quarta-feira, 23 de julho de 2014

Pastor de “igreja de metaleiros” é entrevistado no Programa do Jô e afirma estrar “na contramão dos sistemas religioso e do heavy metal”

Pastor de “igreja de metaleiros” é entrevistado no Programa do Jô e afirma estrar “na contramão dos sistemas religioso e do heavy metal”
O apresentador Jô Soares entrevistou na última quarta feira (16) em seu programa na Rede Globo o pastor evangélico Antônio Carlos Batista do Nascimento, vocalista da banda de grindcore e death metal “Antidemon” e líder da Crach Church, uma igreja conhecida por reunir adeptos de diversas vertentes do rock, em São Paulo (SP).
Durante a entrevista, Batista, como é mais conhecido, falou sobre seu ministério pastoral e sobre a relação de sua congregação com a música e a cultura. Ele afirma que a igreja que lidera não se encaixa nos sistemas sociais vigentes, e conta que é chamado de “herege” por muitos cristãos e de “careta” por muitos metaleiros, deixando-os assim na contramão de ambos os meios.
- Nós estamos meio que na contramão do sistema religioso e do sistema do heavy metal – afirmou o pastor.
Ele conta que a música surgiu primeiro em sua vida, e que o ministério pastoral foi algo que aconteceu naturalmente em decorrência da mensagem que leva através da sua música. Sobre sua missão como pastor, ele explica ainda que trabalha para tentar desvincular o Rock’n Roll de práticas que foram historicamente associadas ao estilo musical, como satanismo, drogas e perversão sexual.
- Primeiro veio este instinto para fazer esta música com esta mensagem e a igreja foi nascendo naturalmente. Foi uma consequência deste trabalho, com uma mensagem positiva, antidrogas e contra muitas outras coisas que estão envolvidas com o tipo de música que fazemos [rock], que é o satanismo, magia, bruxaria, coisa pesada – resume.
- Infelizmente existem pessoas que doam sangue para Satanás, fazem rituais de consagração. A coisa vai mais longe. Às vezes as pessoas usam o metal [música], falam as letras e, infelizmente, tudo aquilo tem uma influência muito negativa sobre suas vidas. Nós já tocamos em guetos totalmente consagrados a isso. Nós entramos ali para passar a nossa mensagem, mas é realmente bastante difícil. As primeiras vezes que eu entrei, demorei a acreditar que aquilo existia, mas existe – completou Batista, respondendo à surpresa do apresentador diante de suas declarações sobre práticas presentes em alguns guetos marcados pela música que ele faz.
O pastor afirmou ainda que muitas pessoas entram nesse meio apenas pela música e pelo estilo de rebeldia presente no rock, e que acabam se envolvendo com coisas ainda mais pesadas.
Porém, apesar dos rótulos que acaba carregando por seu estilo e envolvimento com um ramo específico da cultura, Batista explica que sua igreja é normal, e tem apenas na música um diferencial em relação a outras congregações.
- É uma igreja evangélica normal, o nosso diferencial é a nossa música, que é sempre bem barulhenta – afirma Batista, com bom humor, explicando que o que diferencia sua congregação é apenas o estereótipo relacionado ao rock

Por Dan Martins via gospelmais.com.br


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