sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Igreja Católica na Itália vende perdão de pecados por 16 dólares por causa do “fim do mundo”, afirma site

Igreja Católica na Itália vende perdão de pecados por 16 dólares por causa do “fim do mundo”, afirma site
O dia 21 de dezembro de 2012 ficou sendo conhecido no mundo todo como a data do fim do mundo no calendário maia. As especulações e superstições em torno da data têm feito surgir vários fatos curiosos, e o último deles é a suposta venda de indulgências pela Igreja Católica através da internet.
 
Segundo o portal Russia Today, a Igreja Católica de Assis na Itália estaria vendendo o perdão de pecados através de um site russo pelo valor de 500 Rúbios, o equivalente a US$ 16.
 
-Segundo as previsões, o mundo está chegando ao fim. Mas não fique aflito. O perdão dos pecados foi organizado pela Igreja Católica de Assis, na região de Umbria da Itália, na província de Perugia, na encosta sul do Monte Subasio, elevando-se muito acima do afluente pitoresca do rio Tibre: Chiascio – diz o anúncio, segundo o site russo.
 
- O que representa as absolvições? Este é o primeiro passo no caminho para Deus. O adquirente da indulgencia começa a fazer o bem, porque o dinheiro da venda ao longo dos séculos será doado a instituições de caridade – diz o anúncio.
 
A noticia está sendo divulgada em meios de comunicações e rede sociais pelo mundo inteiro, mas não houve nenhum pronunciamento oficial da Igreja ou do Vaticano sobre o fato.


Por Dan Martins, para o Gospel+

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

UMA LIÇÃO DE VIDA: "VAI E LIMPA AS MÃOS DE TUA MÃE..."

 
Bom para refletirmos ...
Um jovem de nível acadêmico excelente, candidatou-se à posição de gerente de uma grande empresa. Passou na primeira entrevista e o diretor fez a última e tomou a decisão.
 
O diretor descobriu através do currículo que as suas realizações acadêmicas eram excelentes em todo o percurso, desde o secundário até à pesquisa da pós-graduação e não havia um ano em que não tivesse pontuado com nota máxima.
 
O diretor perguntou: "Tiveste alguma bolsa na escola?" o jovem respondeu,"nenhuma".
 
O diretor perguntou, "Foi o teu pai que pagou as tuas mensalidades ?" o jovem respondeu, "O meu pai faleceu quando tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades."
 
O diretor perguntou, "Onde trabalha a tua mãe?" e o jovem respondeu, "A minha mãe lava roupa."
 
O diretor pediu que o jovem lhe mostrasse as suas mãos. O jovem mostrou um par de mãos macias e perfeitas.
 
O diretor perguntou: "Alguma vez ajudaste a tua mãe a lavar as roupas?", o jovem respondeu, "Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu."
 
O diretor disse: "Eu tenho um pedido. Hoje, quando voltares, vais e limpas as mãos da tua mãe, e depois vens ver-me amanhã de manhã."
 
O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando chegou a casa, pediu feliz à mãe que o deixasse limpar as suas mãos. A mãe achou estranho, estava feliz mas com um misto de sentimentos e mostrou as suas mãos ao filho.
 
O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas, e havia demasiadas contusões nas suas mãos. Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando limpava com água. Esta era a primeira vez que o jovem percebia que este par de mãos que lavavam roupa todo o dia tinham-lhe pago as mensalidades. As contusões nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência acadêmica e o seu futuro. Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as restantes roupas pela sua mãe.
 
Nessa noite, mãe e filho falaram por um longo tempo.
 
Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do diretor.
 
O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou: "Diz-me, o que fizeste e aprendeste ontem em tua casa?"
 
O jovem respondeu: "Eu limpei as mãos da minha mãe, e ainda acabei de lavar as roupas que sobraram."
 
O diretor pediu: "Por favor diz-me o que sentiste."
 
O jovem disse: "Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe, não haveria um eu com sucesso hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e valor de uma relação familiar."
 
O diretor disse: "Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas, e uma pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida. Estás contratado."
 
Mais tarde, este jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipe. O desempenho da empresa melhorou tremendamente.
 
 
Uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo o que quis, vai desenvolver- se mentalmente e vai sempre colocar-se em primeiro. Vai ignorar os esforços dos seus pais, e quando começar a trabalhar, vai assumir que toda a gente o deve ouvir e quando se tornar gerente, nunca vai saber o sofrimento dos seus empregados e vai sempre culpar os outros. Para este tipo de pessoas, que podem ser boas academicamente, podem ser bem sucedidas por um bocado, mas eventualmente não vão sentir a sensação de objetivo atingido. Vão resmungar, estar cheios de ódio e lutar por mais. Se somos esse tipo de pais, estamos realmente a mostrar amor ou estamos a destruir o nosso filho?
 
 
Pode deixar o seu filho viver numa grande casa, comer boas refeições, aprender piano e ver televisão num grande plasma. Mas quando cortar a grama, por favor deixe-o experienciar isso. Depois da refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente com os seus irmãos e irmãs. Deixe-o guardar seus brinquedos e arrumar sua própria cama. Isto não é porque não tem dinheiro para contratar uma empregada, mas porque o quer amar como deve de ser. Quer que ele entenda que não interessa o quão ricos os seus pais são, um dia ele vai envelhecer, tal como a mãe daquele jovem. A coisa mais importante que os seus filhos devem entender é a apreciar o esforço e experiência da dificuldade e aprendizagem da habilidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas.
 
Quais são as pessoas que ficaram com mãos enrugadas por mim? O valor de nossos pais.
 
Um dos mais bonitos textos sobre educação familiar que já li...leitura obrigatória para nós pais e, principalmente, para os filhos

Atacante do Atlético de Madrid Falcao Garcia fala de sua fé, e conta ter ido à igreja com o brasileiro Kaká

Atacante do Atlético de Madrid Falcao Garcia fala de sua fé, e conta ter ido à igreja com o brasileiro Kaká
 
O jogador de futebol colombiano Falcao Garcia, que atua como atacante no Atlético de Madrid, concedeu uma entrevista recentemente para a emissora de rádio espanhola “Cadena SER”, na qual deu testemunho de sua vida de fé, e contou que frequentou a igreja com o brasileiro Kaká, conhecido por ser também evangélico.
 
Evangélico, o jogador contou que frequenta a igreja desde a infância com sua mãe, e que começou a se envolver com o futebol aos 13 anos de idade. Garcia falou também das dificuldades que enfrentou quando se mudou para jogar na Argentina, onde viveu numa pensão com 80 jogadores.
 
- Aqueles anos foram muito difíceis, se acostumar a viver com tantas pessoas e não ter o seu próprio espaço, se habituar às regras e horários, mas nunca fui rebelde – relatou.
 
Perguntado sobre a diferença entre cristãos evangélicos e católicos, o jogador afirmou que “os evangélicos não adoram imagens e que no mais se trata de aprender mais sobre a Bíblia e colocar esses conhecimentos em prática”.
 
Falcao Garcia afirmou também que tudo o que alcançou foi por graça de Deus.
 
- Deus que me deu saúde e talento, e o que me fez chegar até aqui foi seu poder em minha vida. Tenho visto e comprovado isso por várias vezes – declarou o jogador, que afirmou ainda que nunca irá deixar de reconhecer isso.
Quando o repórter o perguntou sobre o grande sucesso que fez esse ano, o jogador se mostrou realista, e declarou que a fama é passageira e que isso não pode influenciar o que realmente é importante em sua carreira.
 
- Contanto que não influencie sobre o que é realmente importante, como o meu desempenho em campo, eu não mudaria nada, apreciando e compartilhando isso com as pessoas ao meu redor, porque a fama passa, e o futebol vai acabar algum dia.
 
Falcao disse ainda que a Bíblia é um manual nos diz como Deus gostaria que vivêssemos, e que a oração é uma forma de se comunicar com Deus. Ele completou dizendo que Jesus é uma das pessoas que mais tem influenciado sua vida.


Por Dan Martins, para o Gospel+

Adolescente deixa igreja evangélica e põe virgindade à venda para ajudar no tratamento de saúde da mãe. Assista

Adolescente deixa igreja evangélica e põe virgindade à venda para ajudar no tratamento de saúde da mãe. Assista
 
A condição de saúde da mãe levou uma adolescente evangélica a oferecer a virgindade em leilão na internet. Rebeca Bernardo Ribeiro, 18 anos, teve a ideia após ver a iniciativa da jovem catarinense Ingrid Migliorini, que através de um reality show internacional, conseguiu R$ 1,5 milhão por sua virgindade.
 
Segundo Rebeca, sua mãe é aposentada por invalidez devido a um AVC (acidente vascular cerebral) sofrido há quatro anos, o que resultou em graves sequelas, como por exemplo, a dificuldade de se alimentar e falar, além da incapacidade de tomar banho sozinha.
 
-Eu vi o vídeo da Catarina (Ingrid), vi a coragem dela de não ter medo de ser julgada, não nego que vi o quanto ela conseguiu adquirir e pensei em quanto posso adquirir e mudar minha vida. Eu estava passando muita dificuldade, até para conseguir ajuda para comprar remédios, marcar exames. A gente vive com um salário mínimo. Até já tentei trabalhar, mas aqui na cidade paga pouco. Só consegui ganhar R$ 40, R$ 100 por trabalho um mês inteiro. Não faz diferença esse dinheiro porque teria que pagar uma pessoa para cuidar da minha mãe – relatou ao G1.
 
Segundo a jovem, a repercussão de sua iniciativa foi vista com maus olhos pelos vizinhos, e ela desistiu do leilão por medo de represálias: “Tirei do ar logo porque eu não estava podendo frequentar a rua, tinha medo do que as pessoas poderiam fazer”, conta ela, que ainda estuda e atualmente cursa o 2º ano do Ensino Médio.
 
A jovem conta que deixou de frequentar a igreja desde que a condição de saúde de sua mãe foi prejudicada, mas que não tem sido criticada pelos amigos por isso: “Eles não concordam, mas também não me deixam de lado. Acham que eu não preciso ser julgada e sim aconselhada e apoiada”.
 
Segundo Rebeca, ao publicar o vídeo, recebeu uma proposta de R$ 70 mil de um empresário baiano, e uma oferta de um estrangeiro, que chegou a oferecer R$ 6 milhões. Entretanto, perante a repercussão, ela resolveu mudar de ideia e desistir do leilão.


Confira o vídeo em que Rebeca anunciou o leilão de sua virgindade:

Por Tiago Chagas, para o Gospel+

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

RESPOSTA AO CD "VOZ DA VERDADE"

Por Natanael Rinaldi

Fomos presenteados com um exemplar do CD “Voz da verdade” com três lindas músicas intituladas: “Imagem de Deus”, “Tu me amas” e “Deus conosco”. O CD, gravado pelo conjunto que leva o mesmo nome, está sendo distribuído gratuitamente em todo o Brasil simplesmente porque o referido grupo tem sido refutado nos meios pentecostais por causa da doutrina unicista que defende. Assim, acharam por bem contestar a doutrina da Trindade adotada pela maioria das igrejas evangélicas. Paralelamente às músicas selecionadas, o conjunto “Voz da verdade” sustenta a doutrina unicista de Deus abordando os seguintes temas: “O mistério de Deus: Cristo”, “O que Deus diz de si mesmo?”, “Quem é Jesus?” e “O batismo nas águas”.
       
                 
O que diz o pregador
Análise do discurso
       
 
O referido CD inicia sua mensagem chamando a atenção dos ouvintes ao exclamar: “Quem crê na Bíblia Sagrada? Esta é a pergunta para você que nos está ouvindo. A Bíblia Sagrada, um livro de 66 livros, de Gênesis a Apocalipse, fala de uma única pessoa: Jesus Cristo”. E prossegue: “Eu quero dizer que acredito na Bíblia Sagrada, e ela é o único livro e regra de fé do nosso ministério” (grifo nosso).
        
Ora, afirmar que a Bíblia é a sua norma de conduta não quer dizer que os ensinos que esse pregador transmite e pratica estão baseados nela. As testemunhas de Jeová crêem na Bíblia, os adventistas também, mas seguem outras fontes para guiar suas vidas. Que a Bíblia fala de uma pessoa central, pois ela é cristocêntrica, não há dúvida. Que há um só Deus e que o primeiro mandamento proíbe a existência de outros deuses, nenhum cristão ortodoxo nega isso. Agora, dizer que há uma só pessoa de Gênesis a Apocalipse, isso não é bíblico. É heresia!
Exame do livro de Gênesis
         
Em Gênesis encontramos a palavra Elohim no primeiro versículo da Bíblia. A tradução desse nome, escrito em hebraico, é Deus, aparece 2.500 vezes nas Escrituras Hebraicas (Velho Testamento) e deixa implícito uma pluralidade de pessoas. Se traduzido literalmente, esse versículo ficaria assim: “No princípio, criou deuses os céus e a terra”. Entretanto, os judeus sempre foram monoteístas, ou seja, sempre creram na unidade absoluta de Deus. Como explicar então esse nome? Para vários rabinos, seria plural de majestade. Todavia, para os cristãos, desde a fundação da igreja, esse nome evidencia pluralidade de pessoas e unidade de natureza dessas pessoas.
        
Que outra maneira haveria de explicar o emprego dessa palavra senão para indicar a pluralidade de pessoas neste único Deus? É importante ainda saber que existe outra palavra em hebraico para que possamos nos referir a Deus de modo singular: Eloah. O uso da palavra Elohim, com referência a Deus, é uma evidência da doutrina da Trindade, e essa questão se torna ainda mais acentuada quando a concordância dos verbos e os pronomes ocorrem no plural. Exemplos:
1. Gênesis 1.26: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (grifo nosso).
           
2. Gênesis 3.22: “Então, disse o Senhor: Eis que o homem é como um de nós...” (grifo nosso).
           
 
Nota: O uso pronominal da primeira pessoa do plural do caso reto “nós” indica pluralidade de pessoas.
 
3. Gênesis 11.7: “Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua...” (grifo nosso).
 
Nota: Os verbos “desçamos” e “confundamos” na primeira pessoa do plural indicam pluralidade de pessoas.
 
Exame do livro de Apocalipse
 
Assim como Jesus não é a única pessoa da Trindade tratada em Gênesis, da mesma forma em Apocalipse, o último livro da Bíblia, temos o Senhor Jesus de modo proeminente, mas isso não significa que Ele seja a única pessoa de que trata o livro. Encontramos Cristo, junto ao Pai, recebendo adoração de todos os anjos do céu: “E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões, e milhares de milhares, que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças. Então ouvi a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono (Deus, o Pai), e ao Cordeiro (Jesus Cristo, o Filho), sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre” (Ap 5.11-13 – grifo nosso).
 
Podemos, ainda, citar uma referência à pessoa do Espírito Santo: “E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus” (Ap 4.5 - grifo nosso).
 
Devemos observar que a expressão em destaque está-se referindo à plenitude de operações do Espírito Santo em conexão com as palavras do profeta Isaías: “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is 11.2).
 
Assim, fica evidente de que não há base bíblica para sustentar a declaração do senhor Carlos Moisés de que a Bíblia “de Gênesis a Apocalipse está falando de uma única pessoa: Jesus Cristo...”. E, considerando a declaração de Gênesis 1.2, que diz: “...e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”, concluímos que temos sim as três pessoas da Trindade, muito embora o senhor Carlos Moisés discorde.
 
Dessa forma, as referências bíblicas citadas, como, por exemplo, Is 1.18, 40.13, 42.8, 43.11-12, 44.6, 25, 45.5-6, 22 e 45.23, não contradizem o nosso modo de interpretar a Bíblia. Somos monoteístas. Entendemos, porém, que esse Deus único revelou-se em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Não somos triteístas, como é alegado no referido CD.

 
Pode-se crer na Trindade?
 
Utilizando-se do mesmo raciocínio das testemunhas de Jeová, o senhor Carlos Moíses diz: “Onde estaria a palavra trindade aí? Não existe na Bíblia Sagrada, porque a Bíblia diz que Deus é um...”. E continua em seu discurso: “Ele diz eu sou. É por isso que não existe uma trindade. Faço uma pergunta: onde está a trindade, três pessoas em uma só?... Quem que está falando da trindade... Quero dizer para você que não existe essa palavra na Bíblia Sagrada. Quero dizer que não há trindade na Bíblia, não há três deuses, não há três pessoas em uma só... Vou mostrar alguns erros da trindade biblicamente. Nós cremos na manifestação tripla de um mesmo Deus como Pai, Filho e Espírito Santo, mas não de três pessoas, nem de três deuses, mas de um Deus só que se manifestou nessas três formas” (o grifo é nosso).
 
Negar a unidade composta de Deus simplesmente porque a palavra “trindade” não se encontra na Bíblia não é nenhum método científico de pesquisa. Pensemos um pouco: Quem existiu primeiro, as estrelas ou a astronomia, as plantas ou a botânica, a vida ou a biologia, Deus ou a teologia?. Todavia, os homens, em sua ignorância, conceberam idéias supersticiosas acerca das estrelas. O resultado foi a pseudociência da astrologia. Conceberam idéias falsas sobre as plantas, atribuindo-lhes poderes que não possuíam. Então, o que aconteceu? Passou a existir a feitiçaria. O ápice desses erros foi a cegueira espiritual dos homens que os levou a formar conceitos errados sobre Deus e, por conta disso, veio o paganismo.
 
Será que o argumento do senhor Carlos Moisés pode provar que a Trindade não é uma doutrina bíblica? Claro que não. Embora a palavra “trindade” não apareça na Bíblia, o ensino dessa doutrina, porém, que comprova a existência de três pessoas distintas em uma só divindade, está implícito na Santa Escritura.
 
A doutrina da Trindade não é antibíblica e deve ser aceita. Nos tempos antigos, esse ensino enfrentou severos ataques, o que forçou a igreja a definir com exatidão sua fé na Trindade. Esse erro que ressuscita hoje era conhecido como sabelianismo, doutrina esta que ensinava que o Pai, o Filho e o Espírito Santo eram apenas aspectos ou manifestações de Deus. A Bíblia nos ensina que o Pai é Deus, que o Filho é Deus e que o Espírito Santo é Deus, e isso não é triteísmo (triunidade) nem unicismo (mesma pessoa), mas santíssima Trindade. Rejeitar essa verdade é aceitar o politeísmo.
 
O senhor Carlos Moisés cita ainda a palavra “Bíblia” e declara que nela não existe a doutrina da Trindade. Uma pergunta: “Onde se encontra nas Escrituras a palavra Bíblia?”. Em nenhum lugar. Então, como ele afirma crer na Bíblia? Seguindo o seu raciocínio, vejamos a sua alegação: “Nós cremos na manifestação de pessoas... de Gênesis a Apocalipse, está falando de uma única pessoa: Jesus Cristo”.
               
 
Outra pergunta: Onde aparece na Bíblia a expressão “manifestação tripla”?. O senhor Carlos Moisés declara ainda que Deus se manifestou de “três formas”. Mas onde aparece na Bíblia a expressão em que Deus declara haver se manifestado de “três formas”? E, por fim, onde lemos na Bíblia: “Nós cremos na manifestação tripla de um mesmo Deus como Pai, Filho e Espírito Santo, mas não de três pessoas, nem de três deuses”?.
 
Na verdade, ele crê “na manifestação tripla de um mesmo Deus como Pai, Filho e Espírito Santo” e que as palavras “Pai”, “Filho” e “Espírito Santo” se referem, não a três pessoas, mas, sim, a três “manifestações” de uma só Pessoa, cujo nome é Jesus. Assim, Jesus seria o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Aqui convém observar um solene aviso bíblico, exposto pelo apóstolo João: “Quem é o mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse mesmo é o anticristo, esse que nega o Pai e o Filho” (1Jo 2.22).
 
Qual é a origem desse ensino herético? Certamente não se originou com o ministério “Voz da verdade”, que integra um grupo de igrejas tidas como pentecostais unicistas ou modalistas, junto com a igreja Tabernáculo da Fé, de Willian Marrion Braham, e a igreja Local, de Witness Lee.

                      
 
Sabélio, um caso bem antigo
 
Sabélio é o mais famoso representante do modalismo. Ele viveu em 230 d.C e foi um ardente defensor dessa doutrina, além de refiná-la. Para ele, Deus assumira três fases ou manifestações, mas não três pessoas. A doutrina sabeliana acabou desenvolvendo o patripassionismo, ensino que asseverava que os sofrimentos de Deus Filho recaía necessariamente sobre o Deus Pai. Sabélio usava a palavra “pessoa” para cada Pessoa da divindade. Mas, para ele, pessoa tinha o sentido de máscara ou de manifestações diferentes de uma mesma Pessoa divina. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são nomes de três estágios ou fases diferentes. Deus era o Pai na criação e na promulgação da lei, Filho na encarnação e Espírito Santo na regeneração.

                  
 
História do unicismo moderno
                  
 
Essa doutrina surgiu em uma reunião pentecostal das igrejas Assembléias de Deus realizada em abril de 1913, em Arroyo Seco, nos arredores de Los Angeles, Califórnia, em uma cerimônia de batismo. O preletor, R.E. McAlister, disse que os apóstolos batizavam em nome do Senhor Jesus, e não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ao ouvirem isso, as pessoas ficaram atônitas.
 
McAlister foi notificado de que seu ensino possuía elementos heréticos. Então, tentou esclarecer sua prédica, mas seu ensino já havia produzido efeito. Um dos ouvintes era John Sheppe que, após aquela mensagem, passou uma noite em oração, refletindo sobre a mensagem de McAlister. Depois disso, concluiu que Deus havia revelado o batismo verdadeiro: somente em nome de Jesus. O australiano Franck J. Ewart também adotou essa doutrina e, em 15 de abril de 1914, levantou uma tenda em Belvedere, ainda nos arredores de Los Angeles, onde passou a pregar sobre a fórmula batismal de Atos 2.38. Comparando a passagem de Atos 2.38 com Mateus 28.19, ele chegou à conclusão de que o nome de Deus seria o nome Jesus.

 
Um expoente dessa doutrina
 
Seguindo essa mesma linha de raciocínio, o cantor e compositor do conjunto “Voz da verdade” afirma: “Quem é Jesus? Eis a questão. A Bíblia diz: no princípio era o verbo, ele estava com Deus, e o verbo era Deus. O verbo é Jesus. Ele era e é! A Bíblia diz: o verbo se fez carne e habitou entre nós, então Deus se fez carne e habitou entre nós...”.
 
A Bíblia não declara que Deus (o Pai) se fez carne. Diz que “o Verbo era Deus” (Jo 1.1) e: “o Verbo (não o Pai) se fez carne, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de Deus” (v. 14).
 
Para esclarecer melhor a distinção de pessoas na divindade, lemos: “Ele (o Filho) estava com Deus (o Pai)”. O versículo 14 indica: “E o Verbo (não o Pai) se fez carne, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito (monogenes – único da espécie) do Pai, cheio de graça e de verdade”. Corroborando com essa posição, o mesmo escritor declara, em 1 João 4.2: “Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus”.
 
O texto é específico ao falar que Jesus Cristo foi que veio em carne. Um dos textos bíblicos que declaram que o Filho (Jesus) foi enviado por Deus, o Pai, é Gálatas 4.4: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”.
 
Jesus, o Filho, foi enviado. Deus, o Pai, foi quem enviou. Aqui temos duas Pessoas distintas.


                     
 
Jesus seria o Espírito Santo?
                     
 
Depois de afirmar que Jesus é o próprio Pai, o senhor Carlos Moisés segue em sua exposição dizendo: “Eu quero provar que Jesus é o Espírito Santo e falar mais para vocês: será que o Espírito Santo tem sangue?”. Utilizando-se do livro de Atos 20.28, que diz: “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, a qual ele resgatou com seu próprio sangue”, ele declara: “Para quem sabe português, o texto está dizendo que o Espírito Santo nos resgatou com seu próprio sangue: quem morreu por você, meu amigo? Quem verteu o sangue por você a não ser Jesus Cristo, que morreu pelos nossos pecados?”.
                   
 
Mas, onde se lê na Bíblia que o Espírito Santo é o próprio Jesus? Depois da ressurreição, o Senhor Jesus apareceu a seus discípulos e disse: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24.39). Como poderíamos contrariar as palavras de nosso Mestre, que afirmou que um “espírito não tem carne nem ossos”. Seria coerente afirmar que o Espírito Santo tem sangue? Essa interpretação é um texto fora do contexto que gerou um pretexto.
 
Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador” (Jo 14.16). A palavra “outro” utilizada aqui no original grego é allos, que significa “outro da mesma espécie, da mesma natureza, da mesma qualidade”. No grego, a palavra para consolador é para kletos, que quer dizer “ajudador”, “alguém chamado para auxiliar”, “um advogado”. Com isso, Jesus estava afirmando que iria para junto do Pai, mas permaneceria auxiliando o seu povo por intermédio do Espírito Santo.
 
Como podemos ver, o Espírito Santo seria enviado em nome de Jesus, e não que Ele seria o próprio Jesus. Onde está escrito na Bíblia que o Espírito Santo é o próprio Jesus? Por outro lado, Atos 20.28 não está falando “que o Espírito Santo nos resgatou com seu próprio sangue”. Antes, afirma, e faz isso com clareza, que quem derramou seu sangue para a nossa redenção foi Jesus Cristo, conforme relata o seguinte texto sagrado: “E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados” (Ap 1.5).
 
Ora, se foi necessário que Jesus, já glorificado, voltasse ao Pai a fim de que o Espírito Santo viesse, como realmente aconteceu no dia de Pentecostes, como afirmar que Jesus é o Espírito Santo? O próprio Jesus disse: “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado” (Jo 7.38,39).

 
Pessoas ou títulos?
 
Quanto a essa questão, o senhor Carlos Moisés assevera: “Você sabe que por duas ou três testemunhas é confirmada a palavra. Não há na Bíblia uma pessoa batizada nos títulos: Pai, Filho, Espírito Santo. Todas são batizadas em nome de Jesus, e é esse que você tem de receber, é o nome do teu noivo”.
 
Ora, quem não sabe que biblicamente a colação de que por duas ou três testemunhas é confirmada toda a palavra é correta? Entretanto, o senhor Carlos Moisés fala que Pai, Filho e Espírito Santo são apenas títulos. De fato, uma pessoa pode ter mais de um título, mas isso não significa que esses títulos sejam pessoas. Testemunhas são pessoas, não títulos.
 
Vejamos alguns versículos:
 
* “Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. Há outro que testifica de mim, e sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro” (Jo 5.31-32 – grifo nosso).
 
* “Mas se na verdade julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou. E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai, que me enviou” (Jo 8.16-18 – grifo nosso).
                   
 
 
Porventura não são duas pessoas que dão testemunho para que esse testemunho seja válido? O Pai testifica de Jesus. Conseqüentemente, são duas testemunhas ou duas pessoas, e não dois títulos.
Pela autoridade o nome de Jesus
Tomando por base o texto de Mateus 28.19, que diz: “Portanto, ide e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”, o senhor Carlos Moisés interpreta que Jesus “não mandou repetir as palavras Pai, Filho e Espírito Santo, mas disse em nome...”.
 
Ao observarmos a expressão “façamo-nos um nome”, encontramos um verbo no plural, indicando mais de uma pessoa, seguido pelo substantivo “nome” no singular, que também indica mais de uma pessoa. Semelhante ocorrência se dá em Mateus 28.19, quando um nome está indicando igualdade de natureza divina para as três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.
 
Por fim, perguntamos ao ministério “Voz da verdade”: de qual referência se vale para a realização dos batismos, considerando que os textos citados abaixo não são uniformes?
 
 
Confira:
*Atos 2.38: “...seja batizado em nome de Jesus Cristo...”
*Atos 8.16: “em nome do Senhor Jesus (omitido o nome Cristo)
*Atos 10.48: “...em nome do Senhor...” (omitido o nome Jesus Cristo)


*Atos 19.5: “E os que ouviram foram batizados em do Senhor Jesus” (omitido Cristo).


Perguntamos ainda: qual das expressões acima é adotada pelo ministério “Voz da verdade”?. A fórmula batismal é inalterável?
                  
 
O próprio batismo de Jesus nas águas do rio Jordão é uma resposta categórica de que Mateus 28.19 revela a existência de três pessoas, e não de três títulos, como aponta o líder unicista.

                  
 
Analisemos o texto:


"E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.16-17).


                  
Primeiramente, temos Jesus saindo das águas. Depois, o Espírito Santo descendo sobre Ele em forma corpórea de uma pomba. E, por último, temos a voz do Pai, dirigindo-se a Jesus e chamando-o de “Filho amado”. Surgem, então, indagações inevitáves: Quem falava do céu? Quem ouvia aqui na terra a voz daquele que falava do céu? Quem desceu sobre Jesus em forma corpórea de uma pomba?
 
Diante do exposto, fica claro que os textos de Atos que não mencionam as pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo referem-se à idéia de “pela autoridade de Jesus”, como se lê em Atos 3.16 e 16.18, em que a autoridade de Jesus é invocada, procedimento ratificado pelos pais da igreja primitiva, conforme veremos a seguir.

 
A patrística
“Eu fui numa biblioteca metodista e encontrei alguns argumentos... Até o ano 300 se acreditava que Jesus era o único Deus e só se batizava em nome de Jesus. Vieram os filósofos, Ário e outros, e começaram a filosofar em nome de Jesus dizendo: Ele é muito pra ele ser Deus... aí veio o Concílio de Nicéia, no ano 325, o primeiro Concílio, e acharam que o Pai era uma pessoa e o Filho outra... Eram dois” (grifo nosso).
 
Interessante. Ir a uma biblioteca e encontrar alguns livros não quer dizer que este seria o pensamento corrente dos pais apostólicos, principalmente quando não se faz citação da fonte. O compositor Carlos Moisés pode ter ido a uma biblioteca Metodista, mas não deve ter feito uma pesquisa científica. Se o fizesse, encontraria os chamados pais da igreja batizando na fórmula trinitariana. Citaremos alguns desses patriarcas para desfazer esta falácia.
 
IRINEU, cristão cerca do ano 190 A D. declarou:
 
“Temos recebido o batismo... em nome de Deus, o Pai, em nome de Jesus Cristo, o Filho de Deus que se encarnou e que morreu e ressuscitou de novo, e em nome do Espírito Santo de Deus”.1
 
O DIDAQUÊ ou Ensino dos Doze apóstolos, que apareceu cerca do ano 110 a.D, declara:
“Agora concernente ao batismo, batizai da forma: depois de dar ensinamentos primeiramente de todas as coisas, batizai em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo... O bispo ou presbítero, deve batizar desta maneira, conforme nos mandou o Senhor, dizendo: ‘Ide fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.2
 
JUSTINO MÁRTIR, escrevendo cerca do ano 165 A D., disse:
                     
“São trazidos (os novos convertidos) a um lugar onde existe água e recebem de nós o batismo em água, em nome do Pai, Senhor de todo o universo, e de nosso Salvador Jesus Cristo e do Espírito Santo”.3

                      
Uma pergunta fatal: A quem foi paga a nossa redenção?
                      
A quem Cristo pagou o resgate?
Se a doutrina ortodoxa da Trindade for negada (não há distinção entre as Pessoas da Deidade, conforme quer o modalismo), Cristo teria pago o resgate ou à raça humana ou a Satanás. Posto que a humanidade está morta em transgressões e em pecados (Ef 2.1), nenhum ser humano teria o direito de exigir que Cristo lhe pagasse resgate. Sobraria, portanto, Satanás. Nós, porém, nada devemos a Satanás. E a idéia de Satanás exigir resgate pela humanidade é blasfêmia, por causa das implicações. Pelo contrário. O resgate foi pago ao Deus Trino e Uno para satisfazer as plenas reivindicações da justiça divina contra o pecador caído. As Escrituras exigem: “andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave” (Ef 5.2).
                      
 
Embora mereçamos o castigo decorrente da justiça de Deus (Rm 6.23), somos, porém, justificados pela graça mediante a fé em Jesus Cristo, somente. “É o que alguns tem sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus” (1 Co 6.11).
 
Fica claro que a doutrina essencial da expiação vicária, na qual Cristo carregou os nossos pecados na sua morte, depende do conceito trinitariano. “O unicismo subverte o conceito bíblico da morte penal e vicária de Cristo como satisfação da justiça de Deus e, em última análise, anula a obra da cruz”4 (grifo nosso).

 
Notas:
1 Citado por J. N. Kelly, Early Christian Doctrines – N. Y. Harper Row, 1958, p. 193.
2 Citado por Luisa Jeter Walker, no livro “Qual o caminho?”. Miami, Editorial Vida, 1980, p. 277.
3 Citado por Luisa Jeter Walker, no livro “Qual o caminho?” .Miami, Editorial Vida, 1980, p. 277.
4 Teologia Sistemática. CPAD, 1ª Edição, 1996, p. 280.
                
Depois de citar passagens de Atos 2.38, 8.16, 10.48 e 19.5, o senhor Carlos Moisés fala que o batismo deve ser realizado somente em nome de Jesus, e não na fórmula de Mateus 28.19: “em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. Perguntamos, então: um “nome” (singular) pode ser usado para mais de uma pessoa? É certo que sim! Basta lermos Gênesis 11.4: “E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome (singular) para que não sejamos mais espalhados sobre a face de toda a terra”.
 
Nota: O uso do verbo “façamos” e do pronome possessivo “nossa” é revelador porque Elohim serve para indicar a pluralidade de pessoas.
 
Quem se apresenta como defensor das doutrinas características do unicismo é Carlos Alberto Moisés. Como mesmo declara, ele pertence ao ministério “Voz da verdade” e esclarece ainda que é guitarrista, cantor e compositor do grupo em questão. Sua esposa, Liliane, também cantora do grupo, o auxilia nessa defesa

Afinal, casamento é bíblico ou só convenção humana?


Com a desvalorização do casamento em nossa cultura, junto com a relativização dos valores morais e a tendência contra tudo aquilo que é estabelecido, muitos cristãos nutrem esta ideia curiosa de que a Bíblia não ensina o casamento, o qual se resume num acordo mútuo de duas pessoas viverem juntas. Pronto, estão casadas diante de Deus.

Com isto, não é pequeno o número de evvangélicos que têm uma vida sexual ativa com o namorado/namorada.

Alguns anos passados fiquei impressionado com uma estatística publicada por uma revista evangélica após entrevistas feitas com jovens evangélicos de 22 denominações. Estes jovens, a grande maioria composta de solteiros, haviam nascido em lar evangélico e eram freqüentadores regulares de igrejas. De acordo com a pesquisa, 52% deles já haviam tido sexo. Destes, cerca da metade mantinha uma vida sexual ativa com um ou mais parceiros. A idade média em que perderam a virgindade era de 14 anos para os rapazes e de 16 anos para as moças.

Essa reportagem foi publicada em setembro de 2002. Desconfio que os números são ainda mais estarrecedores se forem atualizados para 2012.

Não vou aqui gastar muito tempo defendendo o que, acredito, a maioria dos nossos leitores já sabe que é nossa posição: sexo é uma bênção a ser desfrutada somente no casamento. Namorados que praticam relações sexuais estão pecando contra a Palavra de Deus. Mesmo que não tenhamos um versículo que diga "é proibido o sexo pré-marital" (desnecessário à época em que a Bíblia foi escrita, visto que na cultura do antigo Oriente não existia namoro, noivado, ficar, etc.), é evidente que a visão bíblica do casamento é de uma instituição divina da qual o sexo é uma parte integrante e essencial.

Alguns textos que mostram que contrair matrimônio e casar era uma instituição oficial entre o povo de Deus, e o ambiente próprio para desfrutar o sexo:

"...nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações" (Dt 7.3).

"...Majorai de muito o dote de casamento e as dádivas, e darei o que me pedirdes; dai-me, porém, a jovem por esposa" (Gn 34.12).
"... e lhe dará uma jovem em casamento..." (Dn 11.17).

"... Respondeu-lhes Jesus: Podem, acaso, estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles?" (Mt 9.15).

"... nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento" (Mt 24.38).

"... Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus. Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento" (Jo 2.1-2).

"... Estás livre de mulher? Não procures casamento" (1Cor 7.27).

"... Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento..." (1Tim 4.1-3).

"... Se um homem casar com uma mulher, e, depois de coabitar com ela, a aborrecer, e lhe atribuir atos vergonhosos, e contra ela divulgar má fama, dizendo: Casei com esta mulher e me cheguei a ela, porém não a achei virgem..." (Dt 22.13-14)

"... qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério" (Mt 5.32).

"... Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar" (Mt 19.10).

"... Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado" (1Cor 7.9).

"... Mas, se te casares, com isto não pecas; e também, se a virgem se casar, por isso não peca" (1Cor 7.28).

"... A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor" (1Cor 7.39).

"... ao que lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade" (Jo 4.17-18).

"... alguém (o presbítero e/ou pastor) que seja irrepreensível, marido de uma só mulher..." (Tito 1.6).

"... quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher; mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido." (1Cor 7:1-2)

"... Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros" (Heb 13.4).

"... que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação" (1Tes 4.4-7).

As passagens acima (e haveriam muitas outras) mostram que casar, ter esposa, contrair matrimônio é o caminho prescrito por Deus para quem não quer ficar solteiro ou permanecer viúvo. O casamento era, sim, uma instituição oficial em meio ao povo de Deus. As relações sexuais fora do casamento nunca foram aceitas, quer em Israel, quer na Igreja Primitiva, a julgar pela quantidade de leis contra a fornicação e a impureza sexual e pelas leis e exemplos que fortalecem o casamento como instituição para o povo de Deus em todas as épocas.

O ônus de provar que namorados podem ter relações sexuais como uma coisa normal é dos libertinos. Posso me justificar biblicamente diante de Deus por viver com minha namorada como se ela fosse minha esposa, não sendo casados? Como eu lido com essa evidência massiva de que o casamento é a alternativa bíblica para quem não quer ficar solteiro ou viúvo?

O que existe na verdade é aquilo que Judas menciona em sua carta, sobre pessoas ímpias que transformam a graça de Deus em libertinagem (Judas 4). Os argumentos do tipo, "quem casou Adão e Eva" demonstram o grau de má vontade e a disposição do coração de continuar na prática da fornicação, mesmo diante da resposta: "O caso de Adão e Eva não é nosso paradigma, a não ser que você tenha sido feito diretamente do barro por Deus e sua namorada tenha sido tirada de sua costela. Se não foi, então você deve se sujeitar ao paradigma que Deus estabeleceu para toda a raça humana, para os descendentes de Adão e Eva, que é contrair matrimônio, casar-se, um compromisso público diante das autoridades civis".

Os demais argumentos - "é melhor que os namorados cristãos tenham sexo responsável entre si do que procurar prostitutas, etc." nem merecem resposta. O que falta realmente é domínio próprio, castidade, submissão à vontade de Deus, amor à santificação.

Chegamos ao ponto em que os rapazes e as moças cristãos têm vergonha de dizer, até mesmo em reuniões de mocidade e de adolescentes, que são virgens.

Tenho compaixão dos jovens e adolescentes de nossas igrejas. Mas sinto uma santa ira contra os libertinos, que pervertem a graça de Deus, pessoas ímpias, que desviam nossa juventude para este caminho. "A vingança pertence ao Senhor" (Rom 12.19).

 

Por Augustus Nicodemus Lopes/Fonte: O Tempora! O Mores!