sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Pastores da Universal em Angola rompem com Edir Macedo e pedem expulsão de bispos brasileiros

Em um movimento sem precedentes, pastores angolanos da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) anunciaram uma ruptura com o fundador, bispo Edir Macedo, e com o restante da liderança brasileira da igreja, acusando-a de desviar recursos para o exterior, discriminar funcionários locais e de promover a esterilização de sacerdotes africanos.
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Igreja Universal do Reino de Deus iniciou suas operações em Angola em 1992 e tem mais de 230 templos no país© Divulgação/IURD Igreja Universal do Reino de Deus iniciou suas operações em Angola em 1992 e tem mais de 230 templos no país
Em comunicado divulgado pela imprensa angolana na última quinta-feira (28/11), os religiosos — que dizem ter o apoio de 330 pastores e bispos angolanos da Universal — exigem que líderes brasileiros da instituição deixem "o território nacional dentro dos prazos estabelecidos pelas autoridades migratórias" para que a igreja passe a ser "liderada exclusivamente por angolanos".
O cisma — que põe em xeque a sobrevivência da Iurd em um de seus principais palcos no exterior — ocorre poucas semanas após a Universal ser ameaçada de expulsão em outro país africano, São Tomé e Príncipe, onde também era acusada de privilegiar pastores brasileiros e forçar pastores locais a realizar vasectomias.

Nepotismo, racismo e amiguismo'

A Universal iniciou em 1992 suas operações em Angola, ex-colônia portuguesa no oeste africano com cerca de 30 milhões de habitantes. Desde então, abriu mais de 230 templos no país. A igreja diz ter como fiéis 2,7% da população angolana.
Na quinta-feira, houve tumulto quando os pastores revoltosos tentaram entrar no principal templo da Universal na capital angolana, Luanda, para ler o manifesto contra os líderes brasileiros. Policiais e seguranças impediram o acesso do grupo.
Em reportagem transmitida pela Televisão Pública de Angola (TPA), principal emissora do país, um dos pastores barrados, que não teve o nome divulgado, acusou os líderes da Universal de praticar "nepotismo, racismo e 'amiguismo'", privilegiando religiosos brasileiros e dificultando a ascensão de angolanos.
O manifesto dos pastores diz que, embora a subsidiária da Iurd em Angola seja uma "instituição religiosa de direito angolano", registrada no Ministério da Justiça e regida pelas leis locais, brasileiros exercem forte controle sobre a igreja no país.
Esse domínio, segundo o texto, "é visível em todos os quadrantes da igreja, desde os púlpitos à área administrativa, que tem se traduzido em atos discriminatórios, onde na maior parte das vezes o principal critério para se atribuir certas responsabilidades eclesiásticas e/ou administrativas é a nacionalidade brasileira".
O manifesto diz que, há alguns anos, líderes brasileiros da Universal começaram a tomar atitudes reprovadas por bispos e pastores angolanos, "tais como a evasão de divisas para exterior".
Segundo os religiosos, sob orientação de Macedo, os gestores da Universal no país africano decidiram "vender mais da metade do patrimônio da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola, sem prévia consulta aos bispos, pastores, obreiros e membros angolanos".
"O referido patrimônio inclui residências e terrenos que foram adquiridos e/ou construídos com os dízimos, ofertas e doações dos bispos, pastores, obreiros e membros de Angola", segue o comunicado.
Houve tumulto em frente a um templo da Universal em Angola quando pastores tentaram entrar para ler um manifesto contra líderes brasileiros© Reprodução/TPA Houve tumulto em frente a um templo da Universal em Angola quando pastores tentaram entrar para ler um manifesto contra líderes brasileiros
Os pastores afirmam ainda que, nos últimos 12 meses, "a anterior e atual liderança brasileira, por orientação do Bispo Edir Macedo, tem forçado os pastores solteiros e casados a submeterem-se a um procedimento cirúrgico de 'esterilização', tecnicamente conhecido como vasectomia".
O grupo diz que a prática constitui "clara violação dos direitos humanos, da lei e da Constituição da República de Angola", além de ser estranha "aos costumes da nossa realidade africana e angolana".
Procurada pela BBC News Brasil, a Igreja Universal não se pronunciou sobre as acusações nem sobre a revolta dos pastores angolanos até a publicação desta reportagem. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil tampouco se pronunciou sobre a ameaça de expulsão de religiosos brasileiros de Angola.

Revolta em São Tomé e Príncipe

No início de novembro, a BBC News Brasil publicou uma reportagem sobre um levante popular que provocou a depredação de vários templos da Universal e a morte de um adolescente em São Tomé e Príncipe, um dos 23 países africanos onde a denominação brasileira está presente.
A crise teve início após o pastor são-tomense da Universal Iudumilo Veloso ser preso na Costa do Marfim, onde trabalhava havia 14 anos para a igreja. Ele era acusado de divulgar em redes sociais mensagens que denunciariam supostos abusos da Universal contra funcionários africanos.
A detenção do pastor gerou uma revolta em São Tomé e Príncipe — muitos são-tomenses avaliaram que a Universal havia arquitetado a prisão do pastor para evitar a divulgação de práticas discriminatórias da igreja no país.
Já a Iurd disse que havia apenas denunciado a autoridades marfinenses mensagens que continham "mentiras absurdas e calúnias" sobre a Universal, mas que coube à polícia local identificar e prender o autor.
Em meio à turbulência, políticos são-tomenses cogitaram expulsar a Iurd do país. A ameaça ficou em suspenso após a soltura de Veloso, obtida após uma ofensiva diplomática que mobilizou o Itamaraty e membros da bancada evangélica no Congresso brasileiro, entre os quais o deputado federal (e bispo da Iurd) Márcio Marinho (Republicanos-BA).
Procurado pela BBC News Brasil nesta sexta-feira, Marinho não se pronunciou sobre os acontecimentos recentes envolvendo a Universal em Angola.
Entre as acusações atribuídas ao pastor Iudumilo Veloso estava a de que a Universal impedia clérigos africanos de se casar ou os obrigava a fazer vasectomia para que não tivessem filhos — assim, poderiam se dedicar integralmente à igreja.
Repressão policial a revolta contra a Universal em São Tomé e Príncipe causou a morte de um adolescente© Reprodução Repressão policial a revolta contra a Universal em São Tomé e Príncipe causou a morte de um adolescente
Na ocasião, a Universal disse à BBC News Brasil que a acusação era "facilmente desmentida pelo fato de que muitos bispos e pastores da Universal, em todos os níveis de hierarquia da igreja, têm filhos".
"O que a Universal estimula é o planejamento familiar, debatido de forma responsável por cada casal", disse a igreja.
No Brasil, a Justiça já condenou a Universal a indenizar pastores submetidos a vasectomias. Em agosto, em um dos últimos casos julgados, a juíza Glaucia Alves Gomes, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1), condenou a Iurd a pagar R$ 200 mil a um pastor que trabalhou por seis anos na entidade e realizou vasectomia no período.
Em nota sobre o julgamento, a assessoria tribunal disse que "duas testemunhas indicadas pelo trabalhador e uma pela Igreja Universal comprovaram ser comum o incentivo à prática de vasectomia pelos pastores". "Segundo uma delas, a recusa em realizar o procedimento pode reduzir a possibilidade de promoção ou acarretar a transferência para um local indesejado", afirma a nota.

'Dia do Fim'

A crise atual é o segundo grande revés que a Iurd enfrenta em Angola em menos de uma década.
Em 2013, o governo angolano suspendeu as atividades da Universal por 60 dias após 16 pessoas morrerem pisoteadas em um culto da igreja, em Luanda.
O incidente ocorreu em um evento realizado em um estádio e batizado de "O Dia do Fim", no qual fiéis eram instados a "dar um fim a todos os problemas que estão na sua vida: doença, miséria, desemprego, feitiçaria, inveja, problemas na família, separação, dívidas etc".
Segundo investigadores, 152 mil pessoas se dirigiram para o estádio, que tinha capacidade para 30 mil. Uma comissão de inquérito concluiu que a superlotação foi causada por "publicidade enganosa". Na época, vários pastores da Iurd foram detidos pela polícia.
A suspensão também se aplicou a outras seis igrejas evangélicas — ao menos três das quais brasileiras, como a Igreja Mundial do Poder de Deus, do pastor Valdemiro Santiago — por, segundo o governo, recorrerem "às mesmas práticas que as da Iurd" e operarem sem licença.
Numa reviravolta, porém, a suspensão acabou sendo interpretada como benéfica à Universal. Isso porque, terminado o prazo da punição, a Universal foi a única das sete igrejas suspensas a receber autorização para voltar a operar.
As demais foram barradas por não gozar de "personalidade jurídica e por falta do reconhecimento oficial do Estado angolano", o que, segundo analistas, reduziu a concorrência enfrentada pela Universal e permitiu que ela absorvesse parte dos fiéis que frequentavam as outras denominações
Fonte msn


segunda-feira, 18 de novembro de 2019

FALTAM ESTADISTAS, SOBRAM POLÍTICOS




FALTAM ESTADISTAS, SOBRAM POLÍTICOS

Quando falamos de estadista nos referimos ao líder visionário, que sonha com uma vida de qualidade para seu povo. Que sacrifica seu próprio estilo de vida e conforto pessoal, que sofre ao ver a miséria do próximo, enfim é o que planeja e investe tempo pensando no amanhã das próximas gerações. Pensa em como poderá contribuir para uma boa educação, em como as pessoas poderão viver com dignidade e sentirem-se seguras, como fazer para criar empregos para os jovens, como viabilizar saúde e segurança de qualidade para a população.

O estadista pensa na nação como um todo e de que modo pode ser útil, sua pergunta é sempre: “o que posso fazer pelo meu pais? ”. O político pensa em si e em como levar vantagem em qualquer negociata. Pergunta sempre: o que o país pode fazer por mim? Que benefício, que vantagem isso me traz?

O estadista possui dignidade, o político é mentiroso por natureza, mente descaradamente sem o menor pudor ou constrangimento.

"Um político se converte em estadista quando começa a pensar nas gerações futuras e não nas próximas eleições." - (Winston Churchill).

"Um estadista faz aquilo que pensa ser melhor para o seu país; um político faz aquilo que pensa ser melhor para ser reeleito." – (Mikhail Gorbachev).

"Um estadista é um político morto. Precisamos de mais estadistas." – (Oscar Wilde).

“Um estadista é um político que se coloca a serviço da nação. Um político é um estadista que coloca a nação a seu serviço." - (Georges Pompidou).

Um estadista geralmente é incompreendido, pois se preocupa com o médio e longo prazo e toma decisões impopulares a curto prazo, enquanto a maioria dos políticos preocupa-se com resultados imediatos de suas ações.

Um estadista visa o interesse coletivo enquanto que o político visa o individual e para tanto se vale de ações não muito recomendáveis como o assistencialismo, conchavos políticos, artimanhas políticas, escândalos, suborno, corrupção, etc. tendo em vista sempre a próxima eleição.

Um estadista não tem a preocupação de aparecer para a mídia, ou tirar proveito político pessoal diante de tragédias, como aconteceu recentemente com as barragens de Mariana em Minas Gerais. A mídia registrou carretas chegando na região para distribuir água e outros donativos para a população. Enormes faixas destacavam o nome do político ou entidade que fazia a doação. Ora, quem vê a desgraça e carência do próximo socorre sem interesse pessoal e não busca visibilidade, ou reconhecimento, mas faz o bem com prazer e sentimento humanitário.   

Quando olhamos para a situação caótica que chegou a política brasileira, quando vemos o estado alarmante da nossa economia, a pobreza crescente da sociedade, o desastre na saúde pública, a falência na educação, o aumento da criminalidade, tudo isso está causando pavor, incerteza numa população cada dia mais sofrida e carente.  

O que está faltando neste país? Faltam estadistas como Abraão, José, Moisés e Neemias, que foram estadistas da mais alta dignidade. Interesses pelo coletivo eram maiores que interesses pessoais, vontade própria e o enriquecimento ilegal, eram atitudes impensáveis. A integridade moral, a honestidade e a luta pelo melhor para o povo constituíam seus alvos.

Paulo apóstolo, inspirado pelo Espírito Santo de Deus descreveu os últimos dias da seguinte forma:

“Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te também desses. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; sempre aprendendo, mas nunca podendo chegar ao pleno conhecimento da verdade”, (2Tm 3.1).

Parece que Paulo via e descrevia exatamente os dias atuais. Suas palavras parecem que foram tiradas do jornal de hoje, pois é exatamente isso que acontece em nossos dias. “... nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos...”, -- que tremenda realidade. Os políticos de hoje possuem exatamente tais qualificações. Tudo o que fazem visam a si mesmos e aos seus sempre motivados pela ganancia.

Sejamos diferentes, não sejamos conformados. Podemos e devemos mudar essa nação.


segunda-feira, 11 de novembro de 2019

NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESTE PAÍS



NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESTE PAÍS

A frase acima foi proferida inúmeras vezes por um político brasileiro que procurava mostrar seus possíveis feitos em benefício do Brasil e tal frase tornou-se um jargão amplamente conhecido em toda a nação.

A população brasileira chegou a acreditar que um novo rumo político e econômico estava sendo delineado. A classe baixa, o povo mais sofrido começou a sonhar numa vida melhor. Melhores empregos, melhor saúde, redução da violência, mais justiça social, melhores moradias, uma educação de qualidade para os filhos, enfim. E tanto acreditou que mais uma vez foi às urnas depositar seu voto e reeleger aqueles que tantas promessas fizeram e que lhes ascenderam a chama de esperança de um país melhor.

Nunca antes na história deste pais, a sociedade brasileira foi tão duramente massacrada, enganada, decepcionada e traída por seus governantes como nos últimos anos. Até que recentemente veio o golpe que fez cair por terra a esperança de um povo sofrido e crédulo. Os políticos que lhes transmitiam confiança, os políticos que deveriam honrar e dignificar sua pátria, lutar pelo povo que lhes colocou como seus representantes no centro de poderes e de decisões, sim, os tais demonstraram que não são muito diferentes dos criminosos comuns, dos assaltantes de bancos e de casas, não são muito diferentes dos traficantes, dos bandidos em geral, que tudo fazem visando seus próprios interesses e benefícios, jamais visam os de seus eleitores e muito menos da situação de seus municípios. A ganancia tem prevalecido e em consequência enormes prejuízos sociais e ecológicos. As catástrofes, as secas principalmente no sertão nordestino, as enchentes no sul e sudeste do país, as das barragens de Mariana porventura não são resultados da ganancia dos homens, que não se preocupam com o bem-estar social? A preocupação maior são os lucros custe o que custar.

Nunca antes na história deste pais se contemplou o desmascaramento dos homens que dirigem a nação, desde municipal ao federal.  As instituições estão desacreditadas. O país está perdendo sua credibilidade a nível nacional e internacional. Pessoas ilustres que vendiam uma imagem de integridade, de honestidade, de pessoas justas, hoje estamos vendo que suas máscaras estão caindo.

Nunca antes na história deste pais se viu o que estamos vendo hoje: Prisão de empresários bilionários, de banqueiros, de senador em pleno exercício do mandato, de advogados de políticos e empresários, pessoas ilustres estão decepcionando a todos mostrando suas verdadeiras identidades.

Nunca antes na história deste pais se viu o que estamos vendo hoje: Uma população sedenta por justiça e lutando nas ruas e nas redes sociais pelos seus direitos, ideais e interesses. Existem, sim, muitos problemas de ordem social, na segurança e na educação. Mas a população sabe que o grande mal nesta nação que precisa ser combatida urgente é a corrupção que apodrece e impede o crescimento do Brasil. O povo diante de tão grande avalanche de lamaçal imoral e antiético certamente está aprendendo e amadurecendo e dirá nas urnas qual sua vontade.

Nunca antes na história deste pais se viu tamanha fragilidade e inoperância da igreja instituição e seus líderes. A igreja que deveria exercer seu papel exemplar e influente na sociedade tem sido alvo de confusão e intriga e seus líderes alvo de críticas e escândalos dos mais absurdos.

Nunca antes na história deste pais se viu tanto crescimento de religiões com suas doutrinas mais absurdas e antibíblicas que procura levar ao homem sedento pelo divino, uma mensagem vazia e enganosa que não produz nenhuma esperança.

Diante deste quadro geral não devemos ignorar que acima de tudo Deus está no controle soberano de todo o panorama existente. Enquanto os homens estão vivendo uma vida dissoluta, egoísta, como se Deus não existisse, Deus está acompanhando todas as ações humanas e certamente a cobrança virá. Deus age e cuida de tudo com justiça. O homem pode ignorar a presença do Criador, porem Deus é real queira o homem crer ou não. Diante de todo o cenário catastrófico ecológico, moral, político e econômico mundial podemos crer que a maior, única e real esperança para o homem está na pessoa de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Filho de Deus. Jesus, Ele só pode dessedentar a alma angustiada e aflita. Ele só pode preencher o vazio existencial e conduzir o homem ao encontro do Criador.  

terça-feira, 5 de novembro de 2019

SUFICIËNCIA DO EVANGELHO DE CRISTO




SUFICIËNCIA DO EVANGELHO DE CRISTO
(Atos 14.1).

Introdução. Paulo e Barnabé, como de costume, entram numa sinagoga judaica, e lá “… falaram de tal modo, que creu uma grande multidão...”. Nos chama atenção na leitura deste capítulo, as mais variadas consequências da pregação dos apóstolos, tais como: divisão, perseguição, incitação de ânimos, apedrejamento e toda sorte de confusão. Outros resultados: arrependimento (v.1), sinais, prodígios e maravilhas (vv. 3,8-10). E algo interessante também é que a multidão ao ver esses acontecimentos queria idolatrar os homens de Deus, (11-13). Os apóstolos, então recusaram tal atitude e repreenderam a todos dizendo que eram homens comuns, sujeitos as mesmas fraquezas, que eles deveriam converter-se ao Deus vivo. Bem diferente da pregação de muitos hoje.

Algumas lições podem ser aplicadas aos nossos dias, visto que o verdadeiro evangelho é imutável, eficaz e como tal, ainda produz resultados preciosos:

Primeiro. O evangelho produz mudança de vida. “… falaram de tal modo...”, (v.1). Existe enorme carência de pregação de temas, como arrependimento, novo nascimento, regeneração, santificação, etc. tais assuntos, não atraem público às igrejas. As pessoas não querem comprometimento com Deus e sim viver suas vidas desfrutando das paixões e vaidades carnais, que só afrontam e entristecem ao Criador. Assim, como os pregadores estão preocupados em atrair multidões, eles pregam o que as pessoas querem e gostam de ouvir e não o que necessitam que é a salvação. O verdadeiro evangelho deve ser pregado de tal modo que convença os pecadores de seu estado e os conduza a buscar a salvação de Deus.

Segundo. O evangelho produz perturbação, divisão, (vv.2,4). Parece que estamos pregando hoje um evangelho “light”, bem diferente do evangelho que Jesus pregou. Jesus causava perturbação nos seus ouvintes. Certa vez ele proferiu um sermão tão duro que muitos dos discípulos ficaram escandalizados e alguns o abandonaram: Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?”... Por causa disso muitos dos seus discípulos voltaram para trás e não andaram mais com ele. Perguntou então Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? (Jo 6.60,61,66-69). Estamos carentes de pregadores que não se contaminem, nem se conformem com o sistema deste mundo (Rm 12.2), que não se vendam pelas migalhas e oferendas, que não negociem seus princípios, sua integridade e caráter por um horário, ou aparição, ou ainda por uma entrevista na mídia. Estamos necessitando de pregadores que causem revolução no inferno, que as hostes espirituais da maldade se sintam incomodadas e perturbadas. Este é o verdadeiro evangelho que os apóstolos pregaram e revolucionaram o mundo, (At 17.8; 19.23-29).

Terceiro. O evangelho produz milagres, sinais e prodígios, (vv.3,8-10). Quantas vezes somos indagados acerca da escassez de milagres nos dias de hoje. Será que Deus mudou? Os milagres não são mais para os nossos dias? Claro que não, Deus não mudou, (Hb 13.8). O que mudou foi a motivação do homem, o seu amor e temor a Deus  Faltam homens espirituais e de fé em Deus. O que vemos são pessoas egoístas, amantes de si mesmas indiferentes a dor e sofrimento do próximo. 

Quarto. O evangelho produz fascínio, (vv.11,13). É impressionante o sentimento, a reação da multidão ao ouvir o evangelho propagado pelos apóstolos. Geralmente a multidão não é tendente a pensar, a analisar. Muitos se ajuntam e nem sabem a razão, (At 19.32). Ao ouvir e ver os sinais operados através da instrumentalidade dos homens de Deus, o povo logo quis faze-los deuses. O ser humano é assim mesmo. Não foi diferente quando Moisés subiu ao Monte para receber as tábuas da Lei e quando o povo viu que ele demorava, trataram de construir um bezerro de ouro para adorar. Ai está o grande perigo, pois muitas vezes o inimigo sabendo dessa fraqueza do homem procura induzi-lo a essa prática, a fim de desviar o foco da adoração ao verdadeiro Deus. O ser humano é facilmente atraído pelo oculto, pelo sobrenatural, pelas manifestações místicas. Hoje, multidões são atraídas pelos astros de tv, cinema e do esporte. Mas, no meio evangélico não é diferente. Milhares de crentes idolatram e pagam absurdos para assistirem shows de cantores gospel, outros nutrem verdadeira paixão por líderes e astros e até desembolsam elevadas quantias para doarem aos tele evangelistas. São pessoas vítimas desse fascínio desenfreado e sentimento religioso mal orientado.

Quinto. O evangelho produz a rejeição da fama e louvor a si próprio, (vv.14,15). Todos gostam de receber elogios, de reconhecimento, da fama, do louvor. É comum o ser humano buscar o engrandecimento pessoal. Essa febre tem atacado milhares e milhares de pastores, de cantores em todo o mundo em todas as épocas. Mesmo com inúmeras recomendações bíblicas de adorar e honrar somente a Deus o homem não se cansa de buscar a fama e a glória para si. O primeiro foi Satanás e foi lançado do céu, (Lc 10.18). A Bíblia menciona Herodes que foi ferido e comido pelos bichos porque não deu glória a Deus, (At 12.23). Quantos homens se dizendo servos de Deus, impõem a seus liderados, submissão irrestrita, muitos chegam até mesmo ao constrangimento de ordenar quando da sua chegada ao recinto, que todos se levantem a fim de receber o “homem de Deus”. Paulo e Barnabé recusaram receber louvor da multidão.