sábado, 1 de agosto de 2015

Crescimento populacional vai diminuir ritmo da evangelização no mundo, dizem pesquisadores

Crescimento populacional vai diminuir ritmo da evangelização no mundo, dizem pesquisadores
Uma projeção da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que a população do planeta vai saltar dos atuais 7,3 bilhões para 11,2 bilhões até 2100. Esse crescimento vai dificultar a propagação do Evangelho, de acordo com o Center for the Study of Global Christianity (CSGC).
A previsão do CSGC de que a evangelização vai encontrar dificuldades para alcançar a totalidade da população mundial se baseia em dados históricos. Ao longo de dois mil anos, desde a Igreja Primitiva, o Evangelho alcançou 70% da população mundial.
O grande salto evangelístico aconteceu no século 20, que começou, em 1900, com 45,7% das pessoas do mundo cientes da mensagem de Jesus Cristo, e terminou, em 1999, com mais de 70% de alcance.
Porém, o salto populacional do período diminuiu o ritmo, e a previsão é que, por causa do maior número de pessoas no planeta, até 2050 esse percentual cresça apenas mais 2 pontos, chegando a 72%.
Nos últimos 45 anos, o número de organizações missionárias mais que duplicou, o que ajudou no crescimento da população abrangida. Em 1970 existiam 2.200 entidades dedicadas à propagar o Evangelho. Em 2015, esse número chega a 5.100.
Para o CSGC, a “desaceleração” do evangelismo vai acontecer também pela influência de outros fatores, como o crescimento de outras religiões e a necessidade dos cristãos em se dedicar à formação daqueles que se converterem, o discipulado.
Dentre os fatores que permitiram a explosão evangelística ao longo do século passado está o alcance às tribos africanas, que não possuíam vínculos com as principais religiões do mundo. Essa situação permitiu aos missionários apresentar a mensagem do Evangelho a grupos enormes, mesmo que nem todos tenham se convertido.
Por outro lado, em um século, o número de cristãos na África cresceu 67 vezes, saltando de 7 milhões em 1900, para 470 milhões em 2010. Por outro lado, no mesmo período, o número de muçulmanos passou de 11 milhões para 234 milhões. A percentagem de adeptos às religiões primitivas das tribos caiu de 76% para 13% em 110 anos.

Islamismo

A religião que oferecerá maior resistência à divulgação do Evangelho será a muçulmana. Hoje, os jovens adeptos ao islamismo já representam uma fatia maior dentro da religião do que os jovens representam para o cristianismo. Segundo o CSGC, os jovens são 34% dos muçulmanos, enquanto no cristianismo esse número é de 27%.
Outro dado importante é a taxa de natalidade entre os muçulmanos: ao longo da vida, as mulheres seguidoras de Maomé têm, em média, 3,1 filhos, contra 2,7 das mulheres cristãs, de acordo com oChristianity Today.
Dentro desse cenário, o CSGC prevê que, em 2050, o islamismo poderá ter mais adeptos do que o cristianismo. No entanto, o instituto alerta que essas perspectivas podem mudar, com eventos extraordinários, ou com dedicação dos missionários em evangelizar países com alto índice demográfico, como China e Índia, que hoje figuram das listas de maiores perseguidores aos cristãos.
Por Tiago Chagas / via gospelmais.com.br

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