Um grupo de missionários ligados à Missão Portas Abertas esteve recentemente
no Irã, em contato com os cristãos do país para ensiná-los de forma mais
aprofundada sobre o cristianismo e a Bíblia Sagrada, e voltou com um testemunho
marcante de uma jovem convertida.
A jovem Sheeften contou aos missionários que há uma década tinha sonhado com
Jesus, mas não tinha entendido o significado daquele sonho – que a levou a
conversão – até o encontro com os missionários.
“Há exatamente dez anos, eu tive um sonho. Eu vi Jesus vindo à minha direção
com um colar. Ele o colocou em meu pescoço. Baixei a cabeça para olhar melhor e
vi que era uma cruz com um coração ao centro onde estava escrito o número dez.
Na época, eu não sabia o que isso significava, mas, daquele momento em diante,
soube que Jesus existia”, declarou a jovem numa carta.
Segundo Sheeften, sua família é muçulmana e “bastante devota”, e seu contato
com o cristianismo aumentou depois que se matriculou na faculdade para estudar
psicologia. “Uma das disciplinas estudadas era sobre as religiões do mundo. Como
tarefa, precisávamos escrever acerca de uma dessas religiões. É claro que
escolhi aprofundar meus estudos sobre o cristianismo. Eu não sabia muito bem por
onde começar, então decidi ligar para uma central de informações e perguntei
onde poderia encontrar uma igreja. Eles me indicaram uma congregação em minha
cidade a qual fui visitar. Naquele dia, entreguei minha vida ao Senhor Jesus”,
testemunhou.
Apesar de sua decisão ter sido definitiva, a jovem sofreu pressões de sua
família para negar sua fé: “Somente nos últimos meses ela aceitou o fato de que
agora sou cristã. Meu pai ainda não vê isso com bons olhos, mesmo assim, estou
feliz por meu marido também ser cristão”.
Sheeften afirma que sua opção limitou o contato com sua terra natal: “Nós não
podemos voltar à igreja onde me converti a Cristo porque é muito perigoso para
nós, já que antes éramos muçulmanos. Em nosso grupo de oração doméstico nós
instruímos outros cristãos e eu aconselho pessoas da igreja que sofrem com
problemas no casamento, depressão e, muitas vezes, tendências suicidas”, revelou
a jovem, mostrando-se ativa em sua congregação.
Na carta, Sheeften afirma que apesar da perseguição, tem se mantido firme, e
após dez anos, consegue entender como a vontade de Deus se realiza: “Não é fácil
ser cristão no Irã, por isso estou tão contente em ter você aqui comigo hoje, me
encorajando e orientando sobre coisas nossas. Eu acredito que é isso que o
Senhor queria dizer a mim com o número dez: que, ao somar dez anos, desde aquele
dia, eu estaria aqui com você, conhecendo mais de Deus, compartilhando ideias e
pensamentos com alguém que também é cristão e que pode me ajudar a aconselhar
melhor meus irmãos”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
Nenhum comentário:
Postar um comentário