quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Líder mundial das Assembleias de Deus admite que existe “fogo estranho” entre os pentecostais

george wood

Dr. George O. Wood, pastor-presidente da convenção das Assembleias de Deus dos EUA, admitiu que existe “fogo estranho” entre os pentecostais.

Ainda ecoa nas igrejas evangélicas as recentes declarações do influente pastor John MacArthur Jr. sobre as igrejas pentecostais e neopentecostais. Ele afirmou recentemente que elas não são cristãs, classificou seus ensinamentos como heresia e rejeitou a manifestação dos dons de línguas e de cura como algo vindo de Deus.

Assim como vários líderes do segmento pentecostal, Wood, também presidente da Associação Mundial da Assembleia de Deus, respondeu a altura. Ele publicou uma carta aberta após a conferência “Fogo Estranho”, que reuniu cerca de 4.000 líderes na Califórnia, sendo transmitida em tempo real gratuitamente pela internet para cerca de 120 países.

O encontro, organizada pelo ministério do pastor MacArthur contou com oradores famosos, como RC Sproul, Conrad Mbewe e Steve Lawson. A questão mais polêmica é quando MacArthur considera que existe uma “adoração inaceitável a Deus” entre o movimento de renovação. “O movimento de renovação como um todo abriu a porta para um erro teológico maior que qualquer outra aberração doutrinária nos dias de hoje,” acrescentou.

O debate promete esquentar em novembro, quando ele lança o livro “Strange Fire The Danger of Offending the Holy Spirit with Counterfeit Worship [Fogo Estranho: O perigo de se ofender o Espírito Santo com louvor falso]”.

Em uma das palestras de MacArthur na conferência ele fez o que chama de “Apelo aos amigos renovados”, pedindo que eles possam “discernir e serem protegidos do erro… servindo como uma fonte de verdade para as pessoas fora da Igreja”. O teólogo calvinista pediu ainda que “os membros do movimento tradicional pentecostal que amam a Cristo se manifestem contra as aberrações, as heresias, o terrível tipo de manipulação e engano que muitos no movimento renovado foram capazes de impor sobre pessoas sem conhecimento da verdade”.

Wood representa mais de 66 milhões de pentecostais no mundo. Alguns dias após ter rebatido os argumentos de MacArthur, seu documento enfrenta rejeição por parte de algumas igrejas. Mesmo assim, sua opinião é vista como muito influente na teologia pentecostal. “O Dr. MacArthur acredita que os dons miraculosos do Espírito cessaram com o fim da Era Apostólica e que os movimentos pentecostais e renovados são uma aberração teológica”, escreveu ele.

Passou então a apontar para várias passagens do Novo Testamento que embasam as crenças pentecostais nos dons do Espírito Santo, incluindo o falar em línguas (glossolalia), interpretação de línguas, profecia, curas físicas e divinas. Por fim, asseverou: “Reconheço que desde o século passado surgiram aberrações isoladas no comportamento e na doutrina dos que se identificam como pentecostais ou renovados. Mas o movimento como um todo provou ser uma força vital na evangelização mundial, o cumprimento da promessa que Jesus fez aos seus discípulos em Atos 1:8. Em nome dos 66 milhões de adeptos e mais de 360 mil igrejas da Assembleia de Deus em todo o mundo, agradeço a Deus que a fé e a vida da igreja de Atos 2 ainda estão sendo seguidas e vividas até hoje”.

Com um século de existência, a denominação Assembleias de Deus é uma das mais influentes do mundo. Embora não tenha especificado qual igreja ou denominação ele reconhece estar colocando “fogo estranho” diante do altar de Deus, a maioria dos teólogos aponta para a teologia da prosperidade, presente na maioria das igrejas neopentecostais.


Com informações de Christian Post – Gospel Prime

Igrejas evangélicas sofrem interdições por causa de barulho dos cultos e alegam perseguição religiosa

Igrejas evangélicas sofrem interdições por causa de barulho dos cultos e alegam perseguição religiosa
Igrejas evangélicas vem sofrendo interdições por parte da prefeitura de Araguaína, interior do Tocantins, e reclamam de perseguição religiosa.

O argumento das autoridades locais baseia-se na questão da falta de alvará dos templos e do barulho. Mesmo sem medição dos decibéis dos cultos, duas igrejas foram interditadas pela prefeitura sob alegação de que o som estava acima dos 75 decibéis permitidos por lei.

“Igrejas estão sendo lacradas sem nenhum aviso prévio, casamento está sendo invadido sem nenhum motivo, pregador que prega na rua sendo proibido de pregar. Se isso não for perseguição não existe perseguição”, reclamou o pastor Ildésio Luis Alves, presidente do Conselho de Pastores da cidade.

Outra liderança evangélica local reclama da falta de orientação por parte das autoridades antes da aplicação das multas, mas reconhece que muitas igrejas extrapolam o bom senso no que se refere ao volume do som nos cultos: “Não somos contrários à fiscalização e a cobrança de que a lei seja cumprida, porém cada fiscal que tem o seu entendimento ao seu modo interpreta a lei e nos exige algo que causa essas discrepâncias nas ações. Sou plenamente favorável que estes excessos sejam corrigidos”, afirmou o apóstolo Bueno Júnior em entrevista ao G1.

Falta de Alvará
O pastor Tiago Moreira, líder da igreja Nova Jerusalém, queixou-se do que considerou um abuso: “Fiquei triste, pois a nossa igreja já estava toda construída, com forro, piso, só faltavam as janelas, e o fiscal veio aqui e deu a ordem pra fechar as portas. Nunca ninguém veio aqui na época da construção dizer que faltava isso ou aquilo. Depois de tudo pronto, eles vem e lacram a igreja”, disse Moreira, em entrevista ao Jornal da Missão.

A impressão de perseguição religiosa é compartilhada pelo pastor Luciano Galvão, do Ministério Reinando em Cristo: “Por que essa atitude só com as igrejas evangélicas? Por que não se faz a mesma coisa com bares e festas que tanto incomodam as famílias? Há uma perseguição às igrejas evangélicas de Araguaína. O inimigo está incomodado com a ação da igreja e tenta atrapalhar nosso trabalho sério que recupera vidas para a sociedade. Mas não podemos estranhar atitudes assim, está na Bíblia que isso já aconteceu e que poderia acontecer, mas não vamos nos enfraquecer nem nos intimidar com essas ações”, pontuou Galvão.
O responsável pelo Departamento de Postura e Edificações, Tiago Spacassassi, argumentou que seguiu o que a lei estabelece: “Na época existia uma denúncia, existia uma modificação. O problema continuou e nós fizemos uma interdição temporária para a resolução do problema, ao invés da aplicação da multa”.
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Por Tiago Chagas, para o Gospel+

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

As sandices de John MacArthur


Em uma época em que os cristãos sérios deveriam se unir para combater males reais e comuns, MacArthur dirige seus ataques para o foco errado


Como prometido, segue abaixo algumas reflexões sobe declarações do pastor John MacArthur ao site do The Christian Post, nos EUA, no domingo, 20 de outubro. Os trechos traduzidos da matéria com MacArthur vêm em itálico e minhas observações em texto normal.

Para aqueles que disseram que MacArthur está atacando seus irmãos em Cristo, MacArthur respondeu que ele “desejava que pudesse afirmar isso [chamá-los de irmãos]”. [Mas,] Em sua opinião, como ele e seus colegas oradores observaram durante a conferência, o movimento carismático é feito, em grande parte, por “não-cristãos”.

Eu, sinceramente, não me importo se John MacArthur escreve e prega o cessacionismo. E daí? Problema dele. Ele tem todo o direito de fazê-lo. E obviamente também nem me importo de ele fazer uma conferência para defender, entre outras coisas, o cessacionismo. E daí? A igreja dele é pastoreada por ele e ela apóia fielmente o seu líder. Aliás, todos os anos MacArthur faz conferências em sua igreja e o templo desta, com capacidade para 3 mil pessoas, sempre enche, não só de visitantes, mas principalmente com o seu próprio povo, como prova de apoio ao seu líder. Neste ano, não foi diferente.

Os três únicos problemas são que MacArthur fez questão de desafiar publicamente pentecostais tratando-os como hereges; distorceu o próprio ensino pentecostal para asseverar a questão entre continuísmo e cessacionismo como uma doutrina primária, essencial, de suma importância para a saúde da fé de qualquer cristão, e não como uma doutrina secundária; e ainda colocou, no mesmo saco, pentecostais clássicos e neopentecostais. Aí não dá. As críticas que MacArthur sofreu por essa conferência foram justamente relacionadas a esses radicalismos e injustiça.

Em primeiro lugar, pentecostais clássicos têm a Bíblia como a sua única regra de fé e prática, e justamente por isso pregam constantemente contra “novas revelações” que se chocam com a Bíblia ou querem acrescentar algo a ela.

E em segundo lugar, pentecostais clássicos também pregam contra a Teologia da Prosperidade, contra a Confissão Positiva, contra o “cair no Espírito”, contra a “unção do riso” etc, que são desvios neopentecostais.

Como se não bastasse isso, ainda temos que ouvir MacArthur afirmar que acredita que a maioria dos cristãos no mundo que dizem crer na contemporaneidade dos dons espirituais é, na verdade, de “não-cristãos”.

“Se a questão [da continuidade ou não dos dons espirituais] não é clara – como alguns estão dizendo –, ela só se tornou clara sob a influência dos falsos mestres? Ficou clara para os apóstolos; ficou clara para os Pais da Igreja Primitiva; ficou clara para os reformadores; ficou clara para os puritanos; ficou clara nos credos, como a Confissão de Westminster; ficou clara para os teólogos reformados como B. B. Warfield; ficou clara para Spurgeon; ficou clara, nos tempos mais modernos, a R. C. Sproul. Terá agora se tornado clara por causa de Aimee Semple McPherson, Jimmy Swaggart, Jim Bakker e Kenneth Copeland? Essa é uma idéia ridícula”.

Não, MacArthur, a não descontinuidade dos dons espirituais se tornou clara para nós pelos próprios apóstolos, pela própria Bíblia Sagrada, a única regra de fé e prática para qualquer crente genuinamente pentecostal. Não há nenhum texto bíblico que diga que os dons espirituais não são mais para os nossos dias.

E a questão ficou clara também para Pais da Igreja e grandes nomes da Igreja dos primeiros séculos como Justino Mártir (100-165), Irineu (115-202), Teófilo de Antioquia (120-186), Tertuliano (160-220), Novaciano (200-258), Gregório Taumaturgo (213-270) e Hilário de Poitiers (300-368), mas, infelizmente, foi renegada pela maioria dos Pais da Igreja do terceiro século em diante como reação aos desvios Montanistas.

Apesar disso, há registros de contemporaneidade dos dons espirituais durante a Alta Idade Média e, depois, entre os valdenses, nos séculos 12 a 15, e com os anabatistas, no século 16; entre os quacres e pietistas, no século 17; na França, entre os Camisardes, chamados de “calvinistas das cavernas”, no século 18; na Finlândia, também no século 18, durante o avivamento que impactou os luteranos naquele país e que ficou conhecido como “Heränneet”; além de entre os Morávios, na República Tcheca, na mesma época. Nos séculos 18 e 19, há ainda registros na Inglaterra, Rússia, Estados Unidos, Indonésia, Escócia, Austrália, Brasil (sim, entre batistas no Rio Grande do Sul, 30 anos antes da chegada de Gunnar Vingren e Daniel Berg), Armênia, Alemanha, África e Noruega, dentre outros países.

A contemporaneidade de todos os dons espirituais, inclusive a glossolalia, foi clara para John Wesley (1703-1791), que a defendeu em carta ao pastor Conyers Middleton (The Works of John Wesley, A Letter to the Rev. Dr. Conyers Middleton, volume 10, pp. 54 a 56). Essa carta pode ser lida clicando AQUI.

A contemporaneidade dos dons espirituais foi clara para o célebre batista inglês F. B. Meyer (1847-1929), sobre o qual o cessacionista Spurgeon disse certa vez: “Ele prega como um homem que viu Deus face a face”.

Ela foi clara para o reverendo R. B. Swan, sua esposa e alguns membros de sua igreja em Providence, Rhode Island, EUA, em 1875, que receberam todos, segundo depoimento do próprio Rev. Swan, a glossolalia. E o que dizer dos relatos e/ou experiências próprias de glossolalia registrados nos séculos 18 e 19 por Thomas Walsh, William Doughty, William Arthur, Horace Bushnell, V. P. Simmons, J. C. Aroolappen e tantos outros?

Em 1801, há 212 anos, nos Estados Unidos, na localidade de Cane Ridge, Kentucky, cerca de 3 mil pessoas, em um acampamento da Igreja Presbiteriana, entraram no que descreveram como “estado de júbilo”, com “centenas” delas “falando em línguas sobrenaturalmente” (Dicionário do Movimento Pentecostal, CPAD, 2007, p. 235).

A contemporaneidade dos dons espirituais foi clara para o célebre evangelista congregacional Dwight Lyman Moody (1837-1899), contemporâneo de Spurgeon e que foi, segundo historiadores, o homem que mais ganhou vidas para Jesus no século 19.

Ela foi clara também para o célebre pregador calvinista congregacional David Martyn Lloyd-Jones (1899-1981) (Leia AQUI excelente artigo de John Piper a respeito). E nos dias de hoje, a contemporaneidade dos dons espirituais é aceita por calvinistas como Wayne Grudem, J. I. Packer, John Piper, Craig Keener, D. A. Carson, Mark Driscoll, C. J. Mahaney, Tim Keller, Sam Storms, Matt Chandler, Vincent Cheung, James MacDonald, Matt Slick, James K. A. Smith, Johanes Lilik Susanto e Paul Walsher, só para citar os conhecidos. Porém, MacArthur ignora essa gente toda e cita ele e R. C. Sproul como referência sobre o assunto, como que querendo dizer que a teologia dele e de Sproul está acima da de todos estes outros colegas calvinistas. Com todo respeito que possamos ter por MacArthur e Sproul como ensinadores (eu mesmo gosto de muitos textos de Sproul), eles não são melhores teólogos do que muitos daqueles que acabei de mencionar.

E para piorar, MacArthur, ao final de sua fala, cita nomes do pentecostalismo que pregavam heresias ou que caíram em pecado, quando deveria lembrar de pentecostais como Stanley Horton, Anthony D. Palma, William Menzies, David Wilkerson, Roger Stronstad, Myer Pearlman, George Wood etc etc etc, todos seus compatriotas. Já imaginou se cometo o mesmo pecado de tomar todos os reformados por nomes dentre eles que os constrangem justamente por não representarem a maioria dos reformados ou o que pensa os reformados, seja pelo seu ensino ou comportamento? Não seria correto, seria? Seria profundamente desonesto, na verdade.

Outra acusação foi que MacArthur e os cessacionistas estão falando de algo que só é verdade para extremistas, lunáticos do movimento, e ele afirma que “obviamente não é verdade”, porque acredita que há erro no movimento carismático que varre todo o movimento. “Noventa por cento das pessoas em todo o mundo ligadas ao movimento carismático apropriam-se do evangelho da prosperidade”, disse ele. “24 a 25 milhões deles negam a trindade, 100 milhões deles são católicos romanos. Esta não é uma franja. Este é o movimento, e está crescendo a uma taxa rápida”, acrescentou.

Se juntarmos todos os católicos carismáticos, os unitaristas e os carismáticos e neopentecostais adeptos da Teologia da Prosperidade ou de outras heresias em todo o mundo, eles provavelmente não chegam sequer a 30% dos mais de 800 milhões de pentecostais no planeta. Colocar todos eles no mesmo saco é de uma irresponsabilidade e insensibilidade enormes. Nas igrejas pentecostais europeias, por exemplo, quase inexiste a Teologia da Prosperidade. E mesmo nos EUA, Brasil e África, onde a Teologia da Prosperidade é forte, há muitos pentecostais que pregam e ensinam contra ela, inclusive a maior denominação pentecostal do nosso país.

“Se os líderes reformados que conhecem a verdade, o Evangelho e a Palavra de Deus não policiarem o movimento, os terroristas espirituais vão dominar”, disse ele.

A moda agora é chamar todo divergente de “terrorista”. Vide Obama, que chamou os parlamentares republicanos mês passado de “homens bomba”, “terroristas” e “incendiários”.

MacArthur já chamou carismáticos de “não-cristãos” e “terroristas”. O que falta agora? “Doentes mentais”? “Demoníacos”?

“O movimento carismático tem aberto mais amplamente a porta para o erro teológico do que qualquer outra aberração doutrinária nos dias de hoje”, acrescentou MacArthur, observando que no capítulo 12 de seu livro ele escreveu uma carta aberta a seus amigos continuístas.

O neopentecostalismo é que tem aberto. E mais uma vez ele coloca os males do mundo evangélico na conta dos continuístas de forma geral. É de uma desonestidade enorme. Será que ele não leu nenhum livro da profusão de livros apologéticos pentecostais nos EUA e no mundo combatendo os erros do neopentecostalismo?

“Se os dons praticados na igreja carismática de hoje são equivalentes aos descritos no Novo Testamento, então esses dons originais não tinham nada de especial”, disse ele, acrescentando que estes “degradam os verdadeiros dons que Deus deu à igreja do primeiro século”.
Ele acrescentou que o movimento “desonra o Espírito Santo, atraindo pessoas com falsificações, e faz as pessoas pensarem que elas não têm o que precisam, e que há algo lá fora que precisam perseguir”.

Esse foi o argumento mais tíbio de todos. Os dons só seriam extraordinários se ficassem circunscritos à Era Apostólica?

Quanto a eventuais falsificações, MacArthur esquece que falsas e distorcidas manifestações de dons espirituais ocorreram até nos tempos apostólicos, vide, só para citar um exemplo, as orientações de Paulo aos crentes em Corinto sobre desvios nessa área ali.

O que devemos fazer não é negar os dons porque há gente que os perverte, mas orientar em favor das manifestações sadias. Como diz um velho e sábio provérbio latino, Abusus non tollit usum – “O abuso não tolhe o uso”.

Não se joga o bebê fora junto com a água suja da bacia. Não se toma a maioria pela minoria. Não se deve transformar exceção em regra e regra em exceção. Regra é regra, exceção é exceção.

Quanto às declarações de que a contemporaneidade dos dons espirituais “desonra o Espírito Santo” e “faz as pessoas pensarem que elas não têm o que precisam, e que há algo lá fora que precisam perseguir”, trata-se de uma tremenda distorção das coisas:

1) Quem aceitou Jesus como Senhor e Salvador tem tudo o que precisa em termos de Salvação, mas isso não significa que os dons espirituais, que acompanham a Salvação, que são acessórios dela, não são importantes. Os dons (inclusive os espirituais) não são essenciais para a salvação, mas eles são importantes, porque foram dados à Igreja para a sua edificação, para o enriquecimento da vida cristã.

2) Desprezar os dons espirituais é que é negativo, pois é apagar uma ação específica do Espírito Santo em nossas vidas a qual tem por objetivo enriquecer ainda mais o nosso serviço a Deus e à Sua Igreja (1Ts 5.19-21).

3) A Bíblia nos orienta a buscarmos, a perseguirmos, “os melhores dons”, e inclusive menciona o de profecia como um destes melhores (1Co 14.1).

MacArthur também apontou para aqueles que são continuístas, auxiliando o problema, porque eles querem dar lugar para o movimento carismático e “não estão ajudando a resolver os problemas de falsa doutrina”.

Pois é, para MacArthur, gente como Wayde Grudem, J. I. Packer, John Piper e o falecido D. Martyn Lloyd-Jones seriam calvinistas que atrapalham, dando oportunidade à expansão da falsa doutrina. E como ele já disse que a maioria dos crentes continuístas é de “não-cristãos”, logo o próximo passo deve ser o Céu só para os cessacionistas. Não sei se ele vai chegar a tanto, mas ele já beira a isso em alguns momentos ao afirmar que seu cessacionismo não é uma questão secundária, mas de suma importância para toda a fé cristã.

Que pena. Em uma época em que os cristãos sérios deveriam se unir para combater males reais e comuns no meio evangélico, alguns deles dirigem seus ataques para o foco errado.


Por Silas Daniel / CPADNews

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Calotes e desvio de dízimos: revista revela detalhes da crise da Igreja Mundial, de Valdemiro Santiago; Entenda

Calotes e desvio de dízimos: revista revela detalhes da crise da Igreja Mundial, de Valdemiro Santiago; Entenda
A crise administrativa por que passa a Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD) foi tema de uma reportagem extensa que denunciou a suposta existência de traições, desvios de dízimos e ofertas e má gestão da denominação neopentecostal brasileira que mais cresceu nos últimos anos.
A IstoÉ publicou, como tema de capa da edição do último final de semana, uma matéria que ouviu líderes da igreja que denunciam a existência de quadrilhas entre os pastores e bispos, que atuariam no sentido de desviar a arrecadação da IMPD: “Cerca de 30% dos recursos que arrecadamos são desviados. Por mês, R$ 30 milhões saem pelo ralo”, afirmou um alto dirigente da Mundial no Rio de Janeiro, que preferiu não se identificar.
A perda dos horários na Band e Rede 21 para a Igreja Universal do Reino de Deus aconteceu devido ao atraso de R$ 21 milhões no pagamento ao grupo proprietário das emissoras. Deste valor, R$ 8 milhões eram referentes a setembro, e os outros R$ 13, a outubro. “Pegaram a gente em um momento de fraqueza. Gastamos R$ 300 milhões com templos ultimamente e vivemos um tempo de estruturação e amadurecimento”, lamentou o líder que conversou com a reportagem da revista. “Estamos pagando muitas prestações, os valores de aluguéis aumentaram, temos muitas obras em andamento e acabou atrasando alguma coisa. Aí, deixa de pagar um mês e vira um problema para a mensalidade seguinte”, complementou o deputado federal José Olímpio (PP-SP), que ocupa o posto de presidente da Mundial.
A descoberta de que quadrilhas formadas por pastores e bispos estavam drenando a capacidade da denominação a partir dos desvios dos valores arrecadados levou o apóstolo a caçar e excluir alguns dos que foram descobertos.
“Há dois anos e meio, por exemplo, o Valdemiro descobriu uma dessas quadrilhas no ABC paulista liderada pelo bispo e por seus auxiliares e os expulsou”, afirmou a fonte.
O bispo Josivaldo Batista, braço direito de Valdemiro e considerado número 2 na hierarquia da Mundial, foi recentemente transferido para Lisboa, e substituído na função de administrar as finanças da igreja. O escolhido para ocupar a função, bispo Jorge Pinheiro, é marido da irmã da bispa Franciléia, esposa de Valdemiro.
Segundo declarações de um líder da cúpula paulista da igreja, as investigações de Valdemiro mostraram que havia um grupo de pastores e bispos próximos a Josivaldo Batista que estaria prejudicando a denominação: “Ele se deu conta de que o problema advinha da concentração de poder em torno dessa turma. Era gente pedindo avião para fazer não sei o quê, para ter programa na televisão não sei onde, para abrir igreja em um grotão aí…”, afirmou, reclamando da forma como o apóstolo administrou a Mundial até aqui: “Ele se cercou de um estafe pequeno que blindava o acesso a ele. E, assim, passou a ouvir pouco outras opiniões. Precisa amadurecer”.
As dívidas não abalaram apenas os projetos midiáticos de Valdemiro. A Cidade Mundial, inaugurada com alarde em Guarulhos em dezembro de 2011, está fechada desde fevereiro de 2012 devido a inadequações do local para o uso como templo. As prestações de compra do prédio custam R$ 5 milhões mensais, e a falta de celebrações no local impede que o próprio templo arrecade dízimos e ofertas para ajudar pagar o investimento. De acordo com a IstoÉ, a decisão de Valdemiro foi se desfazer do local, assim como a Cidade Mundial do Paraná.
Dênis Munhoz, advogado e vice-presidente da Mundial, afirma que nos últimos tempos a igreja vem passando por uma reestruturação administrativa, e que os casos de atrasos nos aluguéis vem caindo: “Esses problemas diminuíram 70% nos últimos tempos. Se existe esse problema, a igreja sempre tomou as providências rapidamente”.
“Muitas vezes, é melhor dar um passo atrás para, depois, dar um maior à frente. Valdemiro me disse que estava, inclusive, vendendo a sua fazenda no Mato Grosso”, afirmou o alto dirigente da Mundial no Rio de Janeiro. A fazenda, inclusive, tem sido objeto de investigações das autoridades, que desconfiam de desvio de ofertas e dízimos pelo próprio apóstolo para adquirir a propriedade.
Veja um infográfico com a trajetória de Valdemiro Santiago no neopentecostalismo:
 
infografico trajetoria valdemiro santiago
 
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

Suposto folheto da Igreja Mundial pede que fiéis finjam curas e milagres para arrecadar dinheiro

Suposto folheto da Igreja Mundial pede que fiéis finjam curas e milagres para arrecadar dinheiro
A crise financeira que obrigou a Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD) a perder os horários de exibição de seus programas na Band estaria levando a denominação a buscar reverter a situação através de fingimentos.
Líderes da igreja estariam recrutando pessoas dispostas a viajar para fingir testemunhos de cura e vitória em cultos da denominação, e assim, aumentar a arrecadação da Mundial, que teria perdido o espaço na Band devido a dívidas de R$ 21 milhões com a emissora.
Porém, o objetivo do fingimento seria arrecadar R$ 500 milhões para adquirir a concessão do canal 32 em São Paulo, pertencente ao Grupo Abril e que até outubro abrigava a filial brasileira da MTV.
O site Notícias da TV, do portal Uol, publicou uma imagem de um folheto impresso e distribuído no templo da Igreja Mundial na avenida João Dias, na zona sul de São Paulo. O texto do folheto pede aos fiéis para se “passarem por enfermos curados, ex-drogados e aleijados” e dessa forma, “conseguir convencer mais pessoas a contribuírem financeiramente para a aquisição do canal 32″.
Com um espaço em branco, para que o líder da igreja local escrevesse seu nome, o folheto diz que o fingimento dos milagres é um “pedido feito diretamente pelo apóstolo Valdemiro Santiago a todos os seus fiéis”, e que o material seja destruído após a leitura.
 
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

domingo, 27 de outubro de 2013

Ap. Valdemiro Santiago: À espera de um milagre (Matéria de capa da Revista IstoÉ)

Quadrilhas de pastores ladrões, dívidas milionárias com as tevês, administração amadora e investimentos equivocados na construção de grandiosos templos. O que está por trás da crise financeira da Mundial, uma das mais poderosas igrejas evangélicas do País

Rodrigo Cardoso
Confira compilação com cenas do apóstolo Valdemiro Santiago e outros líderes da igreja pedindo contribuições aos seguidores:
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Chorar durante a pregação é um dos traços mais marcantes da performance de Valdemiro Santiago de Oliveira, o todo-poderoso da Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD), no púlpito. Criticado por abusar dessa prática, o autointitulado apóstolo tem motivos mais terrenos para derramar suas lágrimas atualmente. O império neopentecostal construído por esse mineiro de 49 anos, nascido em Cisneiros, distrito de Palma, a 400 quilômetros de Belo Horizonte, vive a maior crise da sua história. O mais recente indício de que a IMPD está fragilizada foi a decisão do Grupo Bandeirantes de encerrar, na semana passada, a parceria que mantinha com Valdemiro, que alugava quase a totalidade da grade da programação do Canal 21 e ocupava cerca de quatro horas diárias nas madrugadas da Band. Motivo do fim do acordo: atrasos no pagamento.
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PASTOR
Valdemiro Santiago criou um império religioso, viu seu rebanho se
expandir por cerca de cinco mil templos e, agora, tenta colocar a
casa em ordem ao ver sua igreja sangrar em milhões de reais
Valdemiro até que tentou impedir o fato. De microfone em punho, o comedor de angu que cuidava de marrecos na roça antes de se converter evangélico usou toda a sua empatia com o povão. No início do mês, pôs o rosto no vídeo, caprichou na voz chorosa e iniciou uma campanha conclamando seus fiéis a ajudá-lo a arrecadar R$ 21 milhões para honrar compromissos com o aluguel de horários na mídia. A Mundial já devia R$ 8 milhões ao Grupo Bandeirantes referentes a setembro. No fim deste mês, outro boleto a vencer: R$ 13 milhões. A emissora paulista não confirma oficialmente, mas a Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo, concorrente direta da Mundial, teria entrado na disputa por esses horários e conseguido vencer a briga sobre a maior concorrente na disputa por almas. “Pegaram a gente em um momento de fraqueza”, diz uma liderança da IMPD. “Gastamos R$ 300 milhões com templos ultimamente e vivemos um tempo de estruturação e amadurecimento.”
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PODER
Diante da crise, Valdemiro nomeou Jorge Pinheiro (acima), marido da irmã
de sua esposa, para gerir o setor financeiro e administrativo da IMPD no
lugar do bispo Josivaldo (abaixo), transferido para Lisboa
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"Cerca de 30% dos recursos que arrecadamos são desviados
por bispos e pastores. Por mês, R$ 30 milhões saem pelo ralo"
,
afirma um alto dirigente da IMPD do Rio de Janeiro
Quisera Valdemiro Santiago, porém, que seus problemas fossem revezes restritos apenas ao campo administrativo da sua igreja. Em São Paulo, o líder evangélico é alvo de uma investigação do Ministério Público estadual e da Polícia Civil. Desde janeiro de 2013, diligências feitas pelo Grupo Especial de Delitos Econômicos (Gedec) e pela Divisão de Investigações sobre Crimes contra a Fazenda, da Polícia Civil, apuram um suposto crime de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, direitos ou valores. O dono da Mundial virou alvo das autoridades quando elas descobriram que a Fazenda Santo Antonio do Itiquira, localizada em Santo Antônio do Leverger (MT), um conglomerado de 10.174 hectares de terras ocupado por milhares de cabeças de gado, foi comprado por R$ 29 milhões à vista pela empresa W. S. Music, cujos representantes são o apóstolo e sua mulher, a bispa Franciléia. O caso, que pode configurar uso do dinheiro de fiéis para enriquecimento pessoal, corre em sigilo.
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A Mundial, fundada em 1998 – antes dela, Valdemiro fora pastor na Igreja Universal por 18 anos (leia quadro) –, viveu um avanço muito grande em um curto espaço de tempo. De 500 templos em 2009, hoje a denominação computa mais de cinco mil unidades, segundo seus membros. Acontece que a vida de uma igreja não se resume ao púlpito ou aos cultos. Administrativa e financeiramente falando, a IMPD não evoluiu. “Cerca de 30% dos recursos que arrecadamos são desviados. Por mês, R$ 30 milhões saem pelo ralo”, afirma um alto dirigente da denominação, lotado no Rio de Janeiro. De acordo com ele, a devoção em torno dos cultos, espécie de pronto-socorro espiritual, onde fiéis garantem ter alcançado a cura divina para alguma enfermidade graças à intercessão de Valdemiro, trouxe notoriedade à igreja e atraiu quadrilhas de pastores que se infiltraram em seus templos para se apropriar das doações. “Há dois anos e meio, por exemplo, o Valdemiro descobriu uma dessas quadrilhas no ABC paulista liderada pelo bispo e por seus auxiliares e os expulsou.”
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PREGAÇÃO
Com fama de milagreiro, Valdemiro fez fama ao se aproximar
dos mais humildes. Abaixo, sua esposa, a bispa Franciléia
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Esse mesmo dirigente lembra do dia em que, ao manobrar seu carro na saída de um culto, uma fiel bateu no vidro para alertar que pessoas traíam a confiança do líder evangélico: “Pastor, está vendo esse carnê da Mundial? A conta corrente aqui escrita não é a da igreja. Estão distribuindo carnês falsos para o povo pagar! Avisa o apóstolo, por favor!” Ou seja, o dinheiro estava sendo desviado num esquema paralelo ao de Valdemiro. Professor da pós-graduação de Ciências da Religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Ricardo Bitun se deparou com essa prática ao ir a campo para a confecção de sua tese de doutorado. Intitulado “Igreja Mundial do Poder de Deus: Continuidades e Descontinuidades no Neopentecostalismo Brasileiro”, o estudo defende que Valdemiro foi o único dissidente da Universal que conseguiu alcançar sucesso. E assim o fez graças, principalmente, à remasterização da cura divina, uma prática bastante difundida no Brasil nos anos 1970. “Um bispo me contou que havia pastores infiltrados em igrejas e até mesmo bispos cobrando propinas de pastores”, diz Bitun.
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SUSPEITA
Uso do dinheiro de fiéis para enriquecimento pessoal, como a compra de uma
fazenda de R$ 29 milhões (à esq., o documento  de compra em seu nome),
é investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil de São Paulo
Valdemiro é um líder religioso onipresente no altar e nos programas televisivos e demorou a perceber que estava sendo traído por pessoas muito próximas a ele – e do alto escalão da igreja. Havia um grupo próximo a Josivaldo Batista de Souza, que era considerado o número 2 da Mundial, agindo como lobos em pele de cordeiro. “Ele se deu conta de que o problema advinha da concentração de poder em torno dessa turma”, diz um membro da hierarquia paulista da Mundial. “Era gente pedindo avião para fazer não sei o quê, para ter programa na televisão não sei onde, para abrir igreja em um grotão aí...” Segundo esse integrante da IMPD, Valdemiro cometeu erros próprios de líderes que sobem muito e rapidamente. “Ele se cercou de um estafe pequeno que blindava o acesso a ele. E, assim, passou a ouvir pouco outras opiniões. Precisa amadurecer.”
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FLAGRA
Membros da Mundial chegaram a clonar carnês para desviar
o dinheiro que era arrecadado dos fiéis nos cultos
Diante das dívidas, dos calotes e das traições, o líder da IMPD está tentando conter a sangria da sua igreja do jeito que pode. Transferiu para Lisboa o pastor Josivaldo, um ex-membro da Universal que o acompanha desde o começo dos trabalhos da denominação em Pernambuco, segundo Estado onde ele fincou sua bandeira. Para substituir Josivaldo, que era responsável pela gestão administrativa e financeira e cuidava do dia a dia da Mundial, além dos bispos e pastores, Valdemiro achou por bem recorrer a um familiar. Empossou o bispo Jorge Pinheiro, marido da irmã da sua esposa Franciléia. Para tentar se reequilibrar financeiramente, conta um bispo paulista, ele decidiu se desfazer de duas Cidades Mundiais, como são chamados os megatemplos da IMPD, em São Paulo e no Paraná. Elas se encontram fechadas pelos órgãos públicos locais, após pouco tempo de funcionamento, por não preencherem requisitos para receber o público. Um claro erro de avaliação que onerou a igreja. “A Cidade Mundial paulista está fechada desde fevereiro de 2012. Mas Valdemiro, todo mês, tem de pagar R$ 5 milhões das parcelas da compra dela”, diz o bispo. Missionário da IMPD, o deputado estadual Rodrigo Moraes (PSC-SP), que foi designado pela igreja para fazer “a coisa caminhar” junto aos órgãos públicos, segue na sua empreitada. “Não recebi o comando de parar o trabalho ainda. Mas a vontade do apóstolo é que fala mais alto”, afirma. Templos pequenos e mal localizados, que não condiziam com a orientação de Valdemiro, também deixaram de ser usados. “Cerca de 15% deles tiveram de ser fechados ou reestruturados”, diz uma liderança da igreja. Pode ser uma saída para que a fama de caloteiro não suplante a de apóstolo milagreiro.
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NA JUSTIÇA
Faz três meses que a Mundial não paga o aluguel do imóvel (acima),
localizado em Pirituba (SP): ação de despejo e cobrança de R$ 34 mil.
À esq., Cidade Mundial em São Paulo, que será fechada
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Não são poucos os templos ocupados pela IMPD que têm problemas com aluguel atrasado ou ações de despejo em curso na Justiça. Em Pirituba, por exemplo, bairro da capital paulista, o proprietário impetrou na justiça uma ação de despejo contra a igreja por não receber o aluguel de seu imóvel desde julho. E cobra, ainda, o pagamento de R$ 34.538,64. De acordo com um de seus representantes legais, essa é terceira vez que a justiça é acionada desde 2010, quando o local passou a ser ocupado pela Mundial. “Não entendo a falta de organização da igreja. Não acredito que ela não tenha caixa para pagar o aluguel”, diz ele, que prefere não se identificar. “Esses problemas diminuíram 70% nos últimos tempos”, garante Dênis Munhoz, advogado da Mundial. À frente também do cargo de vice-presidente da Mundial, Munhoz refuta a ideia de a denominação viver uma crise, argumentando que a IMPD é a evangélica que mais cresce no Brasil. Sobre as quadrilhas de pastores, afirma: “Se existe esse problema, a igreja sempre tomou as providências rapidamente.” Prefere, no entanto, não comentar a perda dos espaços no Canal 21 e na Band. Quem falou sobre o assunto foi o presidente da IMPD, o deputado federal José Olímpio (PP-SP). “Estamos pagando muitas prestações, os valores de aluguéis aumentaram, temos muitas obras em andamento e acabou atrasando alguma coisa. Aí, deixa de pagar um mês e vira um problema para a mensalidade seguinte”, diz.
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Para se ver livre de mais problemas, Valdemiro, que, procurado por ISTOÉ, não se manifestou, entregou os horários que possuía na Rede TV! e na CNT. Deixou também de alugar espaço em dezenas de retransmissoras de diferentes estados e recuou no projeto de ocupar a programação de tevês da Argentina, Colômbia e do México. “Muitas vezes, é melhor dar um passo atrás para, depois, dar um maior à frente”, diz o alto dirigente da Mundial do Rio. “Valdemiro me disse que estava, inclusive, vendendo a sua fazenda no Mato Grosso.” Essa informação não foi confirmada pelo presidente nem pelo vice-presidente da IMPD. Mas, na atual situação, receber R$ 33 milhões, valor estimado da Fazenda Santo Antonio do Itiquira, seria como um milagre para o líder evangélico.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Cristãos prestam queixa contra desenho Os Simpsons por ofensas a valores do cristianismo

Cristãos prestam queixa contra desenho Os Simpsons por ofensas a valores do cristianismo
A série de desenhos Os Simpsons se tornou alvo de polêmica mais uma vez por causa da forma como se refere ao cristianismo.
Diversos telespectadores tem procurado o Federal Communications Commission (FCC), órgão que regula as comunicações nos Estados Unidos, para se queixar da forma como Deus foi apresentado num dos episódios.
“A representação de Deus como um servo de Satanás é uma blasfêmia e um pouco repulsivo para um verdadeiro crente cristão. No episódio, Deus refere-se a satanás como “o grandalhão caído”, que é totalmente ofensivo. Eu também senti desprezo pela minha fé, quando o caráter de Deus aparece como um servo do Diabo, oferecendo uma xícara de café. Essas ofensas ao cristianismo aparecem continuamente em Os Simpsons”, escreveu um telespectador em sua queixa.
Segundo o site Acontecer Cristiano, a preocupação com temas ligados à homossexualidade também tem motivado os telespectadores a criticar a série.
“Em um episódio, Homer Simpson imagina coisas desagradáveis ​​que podem acontecer com ele. Entre as coisas que ele imagina, Marge Simpson beija outra mulher. Esta é uma série que são espectadores de todas as idades. muitos pais permitem que seus filhos a vejam, porque eles são desenhos animados e as histórias tem como tema situações que uma família de classe média vive normalmente. O beijo lésbico de Marge Simpson é indecente e deve ser censurado para que crianças não o vejam”, reclamou outro telespectador.
 
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

Comemorando 15 anos de Diante do Trono, Ana Paula Valadão diz que hoje o grupo “enfrenta preconceito dos próprios evangélicos”; Assista

Comemorando 15  anos de Diante do Trono, Ana Paula Valadão diz que hoje o grupo “enfrenta preconceito dos próprios evangélicos”; Assista
No ano em que comemora 15 anos de estrada, o ministério de louvor da Igreja Batista da Lagoinha (IBL), Diante do Trono, tem se tornado alvo do preconceito dos próprios evangélicos, segundo sua líder, Ana Paula Valadão.
A impressão da cantora e pastora foi passada à TV Uol numa entrevista especial sobre a data comemorativa. Ana Paula afirmou que no começo do planejamento para lançar o ministério, ela vivia uma crise de fé, mas vê isso como um fator diferencial.
“Eu acho que é importante a gente passar por crises ao longo da vida, porque nelas a gente se pergunta muita coisa. Ou a gente vai ter as coisas abaladas e destruídas, ou elas vai ficar ainda mais fortes”, conceitua.
O maestro Sérgio Gomes, convidado pelo pastor Márcio Valadão para comandar a primeira gravação das músicas do DT, afirma que foi enviado aos Estados Unidos pelo líder da IBL ao lado de Ana Paula, para aprender o processo de gravação ao vivo e assim, aplicar no projeto do ministério.
“Quando a gente reuniu o grupo de músicos com a ideia de fazer a gravação de um CD ao vivo, nós reproduzimos o que aconteceu nos Estados Unidos. Ou seja, a Ana cantou a canção pra eles, e todo mundo achou a canção maravilhosa, que é realmente”, disse Gomes, referindo-se à música “Diante do Trono”.
Entre os cantores que integraram a primeira formação do DT, estão Helena Tannure, Nívea Soares e André Valadão. “Um dia a Ana me ligou e disse: ‘Nívea, eu gostaria que você fosse uma das vocalistas. Você aceita participar?’ Foi um prazer muito grande, um presente de Deus pra mim”, declara Nívea Soares.
“O Diante do Trono ia gravar o primeiro CD quando eles me chamaram pra fazer parte. Mas eu tinha acabado de ter meu segundo filho, os ensaios eram meio atribulados, acabava tarde, então eu não pude atender a esse primeiro convite. Antes do lançamento desse primeiro trabalho, então com meu bebê um pouquinho maior, eu pude passar a integrar o grupo”, relata Helena Tannure, que assim como Nívea, não integra mais o ministério.
Mariana Valadão, que passou a integrar o grupo anos depois, também deu seu depoimento: “Desde o primeiro, a gente como família, participa de tudo, não é? Nos ensaios, eu sempre ia, participava. Mas a partir do terceiro CD, que foi ‘Águas Purificadoras’, gravado também aqui em Belo Horizonte, [eu passei a fazer parte]”.
“Quebra de paradigmas”
Ana Paula Valadão disse que o contrato com a Som Livre, gravadora secular – da qual o grupo estaria tentando se desvincular – foi uma quebra de paradigma que possibilitou a expansão do alcance do Diante do Trono.
Segundo ela, todos os cuidados para que não houvessem interferências da gravadora no trabalho do DT foram tomados: “O nosso jeito de ser tem que parecer intocado. Se vão vender o nosso produto, vão vender exatamente o que nós colocarmos ali. Ninguém vai escolher o meu repertório, entendeu? Então existem limites. Ninguém vai dizer o que eu devo vestir, como eu devo falar, e graças a Deus, a minha experiência com pessoas não evangélicas tem sido muito boa”, comemora.
O fato de o DT aceitar os convites da mídia secular para se apresentar em programas de TV, por exemplo, tem sido um imã de críticas dos próprios irmãos na fé para o grupo, de acordo com Ana Paula: “Hoje a gente enfrenta o preconceito do lado de cá, dos próprios evangélicos, que muitas vezes não entendem essa abertura da mídia, essa conquista que o meio evangélico está tendo junto aos meios de comunicação”, diz, antes de ironizar: “Uma vez eu vi uma pessoa dizendo que você sempre vê cachorros latindo pra lua, mas você nunca vê a lua respondendo (risos)”.
Para André Valadão, as opiniões contrárias vem de quem não entende o momento da música cristã no Brasil: “A crítica a esse transbordar da música dentro da igreja existiu no começo. Hoje ela já mudou. E é literalmente um transbordar, como se não coubesse só dentro do copo, vai pra fora”.
A líder do DT afirma crer que a abertura da mídia não pode ser vista apenas como uma forma dos veículos de comunicação conseguirem audiência, mas também como uma oportunidade: “Do lado do computador, da televisão, do rádio, tem alguém que nunca entraria numa igreja evangélica e que está ouvindo nossa mensagem”.
Assista a íntegra da entrevista à TV Uol:

 
Por Tiago Chagas, para o Gospel+