terça-feira, 26 de agosto de 2014

RECOMENDAÇÕES DE PAULO AOS HOMENS DE DEUS


RECOMENDAÇÕES DE PAULO AOS HOMENS DE DEUS
(1Tm 6.11-20).

Introdução.  Temos lido nesta conclusão da Carta de Paulo a Timóteo, alguns conselhos finais do Apóstolo e em especial, algumas recomendações indispensáveis ao homem de Deus. É bem verdade que não encontramos muitos dos chamados “homens de Deus”, quando desfolhamos o Livro de Deus.

Em toda a Carta, Paulo procura disciplinar os cristãos com respeito a sua conduta e dignificando sempre o Evangelho, tendo como chave 3.15 que diz: “... para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade”.

Atentemos para os conselhos bíblicos que Paulo menciona, os quais devem fazer parte da vida do homem de Deus. Quais são esses conselhos? Vejamos:

Primeiro: Foge, (v. 11a). Neste mundo conturbado em que vivemos, a correria tem sido desesperada. Milhares de pessoas estão procurando correr e não se sabe nem mesmo de onde nem para onde. É o mal do século, a agitação é geral. O homem em busca de sua satisfação pessoal luta contra tudo e contra todos para alcançar o enriquecimento. Neste texto Paulo faz referencia ao perigo da correria desenfreada pelo deus “mamom”. Ele diz que “o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males”, (v.10). 

“Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas..” , (v.11). Que coisas? Existem situações em que não podemos ter receio de correr, de fugir, pois não é vergonhoso fugir do que injusto, ilegal, imoral e nocivo. De que o homem de Deus deve fugir?

(1)  Da tentação do enriquecimento a todo custo, sem preocupação com o que é lícito, com o que é legal. Mesmo que para tanto tenha que pisar o seu irmão.

(2)  Do laço da tentação, (v.9). A busca pelo reconhecimento, da fama, do poder, da notoriedade, de ser grande, de exercer o controle e domínio sobre outros. Tudo isso são atos inconsequentes de pessoas sem senso, que não pensam no próximo.

(3)  Da cobiça, que conduz ao desvio e ruína com consequências eternas, (v.9).

(4)  Da ganância. O homem moderno vive sua vida ignorando completamente a existência do Criador. Sua grande preocupação é consigo mesmo. E isso o tem tornado um ser altamente ganancioso e inescrupuloso.

(5)  Da prostituição, (1Co 6.18).

(6)  Da idolatria, (1Co 10.14).

(7)  Da aparência do mal, (1Ts 5.22).

E o Apóstolo diz...”Foge..”.. Para fugirmos de algo devemos procurar seguir alguma outra coisa, então Paulo nos trás seu segundo conselho:

Segundo: Segue / Busca, (v. 11b). Qual a grande busca do homem? O que muitos, ou quem muitos estão seguindo? Nossa busca tem sido direcionada ao que é superficial e volúvel, como: posição, sucesso, ou pessoas, políticos que lhe oferecem vantagens e benefícios pessoais. Porém, o conselho paulino é: seguir, buscar, o que?

(1)  A Justiça. Diante do quadro injusto que nosso país apresenta, somos desafiados a caminharmos na direção contrária e não somente sermos justos, mas, praticarmos e amarmos a justiça, (Mt 6.33).

(2)  A Piedade. As palavras piedade, piedoso (a) e piedosamente são encontradas mais de 40 vezes no NT. "piedade" vem do Latim, e tem dois sentidos: "1. Amor e respeito às coisas religiosas; religiosidade; devoção. 2. Pena dos males alheios; compaixão, dó, comiseração". É assim que o homem de Deus é orientado a seguir, ou seja, viver uma vida de devoção ao Senhor.

(3)  A Fé. “Sem fé é impossível agradar a Deus...”, (Hb 11.6). A fé é o elemento essencial que aproxima o homem com seu Criador, o que se dá através do reconhecimento de Seu filho Jesus como Senhor e Cristo.

(4)  O amor / A caridade. As palavras de Jesus ao moço rico: “... vai, e vende tudo quanto tens, e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me...”, (Mc 10.21), é a genuína demonstração do amor a Deus e ao próximo, pois quando assim fazemos estamos praticando o grande mandamento e a vontade de Deus para com o próximo.

(5)  A Paciência / A perseverança. Do Latin patientia, Resignação; conformidade em suportar os males ou os incômodos sem se queixar; perseverança tranquila; calma na continuação de qualquer tarefa ainda que esta seja difícil ou muito demorada; tranquilidade com que se espera aquilo que tarda.

(6)  A Mansidão. Sig. “força sob controle”. Era utilizada para falar, por exemplo, de um cavalo selvagem que foi domado. Ser manso não significa ser fraco, covarde.

Terceiro: Milita / Peleja / Combate, (v. 12a). Nossa vida cristã é comparada a uma luta. E o Apóstolo nos orienta a combatermos o bom combate da fé. Se ele faz referencia ao bom combate entendemos que existe o mau combate. Devemos combater, pois o bom combate:
(1)  Identificando contra quem estamos combatendo. Nossos inimigos são espirituais.
(2)  Com as armas adequadas, providas por Deus, (Ef 6.10-13).
(3)  Confiantes, na certeza que maior é o que está conosco do que o que está no mundo. 

Quarto: Toma posse, (v. 12b.). A vida eterna é uma realidade que todo ser humano terá que enfrentar. A vida eterna com ou sem Deus. Em ambas as situações, a maneira como vivemos aqui determinará nossa vida na eternidade. Existe uma batalha ferrenha no reino espiritual que luta para nos fazer desviar dos propósitos divinos para cada um de nós, que é o céu de Deus. Sabedor disso, Paulo instrui-nos: “... toma posse...”. é como que dizendo: O céu é tomado a força, (Mt 11.12; Lc 14.23; 16.16).

Quinto: Guarda, (vv. 14,20). O que se deve guardar? Deve se guardar este mandamento, (v.14). Até quando? Até a aparição de nosso Senhor Jesus Cristo, (v.14). Durante a vida temos procurado guardar muitas coisas desnecessárias, coisas até sem nenhum valor. Aqui somos aconselhados a guardarmos aquilo que é importante e que faz diferença na eternidade. Timóteo é também aconselhado a guardar o depósito que lhe foi confiado, (v.20). Deve também evitar conversas inúteis e profanas e as ideias contraditórias chamadas falsamente de ciência, ou conhecimento, como alguns ouvindo, desviaram da fé.

Sexto: Ordena / Manda, (v.17). Finalmente Paulo dedica algumas orientações que devem ser observadas pelos ricos, tais como:
(1)  Que não sejam arrogantes.
(2)  Não ponham sua esperança na incerteza da riqueza.
(3)  Esperem em Deus.
(4)  Que pratiquem o bem.
(5)  Que sejam ricos em boas obras, generosos e prontos a repartir.
(6)  Assim eles acumularão tesouros para si mesmos e alcançarão a verdadeira vida.

Conclusão. Atentemos, pois as tão importantes recomendações, a fim não sermos encontrados negligentes para com a obra que o Senhor tem nos confiado.

A Ele, pois seja toda gloria e honra,


Pr. Jose Ivan Barbosa

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