quinta-feira, 20 de abril de 2017

A coisa mais importante na igreja é o sermão, indica pesquisa

A coisa mais importante na igreja é o sermão, indica pesquisa

Segundo Gallup, não é o grupo de louvor nem o “pastor moderninho”


Uma nova onda na igreja contemporânea tenta usar slogans como relacional, relevante ou intencional para definir seus ministérios. Em alguns lugares grande parte do investimento é na estrutura do prédio, com o uso de tecnologia de ponta. Outros preferem apostar em grupos de louvor com músicos muito bem preparados e repertório “contagiante”.
Contudo, uma nova pesquisa do Instituto Gallup revela que as pessoas que frequentam os cultos estão procurando mesmo é por pregação centrada na Bíblia.
“Sermões que ensinam sobre as Escrituras” são a razão número um para motivar os fiéis a irem a um culto. Os pesquisadores descobriram que 82% dos evangélicos e 76% dos cristãos em geral consideram sermões com lições bíblicas o fator mais importante das reuniões religiosas (cultos/missas).
Eles também estão procurando por maneira de aplicar o que aprendem, já que 80% dos evangélicos e 75% dos cristãos em geral valorizam mais sermões que conectam a fé a sua vida cotidiana.
Os evangélicos são mais propensos a citar a importância do conteúdo do sermão que os católicos – cerca de dois terços dos entrevistados admitem que é isso o que mais os atrai para a igreja.
Pregação sobre a Escritura e sua relevância foram melhor avaliados que programas para crianças (68% dos evangélicos), trabalhos de ação comunitária (61%) e atividades sociais (49%).
“Numa cultura distraída e superficial como a nossa, as pessoas começam a sentir fome por algo raro: o foco, o equilibrado e o profundo”, acredita o pastor Matt Woodley. “Pregação profunda é a nossa melhor chance de mudar vidas”, insiste.
Segundo a revista Christianity Today, que está divulgando o estudo, isso também coloca mais pressão sobre os pastores, que deveriam oferecer sermões que envolvam os fiéis e evitem piadas, ilustrações batidas, ou ensino superficial e alegórico.
Uma outra pesquisa recente, do Instituto Barna, mostra que os mais jovens (40%) têm o hábito de verificar os sermões no Google.
A pesquisa do Instituto Gallup publicada semana passada descobriu que as pessoas que ocupam os bancos se preocupam muito mais com “o que” está sendo pregado do que com “quem” está pregando.
Apenas metade dos evangélicos (53%) e os cristãos em geral (54%) disseram frequentar uma igreja por causa de “líderes religiosos dinâmicos, que são interessantes e inspiradores”.
Os dados revelados pelo novo levantamento são parecidos com os indicativos de outra pesquisa sobre o assunto, feita pelo Instituto Pew Research.
“O que as pessoas valorizam em uma congregação é principalmente uma boa mensagem, uma boa homilia. Ela precisa fazer sentido e oferecer-lhes orientação”, afirma Greg Smith, diretor-associado do Pew.
A grande maioria dos evangélicos (92%) coloca o sermão no topo da sua lista de fatores decisivos, o percentual é de 67 para os católicos. Em segundo lugar está o fato dos líderes e membros fazerem com que o visitante sinta-se bem-vindo (79%) e logo em seguida, o fato do culto ser “atraente” (74%).

Mudanças no ministério

No ano passado, o pesquisador Ed Stetzer mostrou como vários ministérios estavam mudando a direção para um ensino mais profundo, uma vez que perceberam o interesse dos visitantes.
“Em outras palavras, aqueles para quem os sermões estavam se tornando ‘água com açúcar’ perderam espaço. As pessoas estão interessadas ​​na verdade, caso contrário estariam fazendo outra coisa aos domingos”, avalia.
De acordo com a LifeWay Research, os pastores estão relativamente divididos quando planejam seus sermões: 22% planejam dois a cinco meses de antecedência, 30% planejam duas a quatro semanas de antecedência e 22% planejam a semana anterior. Apenas 7% dos pastores agendam o sermão com mais de um ano de antecedência.
Por Jarbas Aragão / via gospelprime.com.br

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