alta no apartamento do Papa. E pela primeira vez se falou, ainda que em latim, da palavra “influentiam” (chantagem), lembra a reportagem, fazendo referência às conclusões finais do documento exposto ao Papa.



Fonte: La Repubblica