sábado, 18 de outubro de 2014

Pastor Mark Driscoll pede demissão da igreja que ele fundou após investigações por fraude

Pastor Mark Driscoll pede demissão da igreja que ele fundou após investigações por fraude
O pastor Mark Driscoll, fundador da megaigreja Mars Hill, de Seattle, nos Estados Unidos, pediu demissão de seu cargo menos de dois mesesapós se afastar para que a direção da denominação investigasse os erros cometidos por ele.
No primeiro semestre deste ano, surgiram denúncias de que Mark Driscoll teria usado o dinheiro arrecadado pela igreja para comprar exemplares de seus próprios livros, e assim fazer os títulos lançados por ele entrarem para as listas de mais vendidos, e assim, induzir os fiéis e outros leitores a comprarem as publicações.
Diversos veículos internacionais o acusaram de suborno a editores de literatura em grandes jornais e revistas dos Estados Unidos para que suas obras estivessem sempre entre os títulos mais bem colocados nas listas dos mais vendidos.
Nesse meio tempo, o pastor foi acusado também de plágio e pregações hereges, e terminou por ser afastado da conceituada organização cristã Atos 29.
No auge da polêmica, após 21 pastores da Mars Hill protocolarem junto à direção da denominação um pedido de investigação contra ele, Driscoll gravou um vídeo comunicando seu afastamento por um período mínimo de seis meses, que poderia ser estendido a um ano.
Após a divulgação das denúncias e o afastamento de Driscoll, o número de membros da Mars Hill e suas filiais caiu pela metade.
Na última segunda-feira, 13 de outubro, o pastor enviou uma carta de demissão à direção da denominação, afirmando que as investigações contra ele e pessoas que o cercavam – mesmo que não estivessem envolvidas em seus ilícitos – resultou num clima tenso e difícil de ser recuperado, que poderia ser medido pelo esvaziamento da igreja.
A direção da Mars Hill aceitou seu pedido de demissão e divulgou um comunicado com críticas severas ao pastor, apesar de reconhecer que, durante as investigações, não encontrou indícios de heresia, imoralidade ou mal uso dos recursos da igreja.
“Concluímos que o pastor Mark, muitas vezes, foi achado culpado de arrogância. Sua tendência tem sido entrar em conflito, quando contrariado. De temperamento explosivo, não foi incomum que o pastor tenha feito uso de linguagem grosseira, ou tentando impor um estilo  dominador no trato com a sua equipe pastoral e o conselho de anciãos. Mesmo acreditando que o pastor Mark precise seguir tratando estas questões em sua vida particular, nós não acreditamos, de forma alguma que ele esteja desqualificado para o ministério pastoral”, afirmaram os integrantes da direção da Mars Hill Church.
 
Por Tiago Chagas / via gospelmais.com.br

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