segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Em busca do apoio de evangélicos em sua reeleição, presidente Dilma Rousseff orienta Senado a não votar PLC-122


Em busca do apoio de evangélicos em sua reeleição, presidente Dilma Rousseff orienta Senado a não votar PLC-122
A presidente Dilma Rousseff realizou na última semana uma manobra para cooptar apoio de políticos evangélicos para sua reeleição nas próximas eleições. De acordo com o portal iG, a estratégia da presidente foi orientar a base no Senado a ceder ao desejo dos religiosos e não votar neste ano a PLC-122, motivo de inúmeras polêmicas entre políticos evangélicos e ativistas gays.
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A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi a responsável por entrar em contato com os senadores por telefone, e orientou bancada a só votar a proposta depois das eleições, o que seria a condição imposta por evangélicos em troca de apoio para a reeleição da presidente.
 
Palco de constantes embates políticos entre parlamentares evangélicos e ativistas gays, as discussões a respeito da PLC-122 não geram consenso nem mesmo entre senadores da base ou entre senadores do próprio PT que integram a comissão.
 
Segundo o iG, a rejeição ou adiamento da votação da proposta como condição para apoiar a candidatura de Dilma Rousseff foi apresentada ao Planalto por senadores ligados a igrejas evangélicas, como Magno Malta (PR-ES). O senador, que também é pastor de uma igreja batista, reafirmou sua oposição ao projeto, e criticou a presidente por descumprir promessas feitas a lideranças evangélicas.
 
- Não adianta na época de eleições tomar café com pastor, visitar as igrejas e depois de eleitos, defenderem projetos contra a família, da forma que foi concebida por Deus. Nós vamos nos posicionar contrários aos políticos que defendem essa ideologia homossexual. No segundo turno das eleições, andei este país inteiro com a Dilma, mas agora ninguém vai me usar mais – afirmou Malta.
 
Já aprovado na Câmara, o projeto ainda terá que ser aprovado pela CDH e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, e antes de chegar ao plenário da casa.
 
 
Por Dan Martins, para o Gospel+

Natal para especialistas, Papai Noel já é mais famoso que Jesus Cristo entre brasileiros

 

Natal para especialistas, Papai Noel já é mais famoso que Jesus Cristo entre brasileiros
A disseminação da cultura natalina que valoriza o Papai Noel estaria tornando-o o folclórico personagem mais famoso que Jesus Cristo, afirmam especialistas.
 
O psicólogo Sérgio Kodato, professor da Universidade de São Paulo, acredita que o Papai Noel já é sinônimo de Natal na lembrança das pessoas, que já não associam a data ao aniversário de Jesus.
 
“Os discípulos de Jesus Cristo pisaram feio na bola, se envolveram em escândalos, administraram a igreja com gula, cobiça e luxúria, perderam fiéis. Enquanto papa Francisco não vinha, o esperto Noel já ancorado na fama do milagreiro São Nicolau, se associou a um refrigerante como seu garoto propaganda, tomou essa forma vermelha e branca, rechonchuda, surfando na onda desse consumismo desenfreado e sua felicidade paradoxal. Quando ele aparece, nos remete imediatamente àquele ‘tempo em que éramos felizes, sabíamos e achávamos que era para sempre’”, explica Kodato.
 
O padre Gilberto Kásper lamenta que o ícone do consumismo tenha ganho tanta importância no imaginário das pessoas: “Hoje o consumismo substituiu a cultura do encontro e da presença das pessoas em família ... Atualmente, não sentimos mais a espiritualidade natalina. São raros os lares que ainda mantêm essa aura, com almoços ou reuniões comprometidas na fé”, lamentou.
 
Para o rabino Alexandre Leonel, as motivações consumistas provocaram mutações até nas origens do Papai Noel, tornando-o mais atraente às massas.
 
Com um “olhar de fora” sobre a questão, o rabino apontou para alguns detalhes históricos na questão: “Sobre isso, parece não haver dúvidas. E o Papai Noel festejado no Brasil não pode ser comparado com Santa Claus, um bispo da igreja católica, admirado pelos europeus. Me parece que em décadas passadas, os brasileiros comemoravam a data com outro viés, armando presépios, participando de ritos cristãos, como a missa do Galo e reunindo a família. Hoje, impera um estilo mais comercial, com trocas de presentes. Mas, como rabino, não tenho o mínimo direito de me intrometer na religiosidade dos brasileiros (embora tenha nascido no Brasil). Seria o mesmo de querer impor ao Brasil, o ritmo do Carnaval de Veneza, com suas máscaras de papel machê e fantasias abafadas”.
 
Para Júlio Chiavenato, jornalista que participou do levantamento feito pelo Jornal A Cidade, não dá para definir “se Papai Noel é mais famoso que Jesus Cristo. Mas não há dúvida que Noel é muito mais querido pelas crianças”.
 
O “complexo de vira-lata” que Nelson Rodrigues usava para se referir à ideia do brasileiro de que o que vem do exterior é bom também foi usada por Chiavenato para explicar o sucesso do Papai Noel entre os brasileiros: “No Brasil sempre se associou o que é estrangeiro ao que é bom, superior. Além do mais, para a imaginação infantil, a fantasia do velho gordo é apelativa. Por outro lado, a massiva propaganda comercial quase obriga as crianças a adorarem o velho esquisito, mais apropriado para a Disneylândia do que para as festividades do cristianismo”, ressaltou.
 
O Papai Noel nos moldes como se conhece hoje é uma criação publicitária, encomendada pela Coca-Cola para suas campanhas de Natal. Até então, o personagem Papai Noel era amplamente associado a um santo católico pelos europeus, e usava roupas verdes. Como no folclore dos Estados Unidos o verde é a cor do Grinch, uma figura natalina rancorosa, a empresa de refrigerantes passou a veicular anúncios do Santa Claus – nome usado pelos norte-americanos para o Papai Noel – vestido de vermelho, e assim, associá-lo às cores de sua marca.
 
Fonte: Gospel Mais

sábado, 14 de dezembro de 2013

A SIMPLICIDADE É ADMIRÁVEL:Warren Buffett: o bilionário modesto

Com hábitos de classe média, o segundo homem mais rico dos EUA conta por que não se importa de viver sem luxo

 
 

 
Reprodução/FORBES Brasil
Reprodução/FORBES Brasil
O norte-americano Warren Edward Buffett, 83 anos, é certamente o mais emblemático megainvestidor do século 20 e caminha para ocupar o mesmo título no século 21 – ou pelo menos em suas duas primeiras décadas. Não por acaso é o quarto homem mais rico do mundo, com uma fortuna de US$ 58,5 bilhões.




Nos Estados Unidos é o segundo mais abastado, ficando atrás apenas de Bill Gates, fundador da Microsoft. Nem a idade, tampouco um câncer de próstata, foram suficientes para abalar Buffett, o presidente, chairman e CEO da Berkshire Hathaway, um conglomerado baseado em Omaha (Nebraska) que administra uma série de empresas como a companhia de seguros Geico e a famosa fabricante de ketchup Heinz (arrematada em sociedade com o bilionário brasileiro Jorge Paulo Lemann). Buffett, também o 15º homem mais poderoso do mundo, conseguiu fazer com que a Berkshire fechasse 2012 com uma receita de US$ 162,4 bilhões.

Homem de muitos cifrões e títulos, Buffett é o contrário do estereótipo de bilionário todo-poderoso. Não dirige carrões de milhões de dólares nem vive em mansões cinematográficas com pias de ouro no banheiro e corredores cobertos por mármore de Carrara. Sua alimentação, dizem, é frugal. Ele está longe da imagem dos ricos que passam o dia na piscina de casa, sendo atendidos por um batalhão de funcionários, bebericando champanhe e beliscando torradinhas com caviar. E é claro que poderia. A fortuna do empresário engordou US$ 12,5 bilhões em relação ao ano anterior, mais do que qualquer outro membro da FORBES 400.


Apesar disso tudo, Buffett é um homem mais simples do que se imagina. Pessoalmente, leva uma vida muito parecida com a da classe média americana. Acredite, pois ele é exatamente assim, admitiu em entrevista à revista, realizada durante o II Encontro Anual de Filantropia da FORBES, realizado em 4 de junho nas Nações Unidas. O grande investidor também se mostrou um grande pai (de três filhos) em conversa com a FORBES. Desde cedo, incentivou sua prole a mudar o mundo – ao invés de nutrir paixões por carros esportivos e grifes.


“Meus filhos tiveram uma criação bastante normal. Quero dizer: eles e eu só moramos em uma casa principal que tive a vida toda e comprei em 1958. Portanto, eles não nos viam mudar para casas cada vez mais luxuosas e não voavam em aviões particulares. Iam de ônibus à escola. Todos os membros da família Buffett em Omaha cursaram o ensino público. Eles frequentaram a mesma escola que a mãe deles tinha frequentado, inclusive no ensino médio”, revela Buffett.



família morava em uma área na qual, em valores de hoje, os vizinhos ganhavam algo em torno de US$ 75 mil por ano. Por conta disso, ninguém da casa do lado direito, esquerdo, da frente, de trás e das ruas no entorno desconfiavam viver ao lado de um bilionário. Todos supunham viver ao lado de alguém como eles. À medida que a riqueza de Buffett crescia, a rotina do empresário mantinha-se inabalável.


“Eu só vivia a vida que eu queria viver, e minha mulher vivia a vida que ela queria viver. E nossos filhos cresceram assim. Não tinha nada que nós quiséssemos e que não pudéssemos ter, mas nós não desejávamos um monte de posses ou algo do tipo. Estávamos aproveitando a vida. Nossa casa era o centro das atividades, particularmente para os amigos da minha filha. E os vizinhos não achavam que fazíamos nada de especial. Eles ficavam imaginando o que eu fazia, porque durante seis anos eu não tinha sequer um escritório. Por seis anos eu trabalhei em casa, numa parte do meu dormitório. Não tinha secretária nem contador. Por isso, não houve nenhum motivo para meus filhos desenvolverem sentimentos estranhos com relação ao dinheiro”, revela.


Não fosse a lista dos 400 americanos mais ricos da FORBES e Peter Buffett provavelmente não teria compreendido a dimensão da riqueza criada por sua pai, Warren. “Foi nessa época que descobrimos quanto dinheiro nossa família tinha. Não estou brincando. Foi quando eu tinha meus 20 e poucos anos que minha mãe e eu conversamos em algum momento, porque lá estava ele nessa lista. E nós rimos daquilo porque achamos que era algo engraçado, uma surpresa mesmo. Contudo, todo mundo passou a nos tratar de modo diferente”, recorda.


“Foi uma mudança fascinante, embora não muito grande, porque não vivíamos naquele mundo ou num contexto cultural onde se exibisse muita riqueza. Nossos amigos ficaram tão surpresos quanto eu”, conta Peter. Nessa época, completa o pai, seus filhos já estavam crescidos e sabiam quem eram seus amigos. “E os amigos eram amigos porque gostavam deles, e não por serem os riquinhos do bairro ou coisa do gênero”, conta Buffett.
 

Filantropo conhecido, Buffet conta que ele e a mulher tomaram a decisão de doar uma parte de seu dinheiro quando ainda tinha 20 e tantos anos. O casal, lembra, já tinha tudo que queria ou necessitava. A ideia sempre foi a de doar. “Nós criamos a fundação da família lá atrás, nos anos 1960. Também chegamos juntos à conclusão de que, apesar de podermos ter uma grande fundação familiar, seria importante que cada um dos três filhos tivesse uma fundação distinta”, afirma.

Atento ao formato das fundações, Buffet conta ter observado alguns modelos com problemas por conta da existência de três, quatro ou cinco filhos no conselho. Há sempre alguém pronto para contestar por se sentir prejudicado. E isso tende a crescer. “Aí eles começam a se lembrar de que um deles torceu o rabo do gato quando tinha 6 anos de idade (risos), e a coisa pode acelerar”, conta.

Há 25 anos, Buffett confessa ter separado um valor relativamente pequeno para cada um. No final dos anos 90, ele constituiu três sociedades. Então, no Natal, ele as deu de presente para cada um dos três filhos. “Cada uma começou com US$ 10 milhões, mas nós dissemos que isso aumentaria mais e que nós não faríamos comparações entre elas. Em filantropia, ninguém sabe quais atividades vão dar retorno nem quando. Por isso, nós faríamos acréscimos ao longo do tempo, mas os acréscimos seriam iguais para as três.”

Primeiro ele criou uma fundação bem pequena e, a partir de 1999, uma maior. Seu caixa saltou de US$ 10 mi- lhões para US$ 120 milhões em seis anos, o que levou a família Buffett a aprender muito sobre como usar o dinheiro para fazer o bem. Abraçar a filantropia se mostrou uma causa desafiadora. “Eu tinha uma carreira e uma vida que adorava. Tinha coisas para fazer todo dia. Então, assumir isso de repente, nessa escala, teria sido uma enorme... É lógico que não vou usar a palavra “dificuldade”, mas teria afetado o foco da minha atenção. Passei dois anos realmente atento. Estava aqui em Nova York e foi como uma master class porque podíamos falar com quem quiséssemos. É engraçado, sabe? Quando você tem uma fundação de US$ 1 bilhão, suas piadas são mais divertidas, você é mais bonito, é simplesmente mágico”, conta Peter Buffett.

O pai, Warren, olha para o filho com orgulho. Qual o segredo para incentivar os filhos a se superarem profissionalmente e pessoalmente? “Nós nunca demos instruções sobre detalhes, mas acho que eles captaram os valores que eram significativos para mim e para a mãe deles. Uma das coisas pelas quais sou mais grato ao meu pai é que ele me apoiava em tudo que eu fazia. Ele não tentava viver a vida através de mim. Eu tentei transmitir isso aos meus filhos”, revela. Sem dúvida alguma, os filhos foram seu melhor investimento.
 
 
Fonte:msn.com.br

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

PELÉ: Dois netos de Pelé conseguem, na Justiça, obrigá-lo a pagar pensão a eles


Dois netos de Pelé conseguiram, através da Justiça, obrigar o ex-jogador a pagar pensão de sete salários mínimos para cada um, cerca de R$ 4700. Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal “Folha de S. Paulo”, eles são filhos de Sandra Arantes do Nascimento Felinto, que chegou a travar uma batalha judicial para ser reconhecida como filha de Pelé.
 
Ela morreu em 2006 e o pai dos meninos afirma que não tem condições de prover o sustento das crianças sozinho. Segundo os advogados, antes da ajuda, os netos de Pelé não conseguiam comprar 'uma roupa melhor', morar em casa 'confortável', ter alimentação 'adequada' nem viajar, ir a um clube e ter médicos e dentistas razoáveis.
 
Os desembargadores consideraram que os meninos 'passam privações não suportadas pelos outros netos' de Pelé. Um dos magistrados, o único que foi contra a decisão, considerou que o dinheiro pedido pelos netos de Pelé não se destinará à subsistência, mas, sim, à melhoria de suas 'condições sociais'. Ele ainda frisou a insistência dos meninos em obter ajuda para 'conhecer a Disney'. A assessoria do ex-jogador afirma que ele não pretende se manifestar sobre o caso.
 
 
 
Fonte: msn.com.br

CGADB: Justiça anula AGE de São Paulo e reintegra Ivan Bastos como tesoureiro da CGADB

jonatas camara e ivan bastos

Em decisão de mérito tomada ontem, dia 9 de dezembro, pelo juiz José Renier da Silva Guimarães, da 5ª Vara Cível de Manaus, AM, o pastor Ivan Bastos foi reintegrado ao quadro de associados da CGADB e à função de 1° Tesoureiro para a qual foi eleito na AGO realizada no mês de abril em Brasília. A decisão se estende, também, ao pastor Jônatas Câmara. Embora ele não tenha sido julgado pela Mesa Diretora da CGADB à época, em virtude de sua ausência por motivo de tratamento de saúde, o seu nome constava na lide judicial.
 
Em sua sentença, o juiz declarou a nulidade de todo o processo disciplinar n° 36, todos os seus apensos e todos os atos dele derivados. Entre outras implicações, a AGE realizada em São Paulo para desligar o pastor Ivan Bastos e eleger outro tesoureiro em seu lugar perde todos os efeitos, com a sua imediata reintegração tão logo a Mesa Diretora da CGADB seja notificada. Caberia até perguntar se a CGADB devolverá as inscrições dos participantes, mantida a sentença, após o trânsito em julgado.
 
Para prolatar a decisão, José Renier alegou que os proponentes da ação, pastores Sebastião Rodrigues de Souza (que, por sinal, não estava inscrito para participar da AGE em Maceió) e Juvanir de Oliveira, deixaram de descrever “em que teria consistido as alegadas ofensas bradadas pelos autores contra o presidente da entidade e tampouco explicitou a forma como eles teriam comandado a alegada desordem”.
 
Quanto ao parecer do Conselho de Ética e Disciplina da CGADB pelo desligamento, baseado em um CD/DVD, entre outras supostas provas, o juiz diz que a afirmativa está “vazada em termos vagos e genéricos”, acrescentando: “Seria de rigor que houvesse não somente a descrição do conteúdo do CD/DVD, mas também das condutas individualizadas dos autores, com a menção clara e objetiva dos tipos de ofensas proferidas contra o presidente da CGADB”, fatos que os autores negam por alegar que estavam apenas cumprindo o seu direito estatutário de exigir que as emendas ao Estatuto tivessem o voto de 2/3 dos presentes, o que não vinha sendo considerado pela presidência.
 
José Renier aduziu, ainda que, mesmo se houvesse a quebra de decoro, como reportada na denúncia e contestada pelos autores, “quando muito, poderia ser aplicada a pena de suspensão, na forma do art. 130, II e III, do Regimento Interno, figuras típicas nas quais as condutas dos demandantes, em tese, se enquadrariam, e não nas previsões dos artigos 8º, I, 9º, IX, do Estatuto da CGADB e artigos 127 e 130 e 131, V, do Regimento Interno da mesma entidade”.
 
Como se trata de sentença prolatada em Primeira Instância, não cabe mais nenhum agravo, senão a apelação ao Segundo Grau, após a Mesa Diretora da CGADB ser notificada. Mas como afirmei na matéria sobre a reintegração do pastor Samuel Câmara, “é hora de convocar o Conselho Consultivo e buscar uma solução negociada que pacifique as Assembleias de Deus no Brasil”. Por falar nisso, a carta precatória que comunica à Mesa Diretora a decisão judicial de reintegrar o pastor da igreja-mãe aos quadros da CGADB já está em mãos da Justiça do Rio de Janeiro.
 
 
Fonte: Blog do Pr. Geremias do Couto

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Nelson Mandela, sul-africanos cantam e oram; Mais de 90 líderes mundiais comparecem ao funeral

 
Em adeus a Nelson Mandela, sul-africanos cantam e oram; Mais de 90 líderes mundiais comparecem ao funeral
O funeral do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela foi realizado no estádio Soccer City, em Johanesburgo, maior cidade do país, e contou com a presença de mais de 90 líderes mundiais.
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A cerimônia de despedida do líder popular que lutou contra o apartheid contou com orações, músicas e um sermão pregado pelo líder da Igreja Metodista no país, denominação onde Mandela se converteu e foi ensinado.
 
A presidente Dilma Rousseff esteve no evento, acompanhada dos ex-presidentes Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luis Inácio Lula da Silva. Em seu discurso, Dilma classificou o líder sul-africano de “a personalidade maior do século XX”, e afirmou que “Mandela inspirou a luta no Brasil” contra a desigualdade social.
 
“Trago aqui o sentimento de profundo pesar do governo e do povo brasileiro e, tenho certeza, [também] de toda a América do Sul pela morte desse grande líder Nelson Mandela. O apartheid que Mandela e o povo derrotaram foi a forma mais elaborada e cruel de desigualdade social e política que se tem notícia nos tempos modernos. [Mandela] Inspirou a luta no Brasil e na América do Sul. ‘Madiba’, como carinhosamente vocês o chamam, constituiu exemplo de referência para todos nós, pela histórica paciência com que suportou o cárcere e o sofrimento”, disse a presidente.
 
Estiveram presentes ainda, entre inúmeras personalidades, o músico e ativista social Bono Vox, líder da banda irlandesa U2, além do presidente norte-americano Barack Obama.
 
Em seu discurso, Obama enalteceu as conquistas pelas quais Mandela lutou durante toda sua vida e trajetória política, e comparou o ex-presidente a personalidades como Ghandi, Martin Luther King, Abraham Lincoln e os pais fundadores dos Estados Unidos da América.
 
“Mandela foi o último grande libertador do século XX”, disse Obama. “Demorou um homem como Madiba libertar não apenas o preso, mas o carcereiro, bem como, para mostrar que você deve confiar nos outros para que eles possam confiar em você, para ensinar que a reconciliação não é uma questão de ignorar um passado cruel, mas um meios de confrontá-la com a inclusão, generosidade e a verdade. Ele mudou a lei, mas ele também mudou corações”, acrescentou Obama, de acordo com informações do portal NPR.
 
Os ex-presidentes norte-americanos George H. W. Bush (pai de George W. Bush), Bill Clinton, Jimmy Carter e a ex-secretária de Estado Hilary Clinton acompanharam Barack Obama na cerimônia fúnebre.
 
O bispo metodista Ivan Abrahams citou a história bíblica de Elias para ilustrar os feitos de Mandela, e disse que o ex-presidente deixa um legado imortal na história da humanidade: “Pessoas como Madiba não morrem, mas eles continuam a viver no coração das pessoas”.
 
O arcebispo católico Desmond Tutu exortou os sul-africanos para mostrar o mesmo tipo de disciplina que Mandela mostrou durante sua vida: “Nós prometemos a Deus que vamos seguir o exemplo de Nelson Mandela”, disse Tutu em seu discurso.
Sul-africanos repetem gesto de Mandela ao deixar a prisão após 27 anos
Sul-africanos repetem gesto de Mandela ao deixar a prisão após 27 anos
Povo canta em homenagem ao líder morto
Povo canta em homenagem ao líder morto
Igualdade: brancos e negros sentados lado a lado durante cerimônia de despedida de Nelson Mandela
Igualdade: brancos e negros sentados lado a lado durante cerimônia de despedida de Nelson Mandela
Multidão promove abraço coletivo em cerimônia de tributo a Nelson Mandela
Multidão promove abraço coletivo em cerimônia de tributo a Nelson Mandela
 
 
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

Torcedor do Vasco preso por agredir rapaz com barra de ferro era saxofonista em igreja evangélica

 
Torcedor do Vasco preso por agredir rapaz com barra de ferro era saxofonista em igreja evangélica
A partida entre Atlético Paranaense e Vasco da Gama pela última rodada do Campeonato Brasileiro no último fim de semana ficou marcada pelas cenas de violência entre membros das torcidas dos dois times. Entre as imagens mais chocantes do confronto entre as torcidas está a de um membro da torcida organizada vascaína Força Jovem que foi flagrado usando uma barra de ferro para agredir um rapaz que já estava caído e desacordado.
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Morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o homem flagrado agredindo outro torcedor com uma barra de ferro é Leone Mendes da Silva, de 23 anos. Familiares e conhecidos do jovem afirmaram que as cenas de violência protagonizadas por Leone não combinam com usa personalidade. Pessoas próximas a ele o descrevem com um descontraído e pacato barbeiro do bairro, e ex-saxofonista da banda da igreja evangélica local; ao comentar sobre o caso, sua mãe diz que espera que essa situação “sirva para ele voltar para os pés do Senhor”.
 
De acordo com o jornal Extra, pessoas próximas a Leone e sua família se mostraram surpresas com a violência protagonizada por ele e contam que o barbeiro, que é solteiro e filho único, é quem sustenta a casa onde mora com sua mãe, construída no mesmo terreno utilizado por outros parentes.
 
- Eu estou realmente surpresa. Ele foi aluno do meu marido, frequentou a minha casa e sempre foi uma ótima pessoa. Não sei o que aconteceu – disse uma vizinha.
 
Apesar dos relatos dos vizinhos, essa não foi a primeira vez que o jovem se envolveu em brigas entre torcidas. Em 2011 ele foi obrigado pela Justiça a permanecer oito meses longe dos estádios, acusado e “incitar a violência” contra torcedores do Fluminense.
 
A defesa de Leone tentará sua liberdade alegando legítima defesa. Segundo um primo do jovem, a defesa afirmará que Leone entrou na briga para se defender de agressões e, como os vascaínos eram minoria, “utilizaram o que tinham em mãos”.
 
Cleuza Mendes da Silva, de 48 anos, mãe de Leone, se diz surpresa com a atitude do filho, e comentou sobre o fanatismo dele pelo clube carioca.
 
- Ele sempre torceu pelo Vasco, mas esse fanatismo aumentou com o tempo. Eu sempre falando: “Meu filho, larga isso de jogo, de torcida”. Mas nunca pensei que ele faria uma coisa dessas. Eu preciso que ele me explique o que aconteceu lá. Ele é um rapaz bom – afirmou Cleuza, que disse também que ora para que o filho volte para a igreja.
 
- Eu quero que saibam que tenho ciência que o que ele fez foi errado. Não estou passando a mão na cabeça dele, mas ele tem 23 anos, emprego, carro e um salão. É trabalhador. (…) Eu oro que isso sirva para ele voltar para os pés do Senhor e para mim. Também peço que o jovem ferido fique bem, para dar paz à mãe dele, que está sofrendo tanto quanto eu. – completou.
 
 
Por Dan Martins, para o Gospel+

Junto & Misturado, da Globo, faz piadas com a crucificação de Jesus e a igreja Bola de Neve e causa polêmica

 
Junto & Misturado, da Globo, faz piadas com a crucificação de Jesus e a igreja Bola de Neve e causa polêmica
O humorístico Junto & Misturado, da TV Globo, usou um bloco da edição do último domingo, 08 de dezembro, para fazer piadas sobre a religião, e entre as tradições citadas, estava a evangélica.
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O tema era a fé em geral, e a discussão começa quando uma das personagens do quadro revela que encomendou um despacho, termo usado para descrever rituais de religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé.
 
Entre as sacadas de humor, Jesus aparece como alvo da piada dos humoristas Bruno Mazzeo, Luís Miranda, Gabriela Duarte, Heloísa Perissé – que é evangélica -, entre outros.
 
As piadas variavam conforme as esquetes, mas elementos cristãos foram citados sempre tendo um símbolo da fé como motivação para a zombaria, como uma suposta reunião de Jesus com assessores discutindo o marketing da crucificação, ou a imagem da “virgem” na infiltração de um apartamento.
 
A Bola de Neve Church foi citada indiretamente com uma menção sobre o culto do surf e imagens e frases que remetiam à denominação liderada pelo apóstolo Rina.
 
Os vídeos da esquete com a Bola de Neve e a discussão de marketing entre Jesus e seus assessores foram retirados do site do programa no portal da Globo.com, mas a íntegra da edição de domingo ainda permanece na página, disponível apenas para assinantes.
 
 
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Magic Johnson, ex-astro da NBA, diz que é cristão, mas tolera filho gay e seu estilo de vida

Magic Johnson, ex-astro da NBA, diz que é cristão, mas tolera filho gay e seu estilo de vida
Earvin Magic Johnson, ex-astro da liga NBA, relatou que ele é cristão, mas ainda assim procura abrir mão da doutrina da igreja para poder aceitar o fato de que seu filho, Earvin Johnson III, tenha escolhido ser homossexual e que tenha um outro estilo de vida.
 
Magic Johnson, aclamado pelos fãs de basquete por seus títulos no Los Angeles Lakers, teve uma conversa com o apresentador Anderson Cooper, com a intenção de abrir seu coração sobre a maneira que concilia sua vida na igreja ao mesmo tempo que possui um filho que passa por experiências não aceitas pela igreja.
 
Por meio de uma análise mais aprofundada, o ex-jogador destaca que é muito fácil estabelecer julgamentos ou discordar da maneira que pensa. No entanto, Johnson estabelece que é muito duro atacar e ter uma visão radical "quando uma situação destas atinge sua própria família".
 
Para Magic Johnson, o fato de ter lutado tantos anos contra os preconceitos, diante de sua condição de portador do vírus HIV, também o levou a ter maior compreensão com a discriminação com o filho, sobretudo por ter trabalhado com homossexuais soropositivos.
 
O ex-jogador ainda expressa que o mais importante para ele seria que o filho se procupasse em levar uma conduta correta de caráter e de um ser humano bom, mas que o caminho ele só pôde intervir até o momento em que Earvin III era mais jovem, e que de agora em diante é com ele.
 
"Dê a ele as informações corretas. Ajude ele a crescer e ser um jovem bom. Mas daí em diante, são coisas que eu não posso falar a respeito, eu não tenho conhecimento, mas creio que eles podem se virar. Então é isso que eu quero", afirmou.
 
Earvin Johnson III assumiu sua homossexualidade desde o início de 2013. Por ser filho do ex-atleta, EJ III provocou grande repercussão, e muitos defensores da causa homossexual tem visto o rapaz como uma referência.
 
 
Fonte: The Christian Post

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Pastor Augustus Nicodemus comenta sobre escândalos em igrejas e afirma que “santidade não é viver jejuando e orando”

Pastor Augustus Nicodemus comenta sobre escândalos em igrejas e afirma que “santidade não é viver jejuando e orando”
O reverendo Augustus Nicodemus publicou recentemente em sua página no Facebook um texto no qual lamenta os recentes escândalos que ocorrido em igrejas evangélicas no qual afirmou que a santidade, a ética e a moralidade cristãs atualmente foram desconectados dos ambientes evangélicos, nos quais tem imperado discursos sobre milagre e prosperidade.
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Em seu artigo, Nicodemus destaca seis pontos dentro de uma análise do conceito bíblico da santidade. Em seu primeiro ponto, o pastor afirma que santidade não está relacionada a usos e costumes. Ele destaca que “ser santo não é guardar uma série de regras e normas”, e que o cumprimento de uma série de normas “tem aparência de piedade, mas não tem poder algum contra a carne”.
 
- Não é ser contra piercing, tatuagem, filmes da Disney. Não é só ouvir música evangélica, nunca ir à praia ou ao campo de futebol. Não é viver jejuando e orando, isolado dos outros, andar de paletó e gravata – enumera Nicodemus, ressaltando que tais regras “não mortificam a inveja, a cobiça, a ganância, os pensamentos impuros, a raiva, a incredulidade, o temor dos homens, a preguiça, a mentira”.
 
Usando como exemplo a igreja de Corinto “onde os dons espirituais, especialmente línguas, profecias, curas, visões e revelações, mais se manifestaram durante o período apostólico”, Nicodemus fala sobre igrejas divididas por questões secundárias, que muitas vezes se prendem em questões carnais como se essas fossem dons espirituais.
 
Augustus Nicodemus explica que “a santidade implica principalmente na mortificação do pecado que habita em nós e em viver de acordo com a vontade de Deus revelada nas Escrituras”.
 
- A Bíblia não faz conexão direta entre santidade e manifestações carismáticas e defesa da ortodoxia. Ao contrário, a Bíblia nos adverte constantemente contra a ortodoxia dos fariseus, contra os falsos profetas, Satanás e seus emissários, cujo sinal característico é a operação de sinais e prodígios – afirma.
 
Ao explicar sua interpretação bíblica sobre a santidade, ele afirma que ela é progressiva e “não se obtém instantaneamente, por meio de alguma intervenção sobrenatural”. Nicodemus ressalta que “a santificação é um processo irresistível na vida do verdadeiro salvo” e que “Deus escolheu um povo para que fosse santo”.
 
- Ninguém que vive na prática do pecado, da corrupção, da imoralidade, da impiedade, – e gosta disso – pode dizer que é salvo, filho de Deus, por mais próspero que seja financeiramente, por mais milagres que tenha realizado e por mais experiências sobrenaturais que tenha tido – finalizou.
 
 
Por Dan Martins, para o Gospel+

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Morre Nelson Mandela, conheça o testemunho cristão do líder africano

De família metodista, saiu da prisão para ser presidente

A morte de Nelson Rolihlahla Mandela nesta quinta-feira (5), mostrou sua importância como uma das figuras mais reverenciadas do mundo. Ele foi preso político na África do Sul durante 27 anos. Ao sair, consagrou-se como uma dos maiores opositores do apartheid. Tornou-se presidente e governou sua nação entre 1994 e 1999.
Em 1993, recebeu o prêmio Nobel da Paz. Depois que deixou a presidência, passou a se dedicar a campanhas contra a Aids na África do Sul, visando diminuir os casos da doença que ainda é um grande problema no continente africano. Depois de se aposentar da vida pública em 2004, raramente era visto em público. A última aparição foi em 2010, na cerimônia de encerramento da Copa do Mundo.
Ao partir deste mundo aos 95 anos deixa um legado histórico. Mas poucos lembram da fé do primeiro presidente negro da África do Sul.
Em sua autobiografia, Long Walk to Freedom [Um Longo Caminho para a Liberdade], Mandela conta sua conversão ao cristianismo. Ele vem de uma família evangélica metodista: “A Igreja estava tão preocupada com este mundo quanto com o céu. Eu vi que praticamente todas as realizações dos africanos pareciam ter surgido através do trabalho missionário da Igreja”.
Em Long Walk, que deverá chegar aos cinemas em 2014, Mandela lembra como se tornou membro da Associação de Estudantes Cristãos e dava aulas aos domingos em escolas bíblicas nas aldeias vizinhas. Tendo estudado em escolas evangélicas até o ensino médio, sempre defendeu o poder transformador da educação.
Também conta como, algumas semanas antes de ser eleito presidente, pregou num culto de Páscoa de uma igreja cristã. Após ler as bem-aventuranças, começou a louvar a Deus por que “nosso Messias ressuscitado não escolheu uma raça, não escolheu um país, não escolheu uma língua, não escolheu uma tribo, mas escolheu salvar toda a humanidade! ”
Makaziwe Mandela, sua filha, contou que com a saúde cada vez pior, “O que fazemos a cada dia é pedir graça ao bom Deus… Ele está em paz consigo mesmo, já deu tanto para o mundo. Acredito que ele está pronto para partir em paz”.
Embora nem sempre destacado pela imprensa, Madela, assim como Martin Luther King Jr., pautou sua luta pelos ensinamentos de Cristo. Não advogava a violência e sempre falava sobre seu compromisso com Cristo. Uma das ideias que mais difundiu nos anos que governou foi “perdão”, evitando que se iniciasse um processo de descriminação reverso na África do Sul. No famoso sermão da Páscoa de 1993, Mandela proclamou: “Cada Páscoa marca o renascimento da nossa fé. Marca a vitória do nosso Salvador ressuscitado sobre o suplício da cruz e da sepultura”. 
 
 
Fonte: Gospel Prime
 

NELSON MANDELA: Morre Nelson Mandela, ícone da luta pela igualdade racial

 

Presidente da África do Sul entre 1994 e 1999, ele tinha 95 anos.
Líder foi hospitalizado em dezembro para fazer exames de rotina.

O ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela morreu aos 95 anos em Pretória, nesta quinta-feira (5), anunciou o atual presidente, Jacob Zuma. Mandela ficou internado de junho a setembro devido a uma infecção pulmonar. Ele deixou o hospital e estava em casa. Morreu às 20h50, no horário local de Pretória.
"Ele partiu, ele se foi pacificamente na companhia de sua família”, afirmou o presidente. “Ele descansou, ele agora está em paz. Nossa nação perdeu seu maior filho. Nosso povo perdeu seu pai.” O funeral de Mandela deve durar dez ou 12 dias. O corpo será enterrado, de acordo com seus desejos, na aldeia de Qunu, onde ele cresceu. Os restos mortais de três de seus filhos foram sepultados no mesmo lugar em julho, após ordem judicial.
Retrato de Nelson Mandela feito em 2009 (Foto: AP)Retrato de Nelson Mandela feito em 2009 (Foto: AP)
Conhecido como “Madiba” na África do Sul, ele foi considerado um dos maiores heróis da luta dos negros pela igualdade de direitos no país e foi um dos principais responsáveis pelo fim do regime racista do apartheid, vigente entre 1948 a 1993.
Foram quatro internações desde dezembro. Em abril, as últimas imagens divulgadas do ex-presidente mostraram bastante fragilidade – ele foi visto sentado em uma cadeira, com um cobertor sobre as pernas. Seu rosto não expressava emoção. Em março de 2012, o ex-presidente sul-africano havia sido hospitalizado por 24 horas, e o governo informou, na ocasião, que Mandela tinha sido internado para uma bateria de exames rotineira.
Em dezembro, porém, ele permaneceu 18 dias hospitalizado, em decorrência de uma infecção pulmonar. No fim de março de 2013, ele passou 10 dias internado, também por uma infecção pulmonar, provavelmente vinculada às sequelas de uma tuberculose que contraiu durante sua detenção na prisão de Robben Island (ilha de Robben), onde ficou 18 anos preso, de 1964 a 1982.
Histórico
Ficou preso durante 27 anos e ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Foi eleito em 1994 o primeiro presidente negro da África do Sul, nas primeiras eleições multirraciais sul-africanas. Mandela é alvo de um grande culto no país, onde sua imagem e citações são onipresentes. Várias avenidas têm seu nome, suas antigas moradias viraram museu e seu rosto aparece em todos os tipos de recordações para turistas.
Em 1952, já presidente da Liga Jovem do Congresso Nacional Africano, foi escolhido líder da campanha de oposição contra seis leis consideradas injustas. Acusado sob a Lei de Supressão do Comunismo, foi preso e condenado a trabalhos forçados. Ele negou ser comunista. Livros recentes do historiador britânico Stephen Ellis mostram documentos que indicam que Mandela fez parte do partido comunista. E o CNA tem uma aliança histórica com o Partido Comunista.
Havia algum tempo sua saúde frágil o impedia de fazer aparições públicas na África do Sul - a última foi durante a Copa do Mundo de 2010, realizada no país. Mas ele continuou a receber visitantes de grande visibilidade, incluindo o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton.
Mandela passou por uma cirurgia de próstata em 1985, quando ainda estava preso, e foi diagnosticado com tuberculose em 1988. Em 2001, foi diagnosticado com câncer de próstata e hospitalizado por problemas respiratórios, sendo liberado dois dias depois.
Biografia
Mandela nasceu em 18 de julho de 1918 no clã Madiba no vilarejo de Mvezo, no antigo território de Transkei, sudeste da África do Sul. Seu pai, Henry Gadla Mphakanyiswa, era chefe do vilarejo e teve quatro mulheres e 13 filhos - Mandela nasceu da terceira mulher, Nosekeni. Seu nome original era Rolihlahla Mandela.
Após seu pai morrer em 1927, ele foi acolhido pelo rei da tribo, Jongintaba Dalindyebo. Ele cursou a escola primária no povoado de Qunu e recebeu o nome Nelson de uma professora, seguindo uma tradição local de dar nomes cristãos às crianças. Conforme as tradições Xhosa, ele foi iniciado na sociedade aos 16 anos, seguindo para o Instituto Clarkebury, onde estudou cultura ocidental. Na adolescência, praticou boxe e corrida.
Mandela ingressou na Universidade de Fort Hare para cursar artes, mas foi expulso por participar de protestos estudantis. Ele completou os estudos na Universidade da África do Sul. Após terminar os estudos, o rei Jongintaba anunciou que Mandela devia se casar, o que motivou o jovem a fugir e se mudar para Johanesburgo, em 1941.
Em Johanesburgo, ele trabalhou como segurança de uma mina e começou a se interessar por política. Na cidade, Mandela também conheceu o corretor de imóveis Walter Sisulu, que se tornou seu grande amigo pessoal e mentor no ativismo antiapartheid. Por indicação de Sisulu, Mandela começou a trabalhar como aprendiz em uma firma de advocacia e se inscreveu na faculdade de direito de Witwatersrand.
Mandela começou a frequentar informalmente as reuniões do Congresso Nacional Africano (CNA) em 1942. Em 1944, ele fundou a Liga Jovem do Congresso e se casou com a prima de Walter Sisulu, a enfermeira Evelyn Mase. Eles tiveram quatro filhos (dois meninos e duas meninas) – uma das garotas morreu ainda na infância.

Em 1948, ele se tornou secretário nacional do Congresso Nacional Africano (CNA) – no mesmo ano, o Partido Nacional ganhou as eleições do país e começou a implementar a política de apartheid (ou segregação racial). O estudante conheceu futuros colegas da política na faculdade, mas abandonou o curso em 1948, admitindo ter tido notas baixas - ele chegou a retomar a graduação na Universidade de Londres, mas só se formou em 1989 pela Universidade da África do Sul, quando estava preso.
Em 1951, Mandela se tornou presidente do CNA. Em 1952, ele abriu com o amigo Oliver Tambo o primeiro escritório de advocacia do país voltado para negros. No mesmo ano, Mandela foi escolhido como líder da campanha de oposição encabeçada pelo CNA e viajou pelo país, em protesto contra seis leis consideradas injustas. Como reação do governo, ele e 19 colegas foram presos e sentenciados a nove meses de trabalho forçado.
Em 1955, ele ajudou a articular o Congresso do Povo e citava a política pacifista de Gandhi como influência. A reunião uniu a oposição e consolidou as ideias antiapartheid em um documento chamado Carta da Liberdade. No fim do ano, Mandela foi preso juntamente com outros 155 ativistas em uma série de detenções pelo país. Todos foram absolvidos em 1961.
Em 1958, Mandela se divorciou da enfermeira Evelyn Mase e se casou novamente, com a assistente social Nomzamo Winnie Madikizela. Os dois tiveram dois filhos.
Em março de 1960, a polícia matou 69 manifestantes desarmados em um protesto contra o governo em Sharpeville. O Partido Nacional declarou estado de emergência no país e baniu o CNA. Em 1961, Mandela tornou-se líder da guerrilha Umkhonto we Sizwe (Lança da Nação), após ser absolvido no processo da prisão de 1955. Logo após a absolvição, ele e colegas passaram a trabalhar de maneira escondida planejando uma greve geral no país.
Ele deixou o país ilegalmente em 1962, usando o nome de David Motsamayi, para viajar pela África para receber treinamento militar. Mandela ainda visitou a Inglaterra, Marrocos e Etiópia, e foi preso ao voltar, em agosto do mesmo ano. De acordo com o jornal “Telegraph”, a organização perdeu o ideal de protestos não letais com o tempo e matou pelo menos 63 pessoas em bombardeios nos 20 anos seguintes.
Mandela foi acusado de deixar o país ilegalmente e incentivar greves, sendo condenado a cinco anos de prisão. A pena foi servida inicialmente na prisão de Pretória. Em março de 1963, ele foi transferido à Ilha de Robben, voltando a Pretória em junho. Um mês depois, diversos companheiros de partido foram presos.         
Em 1963, Mandela e outras nove pessoas foram julgados por sabotagem, no que ficou conhecido como Julgamento Rivonia. Sob o risco de ser condenado à pena de morte, Mandela fez um discurso à corte que foi imortalizado.
“Eu lutei contra a dominação branca, e lutei contra a dominação negra. Eu cultivei o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais. Este é um ideal pelo qual eu espero viver e alcançar. Mas, se for necessário, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer”, afirmou.
Em 1964, Mandela e outros sete colegas foram condenados por sabotagem e sentenciados à prisão perpétua. Um deles, Denis Goldberg, foi preso em Pretória por ser branco. Os outros foram levados para a Ilha de Robben.
27 anos de prisão
Mandela passou 18 anos detido na ilha de Robben, na costa da Cidade do Cabo, e nove na prisão Pollsmoor, no continente – a transferência ocorreu em 1982. Enquanto esteve preso, Mandela perdeu sua mãe, que morreu em 1968, e seu filho mais velho, morto em 1969. Ele não foi autorizado a participar dos funerais.
Durante o período em que ficou preso, sua reputação como líder negro cresceu e sedimentou a imagem de liderança do movimento antiapartheid. A partir de 1985, ele iniciou o diálogo sobre sua libertação com o Partido Nacional, que exigia que ele não voltasse à luta armada. Neste ano, ele passou por uma cirurgia na próstata e, ao voltar para a prisão, passou a ser mantido em uma cela sozinho.
Em 1988, Mandela passou por um tratamento contra tuberculose e foi transferido para uma casa na prisão Victor Verster. Em 2 de fevereiro de 1990, o presidente sul-africano Frederik Willem de Klerk reinstituiu o Congresso Nacional Africano (CNA). No dia 11 de fevereiro de 1990, Mandela foi solto e, em um evento transmitido mundialmente, disse que continuaria lutando pela igualdade racial no país.
Prêmio Nobel e presidência
Em 1991, Mandela foi eleito novamente presidente do CNA. Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da Paz em 1993, por seus esforços para trazer a paz ao país.
Mandela encabeçou uma série de articulações políticas que culminaram nas primeiras eleições democráticas e multirraciais do país em 27 de abril de 1994.
O CNA ganhou com 62% dos votos, enquanto o Partido Nacional teve 20%. Com o resultado, Mandela tornou-se o primeiro líder negro do país e também o mais velho, com 75 anos. Ele tomou posse em 10 de maio de 1994. A gestão do presidente foi marcada por políticas antiapartheid, reformas sociais e de saúde.
Em 1996, Mandela se divorciou de Nomzamo Winnie Madikizela por divergências políticas que se tornaram públicas. Em 1998, no dia de seu 80º aniversário, ele se casou com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano.
Em 1999, não se candidatou à reeleição e se aposentou da carreira política. Desde então, ele passou boa parte de seu tempo em sua casa no vilarejo de Qunu, onde passou a infância, na província pobre do Cabo Leste.
Causas sociais
Após o fim da carreira política, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos.
Participou de uma campanha de arrecadação de fundos para combater a Aids que tinha como símbolo o número 46664, que carregava quando esteve na prisão.
Em 2008, a comemoração de seu aniversário de 90 anos foi um ato público com shows em Londres, que contou com a presença de artistas e celebridades engajadas na campanha. Uma estátua de Mandela foi erguida na Praça do Parlamento, na capital inglesa.
Em novembro de 2009, a ONU anunciou que o dia de seu aniversário seria celebrado em todo o mundo como o Dia Internacional de Mandela, uma iniciativa para estimular todos os cidadãos a dedicar 67 minutos a causas sociais - um minuto por ano que ele dedicou a lutar pela igualdade racial e ao fim do apartheid.
 
Fonte: g1.globo.com

Nelson Mandela: Sua história

Símbolo da luta contra o apartheid, Nelson Mandela tornou-se o próprio rosto da superação ao não seguir o caminho da retaliação e pavimentar a conciliação entre brancos e negros na África do Sul - mesmo depois de 27 anos de cárcere

por Pedro Procópio

Experimente digitar "Nelson Mandela" no campo de busca de uma loja virtual. O resultado serão livros com títulos repletos das palavras "luta", "revolução", "liderança", "lições", "longo caminho", "liberdade" e "coragem". Enfim, se há um rosto para sintetizar a "superação", ele pertence a esse sul-africano de 93 anos, presidente de seu país de 1994 a 1999 e símbolo da luta contra o apartheid, o odioso regime de segregação racial, oficialmente em vigência na África do Sul entre 1948 e 1994.

O jovem Mandela nasceu protegido no seio da corte da tribo Tembu, 30 anos antes da institucionalização do apartheid. Ainda em 1938, Mandela começou a estudar Direito na Universidade de Fort Hare, frequentada por alunos de famílias aristocráticas negras ou com boas notas nas escolas missionárias. Mas foi expulso após desentendimentos com o reitor. O rei dos Tembu, furioso, decidiu arranjar um casamento para ele e para um primo. Os dois ficaram inconformados e fugiram para Johanesburgo. Foi somente então que começou a se delinear o Mandela que conhecemos.

Na maior cidade do país, foi vigia noturno em uma mina de carvão e morou em barracos sem luz. Enquanto isso, retomou em 1942 os estudos na Universidade de Witwatersrand, onde teve de ouvir de um professor que negros não eram bons o suficiente para se tornar advogados. Não só Mandela exerceu a profissão como montou o primeiro escritório negro de advocacia do país, com seu amigo Oliver Tambo (1917-1993), que, durante o cárcere de Mandela, comandaria o Congresso Nacional Africano (CNA), partido fundado em 1912 para defender o direito de negros. Nos tribunais, ao ver que a balança da justiça pendia para os brancos, foi solidificando uma inevitável consciência política.

Em 1944, afiliou-se ao CNA. E, passados 4 anos, viu o apartheid ser instalado. A essa altura, já ascendia nos escalões do partido. A princípio, defendia a não-violência, na linha da desobediência civil de Gandhi. Mas em 1961, diante do incremento da repressão dos brancos e do banimento do CNA, fundou a Lança da Nação, braço guerrilheiro do partido. Foi decretado terrorista pelo governo. Entrou na prisão aos 44, em 1962, e saiu aos 71, em 1990.

A experiência em lugares como a Ilha Robben, o presídio que atualmente é atração turística na costa da Cidade do Cabo onde permaneceu entre 1964 e 1982, modelou o homem como o conhecemos hoje. Sintoma desse processo é a descrição do líder na juventude feita por Oliver Tambo. Ele via no companheiro um sujeito "entusiasmado, emotivo, sensível, facilmente melindrado ao rancor e à retaliação pelo insulto e pela condescendência". Mais contrário à figura pública sorridente, equilibrada e reconciliadora, impossível.
Domando o rancor
Os impulsos da juventude podem ter permanecido de alguma maneira, mas Nelson Mandela certamente soube contê-los e construir a personalidade ponderada a que o mundo se acostumou. Ele teve de aprender, no interior de sua cela na Ilha Robben, a controlar-se diante de guardas que o consideravam membro de uma raça inferior e partiam para o terrorismo psicológico, com ameaças de espancamento ou mesmo de morte. Teve muito tempo para refletir sobre política e questões existenciais. E desenvolveu seu talento de liderança entre os demais presos. Precisava, portanto, constantemente negociar com os agentes da penitenciária. Aprendeu africâner, a língua do inimigo derivada do holandês, e o rúgbi, esporte dos brancos. Isso fez muitos presos torcerem o nariz, mas angariou a simpatia dos carcereiros.

Em 1969, com 7 anos de experiência no xadrez, Nelson Mandela ficou sabendo da morte do filho mais velho, Thembi, num acidente de automóvel. No dia seguinte, mesmo devastado, já estava trabalhando na pedreira de calcário para demonstrar a todos que sua perda pessoal não o imobilizara inteiramente (por coincidência, em 2010, sua bisneta de 13 anos também morreu nessas circunstâncias, após voltar da festa de abertura da Copa do Mundo; dessa vez, Mandela faltou à primeira partida do torneio, mas apareceu na final). No cárcere, virou um sujeito metódico: fazia uma cópia de cada carta que mandava e registrava as anotações do envio e da chegada de suas correspondências.
Estabelecendo o diálogo
Enquanto esteve preso, o planeta foi tomando consciência de que a segregação racial sul-africana não poderia mais ser tolerada. Votos de condenação na ONU se tornaram recorrentes, bem como campanhas de boicotes a produtos da África do Sul. Em 1985, quando a cruzada antiapartheid interna e internacionalmente imantava as opiniões e havia chances reais de uma guerra civil, Nelson Mandela iniciou um diálogo secreto com o governo branco. Era um passo perigoso, pois contrariava seu partido e suas próprias convicções ao longo de décadas. Mandela enfrentou solitariamente os riscos de ficar para a história como o traidor do movimento e viu que era preciso fazer concessões para resolver o impasse.

Nos últimos respiros do apartheid, o Mandela que soube superar as adversidades da prisão torna-se o Mandela que faz seu próprio país passar por cima do ódio e do ressentimento estocados em décadas de segregação racial. Dentro de seu partido, o CNA, havia adeptos da retaliação contra os brancos opressores. Entre eles, destacava-se Chris Hani, chefe do braço armado do partido e 24 anos mais novo.

A ideia de uma guerra civil sobrevoava o país, e a direita branca já tinha entrado numa corrida armamentista para reagir a uma possível retaliação. Para os negros que desejavam vingança, o próprio Mandela parecia perigosamente conservador. Hani era o futuro, Mandela era o passado.

A profecia, contudo, não se concretizou - Hani foi assassinado em 1993 por um imigrante polonês. A linha que prevaleceu foi a da superação das diferenças. Em seu discurso na TV sobre a morte de Hani, Mandela fez questão de lembrar que foi uma mulher branca que anotou a placa do carro do assassino e possibilitou sua captura.

Entre as atitudes cicatrizantes do líder figuraram elogios a carcereiros, pedidos para enterrar o passado traumático da nação e até uma visita à viúva de Hendrik Verwoerd (1901-1966), o político que arquitetou o apartheid. Em 1993, Nelson Mandela e o último presidente do regime, Frederik Willem de Klerk, dividiriam o Nobel da Paz. "Estou aqui (...) não para lutar contra a África do Sul como um país ou contra qualquer um de seus povos, mas para opor-me a um sistema inumano", discursou.
O gesto simbólico

Em 1995, a África do Sul sediava a 3a edição da Copa do Mundo de Rúgbi. Nelson Mandela ocupava a presidência do país havia um ano. Seguindo os passos do discurso conciliador da TV, chamou brancos e negros para compor seu governo. E foi um esporte apreciado pelos brancos, o rúgbi, que serviu de elo com os antigos marginalizados, que preferiam o futebol ou torcer contra qualquer adversário do Springboks, a equipe nacional banida de competições internacionais na época do apartheid.

Mandela desencadeou uma campanha pelo time como último capítulo da conciliação. Fez amizade com o capitão François Pienaar e vestiu o uniforme do Springboks no estádio. A seleção, quase inteiramente branca (a exceção era Chester Williams), venceu a favorita Nova Zelândia e levou o título. Tudo isso foi contado pelo cinema, com as romanceadas de praxe, no filme Invictus (2009), com Morgan Freeman no papel do presidente.

Símbolo do sacrifício e da superação, mas, afinal, humano como todos nós, Nelson Mandela não é perfeito. "Nunca fui santo", declarou no livro Conversas que Tive Comigo (2010), coletânea de cartas, entrevistas e trechos de diários prefaciada pelo presidente americano Barack Obama. O jornalista americano Richard Stengel, que o ajudou a escrever a autobiografia Longo Caminho para a Liberdade (1995), confirma que ele gosta de ser paparicado, conta moedas na hora de dar gorjeta e não lembra o nome dos seguranças. Se levarmos em consideração que muitos dos santos tiveram biografias nada santas, os deslizes do mito ficam pequenos como a antiga cela da Ilha Robben.


"Quando você fala com alguém em uma língua que ele entende, a mensagem vai para a cabeça dele. Se falar em sua língua-mãe, ela vai para seu coração."
Sobre aprender africâner para negociar com brancos
Antes do mito
Seria tentador contar a trajetória do grande protótipo de santo ou herói do nosso tempo de uma maneira linear, começando com uma infância miserável, passando por uma série de provações aparentemente intransponíveis até chegar a um triunfo final. Nem tudo na vida do mito foi, porém, tão retilíneo assim. Para começar, esqueça a história de extrema pobreza infantil. Mandela, que nasceu 30 anos antes da institucionalização do apartheid, tem sangue azul. Filho de um conselheiro de corte da tribo Tembu morto de tuberculose, ele foi criado pelo rei Jongintaba Dalindyebo para suceder o pai na corte. É fato que a vida para os negros da África do Sul já era difícil antes de 1948. Mas havia na hierarquia social do país gente em piores condições do que o menino Mandela. Imerso no ambiente da corte, aliás, teve pouquíssimo contato cotidiano com descendentes de europeus na infância - consta que só apertou a mão de um homem branco pela primeira vez quando foi para o internato, em 1937. Insulado, sentiu menos na pele o preconceito que devastou a autoestima da sua geração.


"Se você quer fazer as pazes com seu inimigo, você precisa trabalhar com ele. Então ele se tornará seu parceiro."
Sobre a reconciliação com seus oponentes


Fonte: Revista Superinteressante