segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Marina Silva tece duras críticas contra políticos evangélicos que “transformam púlpitos em palanques”

Marina Silva tece duras críticas contra políticos evangélicos que “transformam púlpitos em palanques”
Na última sexta feira (26), a candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, se reuniu com um grupo de líderes evangélicos em São Paulo. Durante o evento, que não foi divulgado na agenda oficial da candidata, Marina teceu duras críticas contra políticos evangélicos que, segundo ela, “instrumentalizam a fé” ao transformar “púlpitos em palanques” e vice-versa.
Reunindo cerca de 200 pastores e líderes cristãos como Ed René Kivitz, Valnice Milhomens e Lélis Marinho, o encontro aconteceu no clube Homs, na Avenida Paulista.
Missionária da Assembleia de Deus, Marina Silva usou parte de seu discurso durante o encontro para apontar diferenças entre “evangélico político” e “político evangélico”. A candidata afirmou que o perigo está no segundo grupo, que “instrumentaliza a fé” ao transformar “púlpitos em palanques”.
- Vocês sabem que jamais fiz isso – afirmou Marina Silva, que também ressaltou a defesa do Estado Laico em seu discurso.
- Conheço pessoas que não professam nenhuma fé e que são mais éticas do que outras que arrotam a fé todo dia – afirmou.
Marina Silva também falou contra o “discurso de conveniência” feito por muitos políticos evangélicos entre aqueles que professam sua fé e afirmou que defende “entre quatro paredes” a mesma coisa que grita “do telhado”.
A candidata rebateu também as críticas que tem recebido de que, se eleita, tentaria impor sua religião no país. Ela citou como exemplo de que isso não é verdadeiro sua própria equipe de campanha que tem como coordenadores o judeu Walter Feldman e a católica praticante Luiza Erundina.
Os religiosos presentes no evento também se juntaram a Marina Silva para refutar a ideia de que ela tentaria impor sua visão religiosa sobre o país, somente por ser evangélica. O pastor Ed René Kivitz, da Igreja Batista da Água Branca, afirmou que é preciso combater a ideia de que ser evangélico é ser “ignorante, moralista, intransigente, homofóbico e intolerante”, e que “o imaginário da nossa sociedade” confunde “evangélico com xingamento”.
Kivitz defendeu também o “respeito às consciências individuais” e o “compromisso com a defesa dos direitos humanos e das minorias”, ressaltando que o problema está na “caricatura nefasta” dos evangélicos, incentivada por “ufanismo e messianismo” no meio gospel.
Segundo a Folha de S.Paulo, entre os presentes na reunião ecoava também a ideia de que pastores com grande projeção na mídia como Silas Malafaia e Marco Feliciano estão longe de ser uma unanimidade entre os evangélicos, e que suas ideais acabam reverberando apenas devido à visibilidade que eles têm nos meios de comunicação.
 
Por Dan Martins / via gospelmais.com.br
 

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