quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Policia Federal – Investiga Lideres De Seitas – Escravidão de Fieis


Polícia Federal, com a participação do Ministério do Trabalho, iniciou nesta terça-feira, 6, a Operação Canaã – A Colheita Final para combater a condição análoga à de escravidão, tráfico de pessoas, estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Tais  crimes teriam sido praticados por líderes da seita religiosa Jesus, a Verdade que Marca.

Segundo a Policia Federal,  22 mandados judiciais de prisão preventiva.

17 mandados judiciais de interdição de estabelecimento comercial.

 42 mandados judiciais de busca e apreensão, todos expedidos pela 4ª Vara Federal em Belo Horizonte capital Mineira.

 Fazem parte  da operação Canaã: 220 policiais federais.

 55 auditores fiscais do Ministério do Trabalho nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Bahia.

Desenvolvida com a participação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel do M.T.E, a investigação aponta que dirigentes da seita religiosa teriam aliciado pessoas em sua igreja em São Paulo, convencendo-as a doarem todos os seus bens para as associações controladas pela organização criminosa.

“Para isso, estes lideres, teriam se utilizado de ardis e doutrina psicológica, sob o protesto de convivência em comunidades, onde todos os bens móveis e imóveis seriam compartilhados”, informa a nota da Policia Federal.

“Depois de fortemente doutrinados, os fiéis teriam sido levados para áreas rurais “roças”  e urbanas em Minas Gerais (Contagem, Betim, Andrelândia, Minduri, Madre de Deus, São Vicente de Minas, Pouso Alegre e Poços de Caldas), na Bahia (Ibotirama, Luiz Eduardo Magalhães, Wanderley e Barra) e em São Paulo (Capital).”

De acordo com a Policia Federal, nestes locais, os fiéis ‘teriam sido submetidos a longas  jornadas de trabalho, sem nenhuma remuneração.

 Trabalhando em lavouras e em comércios dos mais variados tipos, como:

 Oficinas mecânicas, postos de gasolina, pastelarias, confecções’.

“Por meio da apropriação do patrimônio dos fiéis e dos trabalhos de atividades comerciais sem o pagamento da mão-de-obra, a seita teria acumulado volumoso  patrimônio, contando com residências, fazendas e veículos de luxo”, afirma a Policia Federal.

“Atualmente, estaria expandindo seus empreendimentos para o estado do Tocantins, baseados na exploração ilegal.”

A investigação teve início em 2011, quando a seita estava migrando de São Paulo para Minas Gerais.

Em 2013, foi deflagrada a Operação Canaã, com inspeções em propriedades rurais e em algumas empresas urbanas. Em 2015, foi desencadeada sua segunda fase De volta para Canaã, quando foram presos temporariamente cinco dos líderes da seita.

A deflagração de hoje representa a terceira fase da operação, com a prisão preventiva de:

 22 líderes da seita, que poderão cumprir até:

 42 anos de cadeia , se condenados forem

O nome da operação é uma referência da bíblica sagrada à terra prometida.


Fonte: Diarinhogospel.co,.br / Com informações Estadão

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