quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Governo do Quênia reage a escândalos de charlatanismo e proíbe registro de novas igrejas

Governo do Quênia reage a escândalos de charlatanismo e proíbe registro de novas igrejas
O procurador-geral do Quênia instituiu a proibição do registro de novas igrejas no país depois que eclodiu o escândalo protagonizado pelo pastor neopentecostal Victor Kanyari, acusado de charlatanismo.
De acordo com a revista Christianity Today, o governo queniano quer impor regras mais severas para evitar a proliferação de falsos sacerdotes que fingem milagres para atrair fiéis.
“Apelamos a todos os cristãos para nos apoiar e ficar com a gente”, disse o bispo Mark Kariuki, presidente da Aliança Evangélica do Quênia. “Quando se trata de questões de fé, as pessoas estão dispostas a morrer pela fé e vamos ficar firmes com a igreja”, comentou o líder cristão.
O escândalo veio à tona através da investigação feita pela emissora KTN, que veiculou um documentário chamado “Predadores da Oração”, onde o pastor Victor Kanyari é apontado como falsário que forja milagres e testemunhos.
O televangelista supostamente teria enriquecido a partir da prática do charlatanismo, que atraiu um grande número de seguidores.
“Um tomate podre não significa que todos os tomates estão podres. Se eles nos proibirem, teremos um problema”, protestou o bispo Kariuki ao jornal local Daily Nation.
Logo após a veiculação da reportagem investigativa, um grupo de ateus pediu às autoridades que investigassem o pastor Kanyari e o levasse a julgamento por supostamente se aproveitar da simplicidade dos fiéis: “Os ateus no Quênia gostariam que o governo do país prendesse rapidamente Victor Kanyari por tirar vantagem dos crentes quenianos e, eventualmente, extorquir dinheiro deles em nome de Deus. O que o pastor Kanyari vem fazendo é fraude, e é inaceitável”, disse Harrison Mumia, presidente da associação Ateus no Quênia em um comunicado.
A associação Ateus no Quênia se descreve como um grupo de pessoas que não creem em nenhuma forma de religião e tem como missão desafiar e confrontar a fé religiosa. 
 
Por Tiago Chagas / via gospelmais.com.br

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