segunda-feira, 16 de julho de 2012

Pastor que é candidato diz conseguir 160 votos por igreja visitada

Everson é candidato a vereador na cidade de São Paulo e vai contar com a ajuda de seus amigos pastores para se eleger
por Leiliane Roberta Lopes

Pastor que é candidato diz conseguir 160 votos por igreja visitada.
 
A campanha política para a eleição municipal terá os evangélicos como alvo principal, fator ainda mais evidente para candidatos que são evangélicos como é o caso do pastor Everson Marcos, que disputa uma vaga como vereador da cidade de São Paulo pelo PSDB.

Ele pretende visitar cerca de 400 igrejas na capital e faz questão de dizer que em cada uma delas deve conquistar cerca de 160 votos. “Entre ministrações e visitas, pretendo ir à 400 igrejas até o final da campanha”, diz para o portal UOL.

Se fizermos essa conta, Marcos vai conseguir 64 mil votos, o que seria suficiente para que ele entrasse para a Câmara de São Paulo. A afirmação audaciosa do pastor levanta uma questão bem antiga sobre até que ponto as igrejas podem se envolver com política.

Quem opina sobre o tema é o presidente da Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos), Daniel Sottomaior, que defende o afastamento do pastor que pleiteia um cargo político durante a campanha.

“Um ministro ou secretário que vai se candidatar, por exemplo, precisa respeitar um prazo de desincompatibilização do cargo, exigido pela Justiça Eleitoral, e se afastar das suas atividades para poder fazer campanha. Acho que um pastor deveria estar sujeito a um controle semelhante.”

Até mesmo políticos evangélicos acreditam que é importante separar as duas áreas, como afirma o vereador Carlos Apolinário que faz parte da bancada evangélica. “Eu acho que o pastor candidato deveria afastar-se do cargo de sacerdote para fazer campanha. Quando deixar de ser político volta a ser pastor.”

Em sua explicação, Everson Marcos deixa claro que não pede votos nessas igrejas por onde passa, mas que seus amigos que lideram essas congregações fazem o serviço. “Só peço votos diretamente na minha congregação, mas procuro me aproximar dos sacerdotes de outras igrejas, e eles acabam pedindo votos para mim.”

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