quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Monte onde judeus pretendem erguer o Terceiro Templo é local de disputa com muçulmanos

Monte onde judeus pretendem erguer o Terceiro Templo é local de disputa com muçulmanos
A construção do Terceiro Templo em Jerusalém esbarra em uma questão muito delicada: o local onde os templos anteriores foram erguidos hoje é ocupado por palestinos, e há mesquitas em funcionamento na área. E a disputa por espaço tem gerado conflitos entre judeus e muçulmanos.
O chamado Monte do Templo abriga, o que é hoje, o terceiro lugar mais sagrado para o islamismo depois de Meca e Medina: a mesquita de Al-Aqsa (foto).
No final de julho, durante o Tishá Beav, um confronto entre palestinos e israelenses precisou da intervenção da Polícia local, que usou bombas de efeito moral para dispersar o tumulto.
Tishá Beav é o dia do calendário judaico escolhido para chorar a destruição dos Templos Sagrados, o primeiro no ano 586 A.C., pelas mãos dos babilônios, e o segundo, no ano 70 D.C., pelos romanos.
A violência eclodiu depois que um grupo de judeus visitou o local onde os templos sagrados foram erguidos milênios atrás, como parte da celebração do Tishá Beav. Como o local hoje abriga uma mesquita, o confronto foi inevitável.
Novos conflitos não estão descartados, uma vez que rabinos ortodoxos ligados ao Instituto do Templo vêm arrecadando fundos para construção do chamado Terceiro Templo, e pretendem obter autorização das autoridades israelenses para levar o projeto adiante, o que implicaria na demolição da mesquita de Al-Aqsa.
Hoje, no local, resta apenas uma parte do muro que guardava os templos destruídos, e o local é o famoso Muro das Lamentações, onde judeus vão fazer suas orações, e turistas, suas fotos.
Desde 1967 os judeus são proibidos de fazer orações no local. Na época, após a Guerra dos Seis Dias, Israel retomou o controle de Jerusalém, mas teve que concordar com a entrega do controle do Monte do Templo à Jordânia, para impedir que a mesquita fosse destruída.
Recentemente, em prevenção a conflitos religiosos, Israel proibiu que homens muçulmanos com idades entre 16 e 60 anos acessassem o local.
Se para os judeus é o local é importante pela localização do Templo, onde era guardada a Arca do Tesouro, para os muçulmanos é sagrado pela crença de que o profeta Maomé tenha ascendido ao céu a partir de uma rocha no local, que hoje é conhecido pela dourada “Cúpula da Rocha”, construída em 685 D. C.
Por Tiago Chagas / via gospelmais.com.br

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