Depois de ser intimado por compartilhamento de vídeo que defende valores cristãos, o pastor e diretor do Colégio Batista Getsêmani, Jorge Linhares, compareceu ao Ministério Público de Minas Gerais, acompanhado de sua filha, Daniela Linhares, na segunda-feira (02) e prestou depoimentos.
Em entrevista ao Guiame, Daniela disse que o pai estava tranquilo e em paz. “Ele entende que esse pronunciamento representa a opinião de todos os cristãos que estão alinhados com a Bíblia e a palavra de Deus”, afirmou.
Sobre a conversa com o promotor: “Ele estava bem chateado pela proporção que o caso ganhou e pelas manifestações que viu na internet”, disse ao se referir a alguns vídeos publicados em defesa de Jorge Linhares.
“O promotor [Mário Konishi] recebeu muitos e-mails com vídeos e lives sobre o assunto, porque, de fato, ocorreu uma mobilização nacional. Ele não esperava por isso, se sentiu ofendido e queria desmarcar a audiência. Mas, meu pai insistiu em conversar”, disse.
Na ocasião, promotor e pastor se conheceram, ambos são pais de família, com filhos e netos. “Meu pai teve oportunidade de falar sobre seu trabalho de 40 anos no ministério, cuidando de vidas e se preocupando com as crianças. Além disso, ele dirige o Colégio Batista Getsêmani há 30 anos, prezando pelos valores bíblicos e cristãos”, detalhou.
“Não houve discurso de ódio”
Segundo Daniela, que também é ministra da Palavra, a conversa entre os dois foi produtiva e respeitosa. “Meu pai explicou que o vídeo compartilhado não foi feito pelo Colégio, mas foi somente compartilhado por estar em harmonia com a nossa confissão de fé”, explicou.
“Meu pai entende e respeita que cada um tem a sua escolha e esclareceu ao promotor que ‘jamais o Colégio ou a Igreja Batista Getsêmani, ou ele mesmo como pastor, incitariam o ódio’. Mas, ele não é obrigado a aceitar que esse ensino [ideologia de gênero] seja imposto nas escolas”, resumiu.
Na saída do Ministério Público, abordado por jornalistas, o pastor Jorge Linhares disse que conseguiu esclarecer que não havia nenhum indício de homofobia em suas ações. “Nós só reafirmamos o que a Bíblia diz, que Deus criou o homem e a mulher”, ressaltou.
Daniela ainda esclarece que o vídeo é claro ao dizer que “Deus não errou ao criar meninos e meninas. “Além de aprendermos isso através da Bíblia, a ciência também afirma o mesmo quando nasce uma criança. Se nasce um menino, a ciência diz que é menino; e se nasce menina, a ciência diz que é menina”, simplificou.
“A conversa foi esclarecedora e agora demanda o fechamento disso tudo. Aguardamos o desfecho do promotor — se o caso vai ser encaminhado para um processo ou se será arquivado”, continuou.
O advogado de defesa, que representou Jorge Linhares e o Colégio Batista Getsêmani, Dr. Oswaldo Fernandes, acredita que a denúncia será arquivada. “Fomos muito bem recebidos pela promotoria e tivemos oportunidade de esclarecer todos os fatos. Deus estava ali conosco. Glória ao Senhor Deus por ter dado tudo certo”, disse ao Guiame.
Manifestação cristã
Entre os cartazes com mensagens de apoio, Daniela disse que reparou na quantidade de crianças presentes na manifestação. “Também vi muitos cartazes com as frases: ‘Deus nunca erra’, ‘Menino é menino, menina é menina’, ‘Não vamos nos calar’ e ‘O Senhor é o nosso juiz’. Foi gratificante”, sublinhou.
Os representantes de pastores de Minas Gerais também estiveram presentes, além de líderes, evangelistas e professores e pedagogos. “As pessoas cantavam o hino nacional, o ambiente foi inundado pela presença de Deus e tudo isso encheu o nosso coração de paz e alegria”, lembrou.
“Com sabedoria e graça, meu pai falou sobre o trabalho dos evangélicos, representando todas as igrejas do Brasil, todas as escolas cristãs e todas as famílias que concordam com o ensino bíblico de que Deus criou meninos e meninas”, concluiu.
Fonte: Guiame - Foto: Reprodução/Vídeo/SBT
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