RECOMENDAÇÕES DE PAULO AOS HOMENS DE
DEUS
(1Tm 6.11-20).
Introdução. Temos lido nesta conclusão da Carta de Paulo a
Timóteo, alguns conselhos finais do Apóstolo e em especial, algumas
recomendações indispensáveis ao homem de Deus. É bem verdade que não
encontramos muitos dos chamados “homens de Deus”, quando desfolhamos o Livro de
Deus.
Em
toda a Carta, Paulo procura disciplinar os cristãos com respeito a sua conduta
e dignificando sempre o Evangelho, tendo como chave 3.15 que diz: “... para que saibas como convém andar na
casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade”.
Atentemos
para os conselhos bíblicos que Paulo menciona, os quais devem fazer parte da
vida do homem de Deus. Quais são esses conselhos? Vejamos:
Primeiro: Foge, (v. 11a). Neste mundo conturbado em
que vivemos, a correria tem sido desesperada. Milhares de pessoas estão
procurando correr e não se sabe nem mesmo de onde nem para onde. É o mal do
século, a agitação é geral. O homem em busca de sua satisfação pessoal luta
contra tudo e contra todos para alcançar o enriquecimento. Neste texto Paulo
faz referencia ao perigo da correria desenfreada pelo deus “mamom”. Ele diz que
“o amor do dinheiro é a raiz de toda
espécie de males”, (v.10).
“Mas tu, ó homem de
Deus, foge destas coisas..”
, (v.11). Que coisas? Existem
situações em que não podemos ter receio de correr, de fugir, pois não é
vergonhoso fugir do que injusto, ilegal, imoral e nocivo. De que o homem de
Deus deve fugir?
(1) Da tentação do enriquecimento a todo
custo, sem preocupação com o que é lícito, com o que é legal. Mesmo que para
tanto tenha que pisar o seu irmão.
(2) Do laço da tentação, (v.9). A busca
pelo reconhecimento, da fama, do poder, da notoriedade, de ser grande, de
exercer o controle e domínio sobre outros. Tudo isso são atos inconsequentes de
pessoas sem senso, que não pensam no próximo.
(3) Da cobiça, que conduz ao desvio e
ruína com consequências eternas, (v.9).
(4) Da ganância. O homem moderno vive sua
vida ignorando completamente a existência do Criador. Sua grande preocupação é
consigo mesmo. E isso o tem tornado um ser altamente ganancioso e
inescrupuloso.
(5) Da prostituição, (1Co 6.18).
(6) Da idolatria, (1Co 10.14).
(7) Da aparência do mal, (1Ts 5.22).
E
o Apóstolo diz...”Foge..”..
Para fugirmos de algo devemos procurar seguir alguma outra coisa, então Paulo
nos trás seu segundo conselho:
Segundo:
Segue / Busca, (v. 11b). Qual a grande busca do homem?
O que muitos, ou quem muitos estão seguindo? Nossa busca tem sido direcionada
ao que é superficial e volúvel, como: posição, sucesso, ou pessoas, políticos
que lhe oferecem vantagens e benefícios pessoais. Porém, o conselho paulino é:
seguir, buscar, o que?
(1) A Justiça. Diante do quadro injusto que nosso
país apresenta, somos desafiados a caminharmos na direção contrária e não
somente sermos justos, mas, praticarmos e amarmos a justiça, (Mt 6.33).
(2) A Piedade. As palavras piedade, piedoso
(a) e piedosamente são encontradas mais de 40 vezes no NT.
"piedade" vem do Latim, e tem dois sentidos: "1. Amor e respeito
às coisas religiosas; religiosidade; devoção. 2. Pena dos males alheios;
compaixão, dó, comiseração". É assim que o homem de Deus é orientado a
seguir, ou seja, viver uma vida de devoção ao Senhor.
(3) A Fé. “Sem
fé é impossível agradar a Deus...”, (Hb 11.6). A fé é o elemento essencial
que aproxima o homem com seu Criador, o que se dá através do reconhecimento de
Seu filho Jesus como Senhor e Cristo.
(4) O amor / A caridade. As palavras de Jesus ao moço rico: “... vai, e vende tudo quanto tens, e dá aos
pobres, e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me...”, (Mc 10.21), é a
genuína demonstração do amor a Deus e ao próximo, pois quando assim fazemos
estamos praticando o grande mandamento e a vontade de Deus para com o próximo.
(5) A Paciência / A perseverança. Do Latin patientia, Resignação; conformidade em suportar os males ou os
incômodos sem se queixar; perseverança tranquila; calma na continuação de
qualquer tarefa ainda que esta seja difícil ou muito demorada; tranquilidade
com que se espera aquilo que tarda.
(6) A Mansidão. Sig. “força sob controle”. Era
utilizada para falar, por exemplo, de um cavalo selvagem que foi domado. Ser
manso não significa ser fraco, covarde.
Terceiro:
Milita / Peleja / Combate, (v.
12a). Nossa vida cristã é comparada a uma luta. E o Apóstolo nos orienta a
combatermos o bom combate da fé. Se ele faz referencia ao bom combate
entendemos que existe o mau combate. Devemos combater, pois o bom combate:
(1) Identificando contra quem estamos
combatendo. Nossos inimigos são espirituais.
(2) Com as armas adequadas, providas por
Deus, (Ef 6.10-13).
(3) Confiantes, na certeza que maior é o
que está conosco do que o que está no mundo.
Quarto: Toma posse, (v. 12b.). A vida eterna
é uma realidade que todo ser humano terá que enfrentar. A vida eterna com ou
sem Deus. Em ambas as situações, a maneira como vivemos aqui determinará nossa
vida na eternidade. Existe uma batalha ferrenha no reino espiritual que luta
para nos fazer desviar dos propósitos divinos para cada um de nós, que é o céu
de Deus. Sabedor disso, Paulo instrui-nos: “...
toma posse...”. é como que dizendo: O céu é tomado a força, (Mt 11.12; Lc
14.23; 16.16).
Quinto: Guarda, (vv. 14,20). O que se deve
guardar? Deve se guardar este mandamento, (v.14). Até quando? Até a aparição de
nosso Senhor Jesus Cristo, (v.14). Durante a vida temos procurado guardar
muitas coisas desnecessárias, coisas até sem nenhum valor. Aqui somos
aconselhados a guardarmos aquilo que é importante e que faz diferença na
eternidade. Timóteo é também aconselhado a guardar o depósito que lhe foi
confiado, (v.20). Deve também evitar conversas inúteis e profanas e as ideias
contraditórias chamadas falsamente de ciência, ou conhecimento, como alguns
ouvindo, desviaram da fé.
Sexto: Ordena / Manda, (v.17). Finalmente
Paulo dedica algumas orientações que devem ser observadas pelos ricos, tais
como:
(1) Que não sejam arrogantes.
(2) Não ponham sua esperança na incerteza
da riqueza.
(3) Esperem em Deus.
(4) Que pratiquem o bem.
(5) Que sejam ricos em boas obras,
generosos e prontos a repartir.
(6) Assim eles acumularão tesouros para si
mesmos e alcançarão a verdadeira vida.
Conclusão. Atentemos, pois as
tão importantes recomendações, a fim não sermos encontrados negligentes para
com a obra que o Senhor tem nos confiado.
A Ele, pois seja toda gloria e honra,
Pr. Jose
Ivan Barbosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário