domingo, 10 de agosto de 2014

10 atitudes para se livrar do endividamento


Com mudanças de hábitos financeiros é possível quitar dívidas e sair da inadimplência

SÃO PAULO - Quatro em cada dez consumidores inadimplentes admitem que não vão pagar suas dívidas nos próximos três meses. A conclusão é de uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal Meu Bolso Feliz com 1.245 consumidores em todas as capitais.

O motivo citado por 36% dos entrevistados para o não pagamento das contas é não abrir mão do prazer de comprar os produtos que desejam. Segundo o educador financeiro do Meu Bolso Feliz, José Vignoli, a resistência em cortar despesas e em mudar o padrão de consumo são alguns dos erros mais comuns para quem precisa sair do vermelho e sinalizam a falta de preocupação com o futuro.

Por isso, mudar os hábitos de consumo é o primeiro passo para ter uma vida financeira mais equilibrada. Não sabe por onde começar? Veja as 10 dicas sugeridas pelo especialista e pela psicóloga Cristiane Vaz de Moraes Pertusi:

1 – Entenda seus gastos
Para saber como economizar, é preciso antes entender como você vem gastando o seu dinheiro. Com este levantamento em mãos, você conseguirá avaliar melhor quais dos seus comportamentos de compra geram gastos em excesso.

2 – Mudança de atitude
O primeiro passo para organizar as finanças pessoais é reconhecer a necessidade de mudar hábitos que colocam o bolso em risco. Dois graves erros são subestimar os pequenos gastos, que passam despercebidos no dia a dia e fazer compras para que as demais pessoas tenham uma imagem positiva ao seu respeito, principalmente, pelas coisas que você possui ou veste. Fazer uma autoavaliação para entender o porquê de não estar honrando seus compromissos financeiros também é fundamental para que a experiência sirva de aprendizado.

3 – Organize suas finanças
Todo mundo deve ter suas finanças minimamente organizadas. Quem está inadimplente, então, deve ser ainda mais disciplinado. A implantação do planejamento financeiro não deve ser adiada para que as dívidas não cresçam ainda mais. Não importa a ferramenta – algumas pessoas têm facilidade com planilhas ou aplicativos, outras recorrem à boa e velha caderneta de controle – o fundamental é sempre registrar tudo o que se ganha e se gasta e jamais confiar na memória, porque ela falha.

4 – Mude agora suas atitudes de compra
A revisão dos hábitos de consumo deve ser imediata. Com conhecimento para tomar as decisões mais acertadas, a pessoa fica menos vulnerável aos impulsos emocionais que a fazem gastar mais do que pode. Informe-se sobre os empréstimos e dívidas que contrai, compare juros, calcule suas opções, enfim, estude sua economia pessoal.

5 - Repense o uso do cartão de crédito
O cartão de crédito trouxe conveniência e segurança porque viabiliza o poder imediato de compra, mesmo que o consumidor não disponha de dinheiro no momento do uso. Mas para usufruir das vantagens, é preciso controle para que a pessoa não gaste mais do que efetivamente possa pagar. Aqueles consumidores que não quitam o valor integral da fatura correm o risco de cair no efeito ‘bola de neve’, já qua a taxa média cobrada nessas operações gira em torno de 200% ao ano. "É uma das maiores do mundo”, destaca José Vignoli. Ou seja, se já possui dívidas, deixe o cartão de crédito em casa por um bom tempo.

6 – Cartão de loja? Só se for para pagar em dia
Cada vez mais estabelecimentos oferecem aos seus clientes os benefícios de se ter o cartão da loja. Em geral, os juros por atraso ou pagamento mínimo dos cartões oferecidos pelas lojas são maiores quando comparados aos cartões de crédito tradicionais. Os juros por atraso ou pagamento mínimo dos cartões de lojas são maiores quando comparados aos cartões de crédito tradicionais, podendo chegar a mais de 600% ao ano, segundo pesquisa da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), enquanto os do cartão de crédito ficam em torno de 200%. Não é a toa que estes cartões ocupam o segundo lugar no ranking de dívidas em atraso, sendo mencionados por 48% dos inadimplentes, de acordo com a pesquisa do SPC e Meu Bolso Feliz.

7 – Seja consciente na hora de gastar
Muita gente associa o termo “economizar” com “deixar de fazer ou ter coisas”. Obviamente é preciso priorizar onde gastar o seu dinheiro e entender quando precisa controlar impulsos e guardar dinheiro. Lembre-se, no entanto, que embora a felicidade não esteja em um sapato novo, ela pode estar em uma tarde no parque com os amigos. “É fundamental investir em várias áreas da vida, inclusive na social. Quanto mais distribuídas estiverem suas fontes de bem estar, menos canalizado estará o seu prazer para gastos com bens materiais supérfluos que trazem apenas alegrias momentâneas”, ensina a psicóloga Cristiane Pertusi. Ou seja, economize, mas sem deixar de lado momentos de lazer.

8 – Tenha um "pé de meia"
Apesar de o desemprego se encontrar num nível historicamente baixo no país, ele foi citado por 24% da amostra como justificativa para a inadimplência. “Por mais que o desemprego seja um acontecimento alheio à própria vontade, um consumidor prevenido contaria com uma reserva emergencial para manter as despesas sob controle, evitando a inadimplência. Formar um ‘pé de meia’ para eventualidades é uma saída para organizar rendimentos e gastos. O recomendado é ter uma reserva financeira com a quantia suficiente para cobrir de três a seis meses de despesas da família”, orienta Vignoli.

9 – Cuide das suas emoções
Evite deixar aspectos da sua vida mal resolvidos. “Frustração, tristeza e ansiedade fazem com que, inconscientemente, a pessoa desconte tais emoções em gastos desnecessários que, com o tempo, resultam em dívidas”, alerta a psicóloga. Coloque a cabeça no lugar e acredite que, organizando-se melhor e com disciplina, você se verá livre de dívidas. Desconte as possíveis frustrações fazendo alguma atividade física, rindo com amigos, lendo um bom livro ou vendo um filme. Não comprando coisa que, futuramente, quando virarem novas dívidas, só gerarão ainda mais estresse e ansiedade.

10 – Se está endividado, negocie a dívida
Ao propor um acordo com o credor, é possível conseguir bons resultados como reduzir o tamanho das prestações, obter juros menores e prazos mais alongados. Se a intenção do consumidor for pagar à vista, é possível até pedir um desconto no valor total da dívida.


Fonte:http://dinheiro.br.msn.com/veja

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