Não tenho números. Mas tudo indica que a manifestação no Rio é a maior do país, superando a de São Paulo. As televisões fazem um estrago danado com a inteligência dos pobres telespectadores, sem exceção. Na Record, um tal Marcelo Rezende faz de conta que estamos assistindo à verdadeira Queda da Bastilha — já que aquela de 1789 foi a falsa, né? Quando a prisão foi tomada, não havia lá mais do que meia dúzia de vagabundos. Na GloboNews, em tom mais contido, exalta-se o valor democrático dos protestos — sempre na linha “somos todos companheiros, e quem causa tumulto é a polícia”. A diferença entre Rezende a GloboNews é só de tom, não de conteúdo. O repórter de polícia, naquele estilo muito característico, fala o que dá na telha. A emissora mais chique chama professores universitários, e estes… falam o que lhes dá na telha.
Em Brasília, a coisa também está pegando fogo (já falo a respeito). Uma coisa é certa: os protestos do Rio, de Brasília e de Belo Horizonte não são contra o valor da passagem de ônibus, não! O foco é a gastança de dinheiro público com a Copa do Mundo.
Eu bem que tentei advertir os petistas: “Parem de flertar com a bagunça; estão abrindo a Caixa de Pandora”. Agora eu quero ver como fazer para devolver os sustos para a dita-cuja.
Por Reinaldo Azevedo
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