terça-feira, 9 de agosto de 2016

Pokémon Go Igreja”, uma campanha para atrair jogadores a templos

Arquidiocese de São Paulo deseja atrair jovens que estão afastados da vida pastoral e comunitária.
“Pokémon Go Igreja”, uma campanha para atrair jogadores a templos"Pokémon Go Igreja", uma campanha para atrair jogadores a templos
A febre mundial do jogo “Pokémon GO” chegou ao Brasil. Nos últimos dias, várias campanhas publicitárias estão aproveitando o tema para associarem suas marcas ao aplicativo de realidade aumentada.
Usando sua conta no Facebook, a Arquidiocese de São Paulo lançou a campanha #PokemonGoIgrejaSP, onde pede que os jogadores enviarem fotos de Pokémon capturados em igrejas de São Paulo para a página. O perfil oficial da instituição irá publicar essas imagens.
O objetivo é reforçar o aspecto turístico dessas construções, além de atrair frequentadores. Assim como nos Estados Unidos, é comum que locais como igrejas e cemitérios sejam PokéStops – pontos de interesse que oferecem experiência e itens extras. Por isso, chamam a atenção dos jogadores.
A campanha pede que os jogadores não atrapalhem as pessoas que estão nos templos rezando ou participando de uma atividade. A figura de um padre virtual é utilizada para dar conselhos aos usuários do aplicativo.
Mesmo assim, alguns fiéis não gostaram muito da ideia, manifestando suas opiniões no perfil da Arquidiocese. Eles defendem que igrejas e cemitérios são lugares que demandam “mais respeito”. Por outro lado, há quem acredite que isso pode fazer os jovens se aproximarem das igrejas.
Pokemom-GO-IGreja
Postagens da igreja no Facebook para incentivar jogadores.

Alguns pastores condenam, outros aprovam

A divergência sobre o jogo também existe no meio evangélico.
Logo que estreou nos Estados Unidos, o pastor Rick Wiles começou a alertar os fiéis para que ficassem atentou ao que chamou de “demônios digitais”. Para ele, o jogo é uma ameaça e as crianças deveriam ficar longe. O pregador diz que trata-se de um instrumento do diabo para corromper os cristãos e destruir as igrejas.
Um dos aspectos que chama mais atenção é que nos EUA, muitas igrejas aparecem no celular como ginásios. Wiles acredita que o aplicativo “gera demônios dentro das igrejas, infestando-as com atividade demoníaca.” Enfatiza que essa tecnologia “será usada pelos inimigos da cruz para identificar, encontrar e matar os cristãos”
No Brasil, circulam nas redes sociais mensagem parecidas, que trazem um “alerta espiritual”.
Contudo, há pastores que veem no fato de muitas igrejas serem “ginásios” um aspecto positivo. Kenderick Vinar, que pastoreia a Grace Church em Chapel Hill, Estados Unidos, acredita que isso deve ser usado para a evangelização.
Citando 1 Coríntios 9:22 ele diz que Paulo se fez “fraco para os fracos, para ganhar os fracos” e “tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns”. Portanto, para ganhar os jogadores de Pokémon as igrejas deveriam se envolver com eles. A ideia se tornou popular e várias igrejas americanas realizaram eventos em seus templos convidando os jogadores para caçadas e batalhas virtuais, enquanto ofereciam lanches e aproveitavam para pregar a Palavra.
Em Brasília, a Igreja Presbiteriana do Lago Norte, do pastor Carlinhos Veiga, ao saber que era um pokestop, decidiu deixar um recado para os jogadores que pararem por lá. Uma faixa com um versículo foi colocada no local indicado pelo jogo.
Por Jarbas Aragão / via gospelprime.com.br

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