quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Donald Trump deve anunciar reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel

Donald Trump deve anunciar reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel

Jerusalém será reconhecida, formalmente, pelo governo norte-americano como a capital de Israel. A decisão é mais um passo em direção a cumprir uma promessa feita em campanha pelo presidente Donald Trump.
Na última terça-feira, 05 de dezembro, Trump ligou pessoalmente para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a fim de informá-lo que o anúncio oficial será feito em breve. Fontes do governo disseram à mídia internacional que é possível que o presidente dos EUA comunique a comunidade internacional nesta quarta-feira.
Além de Netanyahu, Trump ligou para o presidente da França, Emmanuel Macron, assim como para o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e com o rei da Jordânia, Abdullah II. A notícia não foi bem recebida pelos líderes árabes, que repudiaram publicamente a decisão dos Estados Unidos e disseram que a notícia poria fim ao processo de pacificação da região.
Na prática, o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel já foi feito pelos Estados Unidos em 1995, quando o Congresso aprovou a mudança da embaixada norte-americana para a cidade. Desde então, nenhum presidente pôs em prática a medida, mas Donald Trump assumiu esse compromisso durante a campanha.
A polêmica se situa no fato de que, apesar de Israel considerar Jerusalém sua capital, a cidade de Tel-Aviv é que concentra as embaixadas dos demais países e as sedes dos principais órgãos públicos israelenses.
O lado oeste de Jerusalém é um território exclusivo de Israel desde que o país foi criado em 1948, mas a parte leste, onde a população é predominantemente árabe, é alvo de disputa, pois em 1967, na chamada “guerra dos seis dias”, Israel conquistou esse território. Agora, os palestinos querem estabelecer nessa parte da cidade a capital do país que planejam fundar, com apoio da ONU.
Segundo o jornalista Helio Gurovitz, do G1, “no final do governo de Bill Clinton, o então premiê Ehud Barak aceitou conceder aos palestinos soberania sobre Jerusalém Oriental, mas a negociação foi abortada pela recusa do então líder palestino, Iasser Arafat”. Esse capítulo das negociações evidencia que não há disposição para um diálogo por parte dos árabes em relação à cidade.

+ Irã ameaça ir à guerra contra Israel e aliados dos EUA por Jerusalém

A iniciativa de Trump em reconhecer Jerusalém como capital de Israel foi condenada em termos duros pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan: “Jerusalém é uma linha vermelha para os muçulmanos”, disse ele, que ameaçou cortar relações diplomáticas com os Estados Unidos.
Fonte: noticias.gospelmais.com.br

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