terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Trump anuncia Jerusalém como capital de Israel para agradar à sua base de eleitores evangélicos

O presidente americano Donald Trump afirmou na quarta-feira que Jerusalém é a capital de Israel, e prometeu começar um processo rápido de mudança da Embaixada dos EUA em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.
O anúncio de Trump foi recebido muito bem por Israel, um aliado americano íntimo, e por eleitores evangélicos pró-Israel que compõem uma parte fundamental da base de Trump.
Em maio passado, aproximadamente 60 líderes evangélicos, representando 60 milhões de cristãos nos EUA, assinaram uma carta que foi entregue ao presidente Trump pedindo que ele mudasse a Embaixada dos EUA para Jerusalém e assim reconhecesse Jerusalém como a capital de Israel.
“O Rei Davi estabeleceu Jerusalém como a capital de Israel 3.000 anos atrás. Jerusalém era, é e permanecerá a capital de Israel. É hora de os EUA reconhecerem o óbvio. Estou contente com o anúncio do presidente Trump. Ele é o único presidente que manteve sua palavra,” disse Mat Staver, fundador e presidente do escritório de advocacia Liberty Counsel, presidente de Cristãos em Defesa de Israel e fundador e presidente de Covenant Journey.
“Hoje finalmente reconhecemos o óbvio,” Trump disse, frisando que ele não seguiria os presidentes americanos anteriores que não cumpriram suas promessas de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
O anúncio de Trump não especificou se a cidade inteira de Jerusalém ou só uma parte é a capital de Israel. Na semana passada, o jornal israelense Jerusalem Post disse que se “Trump reconhecer formalmente Jerusalém como capital de Israel, ele provavelmente deixará claro que o reconhecimento é só de Jerusalém ocidental a fim de manter a condição final da cidade inteira algo para ser decidido em negociações. A Rússia anunciou em abril que reconhece Jerusalém ocidental como a capital de Israel, se tornando o primeiro país do mundo a fazer isso.”
“Depois de mais de duas décadas de adiamento… determinei que é hora de reconhecer oficialmente Jerusalém como a capital de Israel,” Trump disse na Casa Branca na quarta-feira.
Sob a lei americana, o presidente tem de assinar um adiamento a cada seis meses que deixa a embaixada americana em Tel Aviv. Em junho, Trump renovou o adiamento, como uma série de outros presidentes americanos fizeram para adiar indefinidamente o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.
Em seu discurso na quarta-feira, Trump não fez nenhuma referência de que ele já tinha assinado um adiamento que oficialmente atrasará a mudança da Embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém, mas a Casa Branca confirmou que ele assinou um adiamento antes do discurso. Isso significa que não haverá nenhuma mudança da embaixada pelo menos nos próximos seis meses. Estabelecer rapidamente uma embaixada em Jerusalém foi uma grande promessa de campanha de Trump para sua poderosa base evangélica.
Se Trump usar os próximos adiamentos do jeito que os presidentes americanos passados os usaram para adiar o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, o processo de mudança da embaixada dos EUA poderá levar muitos anos.
O discurso de Trump não só reconheceu Jerusalém, mas, de acordo com a Associated Press, “Trump pareceu apoiar o conceito de uma Palestina independente existindo ao lado de Israel… já que ele disse que promoveria a ‘solução de dois Estados.’”
Uma solução de dois Estados é impossível, pois Deus deu a Terra Prometida só aos judeus, não aos palestinos islâmicos, que são maioria na “Palestina.” Até mesmo Ronald Reagan não acreditava nem apoiava tal “solução.” Não haverá paz para os EUA se Trump seguir a “solução de dois Estados.”
O anúncio de Trump produziu resultados imediatos em outros países. De acordo com o jornal Jerusalem Post, a República Checa na quarta-feira seguiu o exemplo de Trump anunciando que reconhece Jerusalém Ocidental como a capital de Israel.
A República Checa acha que é certo Israel ter Jerusalém Ocidental como sua capital enquanto a Autoridade Palestina tiver Jerusalém Oriental como sua capital. Isso é uma “solução de dois Estados.”
Evangélicos pró-Israel estão no escuro se o anúncio de Trump cobre a cidade inteira de Jerusalém ou só Jerusalém Ocidental, e eles não sabem se Trump continuará usando adiamentos para adiar a mudança da Embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém.
Fonte: juliosevero.blogspot.com.br 

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