terça-feira, 26 de maio de 2015

“Deus ajudou”, diz piloto sobre pouso forçado de avião que transportava Angélica e Luciano Huck

“Deus ajudou”, diz piloto sobre pouso forçado de avião que transportava Angélica e Luciano Huck
O acidente aéreo envolvendo os apresentadores Angélica e Luciano Huck não se transformou em tragédia por intervenção divina, segundo o piloto da aeronave, Osmar Frattini.
Uma pane em um dos motores fez o avião Embraer 820C, matrícula PT-ENM, perder altitude, o que motivou a decisão da tripulação – piloto e copiloto –  em fazer um pouso de emergência numa área de pasto.
Com apenas um dos motores funcionando, o piloto avisou à torre de controle e ao esquadrão de resgate da Força Aérea Brasileira (FAB) que iria buscar uma área plana onde pudesse fazer um pouso de emergência, pois estava a dez minutos do aeroporto de Campo Grande (MS).
Ao encontrar o local, Frattini optou por desligar o motor que restava e não acionar o trem de pouso da aeronave. O piloto temeu que, com o motor funcionando, houvesse uma explosão no momento do impacto com o solo, e com o trem de pouso baixado, o avião pudesse capotar já que a aterrissagem era feita num pasto, e não em uma pista.
“Quando o avião pousou, foi preciso retirar todo mundo às pressas porque cheirava combustível”, relatou Lucilene Vaz, esposa do piloto. “A preocupação dele era principalmente com as crianças. Ele precisou ter calma […] Ele pediu ajuda para o pessoal da fazenda. Acho que foi um milagre. Todo mundo tem que agradecer a Deus”, acrescentou.
Segundo Lucilene, o piloto sentia dor do peito, por causa do impacto contra o manche da aeronave, e tinha pequenos ferimentos na cabeça e na perna. “Mas, ele está bem”, tranquilizou.

Desespero

Lucilene afirmou ainda que a apresentadora Angélica se desesperou no momento que seu marido anunciou que seria necessário fazer um pouso de emergência: “Na hora que ele avisou que ia ter que fazer o pouso forçado, a Angélica se desesperou e gritou muito”, contou, de acordo com informações do site Diário Digital.
A equipe de resgate ressaltou a perícia do piloto ao tomar decisões cruciais para o sucesso do pouso forçado: “Ele já procurou um espaço para que ele pudesse fazer o pouso de emergência. Você vê que aqui é uma região bastante acidentada, ele conseguir esse espaço e fazer esse procedimento é algo de bastante perícia”, disse o capitão do Corpo de Bombeiros Silvio Romero, lembrando que a aeronave sobrevoava a região da Serra de Maracaju no momento da falha mecânica.
O capitão do Exército Mauro Pascale, que atuou na operação de resgate, também elogiou o piloto: “Ele conseguiu aí fazer um pouso forçado, vamos dizer, com sucesso, e dado aí a energia envolvida no acidente aeronáutico, tenho certeza aí que foi uma sobrevida, uma segunda chance para esses tripulantes, passageiros e o piloto foi muito bem na operação dele, com certeza”.
O avião, que pertence à empresa Mato Grosso do Sul Taxi Aéreo, está com documentação regularizada e com manutenção válida até o dia 12 de junho, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

“Deus ajudou”

Na chegada ao hospital, o piloto Osmar Frattini concedeu uma rápida entrevista à repórter do programa Fantástico, da TV Globo, e contou que acreditava numa intervenção divina para o sucesso do pouso.
Piloto: Deus ajudou.
Repórter: Mas por que o senhor não baixou o trem de pouso?
Piloto: Porque se baixar o trem de pouso, já complica.
Repórter: Mas o que aconteceu?
Piloto: Uma pane.
Logo após a chegada ao hospital do casal de apresentadores, seus três filhos e as duas babás que estavam no avião, a Santa Casa de Campo Grande informou que todos foram submetidos a exames de tomografia e raio-x.
Luciano Huck caminhava com dificuldades e sentia dores, o que levantou suspeita de fratura em uma vértebra. Sua esposa chegou em uma maca, e os médicos suspeitavam de uma fratura na bacia. Um dos filhos do casal teve um corte no rosto.
Após os primeiros atendimentos, eles foram transferidos para uma base aérea em Campo Grande, onde embarcaram para São Paulo em dois aviões UTI móvel. Na chegada à capital paulista, foram diretamente para o Hospital Israelita Albert Einstein, onde foram submetidos a uma bateria de exames.
Por Tiago Chagas / via gorpelmais.com

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