domingo, 6 de março de 2016

Ex-homem mais rico do Brasil oferece moedas de ouro no valor de 700 mil reais para Iemanjá em tentativa de voltar à glória passada

Outrora o homem mais rico do Brasil, Eike Batista recorreu, pelo que se afirma, a um ritual afro-brasileiro na esperança de reconstruir seu império multibilionário, jogando ouro no Oceano Atlântico.

Eike Batista, em sua glória passada

O empresário extravagante, que sofreu uma das maiores falências pessoais e financeiras na história empresarial, lançou mais de 700 mil reais em moedas de ouro nas ondas do mar perto da costa da praia de Ipanema no Rio de Janeiro no mês passado depois que um médium e sacerdote da umbanda o aconselhou que ele precisava aplacar a deusa Iemanjá, conhecida como rainha dos mares. A umbanda é uma das várias religiões afro-brasileiras que seguem crenças politeístas sincréticas que se baseiam em tradições espirituais africanas misturadas com elementos católicos romanos.

Os católicos brasileiros são muitas vezes sincréticos, abertamente indo para a missa nos domingos, mas secretamente indo para rituais afro-brasileiros na sexta-feira.

No passado, Eike usava médiuns para guiar seus negócios, mas suas superstições foram incapazes de impedir a maré de azar. Em 2013, quando a economia brasileira começou sua pior recessão em mais de duas décadas, Eike perdeu 99 por cento de sua fortuna multibilionária. Depois de médiuns e azar, ele está buscando mais do mesmo.

Fretando um iate, ele foi ao mar para realizar uma cerimônia afro-brasileira que envolvia colocar moedas de ouro numa oferenda de flores, perfume, champanha e uma estátua de Iemanjá. O sacerdote da umbanda dirigiu rezas, meditação e canções repetitivas, profetizando que a volta de Eike ao topo ocorrerá “numa questão de meses.”

Sacerdotes da umbanda geralmente recebem grandes somas para realizar suas cerimônias para os ricos. Eike não quis comentar quanto pagou ao sacerdote da umbanda.

Ele também não quis fazer nenhuma menção de pentagramas e quantos animais foram sacrificados. Contudo, um adepto faz qualquer sacrifício para ter seus desejos realizados pelos espíritos afro-brasileiros.

Independente da filiação ideológica, muitas personalidades brasileiras proeminentes recorrem à feitiçaria em busca de socorro, poder e riquezas. Em 2012, até o governo dos EUA havia convidado uma médium brasileira para desviar a Supertempestade Sandy. Mas o esforço foi inútil.

Em sua viagem de 2008 ao Brasil, a secretária de Estado dos EUA Condoleezza Rice, uma direitista republicana presbiteriana, fez um esforço para honrar as religiões afro-brasileiras como um legado rico de brasileiros de origem africana.

Por Julio Severo / Com informações do DailyMail.

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