O reverendo Carlos Eduardo Calvani, da Igreja Anglicana no Brasil, publicou
na última semana, um texto no qual compara a relação dos evangélicos brasileiros
com a política com regimes fundamentalistas islâmicos, afirmando existir no país
um “projeto de tomada de poder”, arquitetado por pastores de líderes
evangélicos.
- O movimento evangélico hoje é um dos maiores perigos para a sociedade
brasileira e o Estado Laico por seu potencial fundamentalista Malafaia,
Feliciano, Rodovalho, Macedo, R.R. Soares e outros nomes menores que estão
despontando – afirmou Calvani, em artigo publicado no site Campo Grande
News.
Em seu texto, o pastor anglicano afirma que a única diferença entre os
políticos evangélicos e o fundamentalismo islâmico reside nos referenciais
religiosos nos quais se apoiam, e que ambos usam seus discursos para enganar
aqueles que classifica como “analfabetos funcionais” de forma a cometer
barbaridades em nome de sua fé.
- Alguém em são consciência e com um mínimo de instrução ou sensibilidade
consegue acreditar neles e em seus discursos? Somente os analfabetos funcionais,
que pouco leem (aliás, sequer a Bíblia leem, ou leem com olhares medievais) os
apoiam.
Calvani afirma ainda que “os evangélicos têm um projeto de tomada de poder na
sociedade brasileira”, classificado por ele com um “projeto político muito
perigoso para o Brasil”.
- Utilizam as Escrituras Sagradas do modo como lhes convém, para interferir
na Comissão de Direitos Humanos, para propor ou alterar leis e infringir
descaradamente as cláusulas pétreas da Constituição Federal – explica, afirmando
que tais religiosos se infiltram em partidos políticos para arquitetar essa
tomada de poder.
O pastor diz ainda que os políticos evangélicos não têm fidelidade partidária
nem princípios sociais claros, e os classifica como mesquinhos e egoístas que
tem como princípios a promiscuidade “igreja-estado”.
- No fundo, seu projeto é acabar com as manifestações religiosas com as quais
não compartilham, sejam elas católico-romanas, espíritas, do candomblé, umbanda
ou de qualquer outra religião que não a deles – completa o pastor, que
classifica a bancada evangélica como a mais inútil do Congresso Nacional.
Carlos Eduardo Calvani completa afirmando que os evangélicos “não hesitarão
em se infiltrar nas forças armadas utilizando o potencial bélico brasileiro para
seus objetivos”. Ele diz ainda que tão movimento político levará o Brasil a
viver um “talibã evangélico”, e compara também esse distópico futuro político a
regimes como o nazismo, com seus campos de concentração.
- Destruirão o “Cristo Redentor” e qualquer outro monumento de outra
religião; sim, se tiverem pleno poder proibirão o carnaval, festas juninas,
romarias marianas, terreiros de candomblé e exigirão conversão forçada a seu
modelo de vida e à sua religião – conclui o reverendo.
Por Dan Martins, para o Gospel+
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