PÁSCOA E SEU REAL SIGNIFICADO
(Êxodo 12)
Estamos celebrando a Páscoa. Noutros anos, as pessoas em todos os lugares do
país correriam aos shoppings e supermercados em busca de comprar ovos de páscoa, a
fim de presentear os filhos, parentes e amigos. Digo noutros tempos, devido o impedimento neste anos devido ao Covid19 que está deixando as pessoas confinadas em casa e todo o comércio fechado. Nesta época as expectativas são
enormes para os comerciantes, que esperam um faturamento maior, pois afinal, tornou-se
uma data tão comercial, que poucos lembram ou conhecem seu real significado.
Mas,
o que realmente é a páscoa? Qual o seu significado? A narrativa bíblica da
instituição da Páscoa se encontra no capítulo 12 do livro de Êxodo. Os
israelitas deviam aspergir parte do sangue do cordeiro sacrificado nas duas
ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando o destruidor passasse por
aquela terra, ele não mataria os primogênitos das casas que tivessem o sangue
aspergido sobre elas. Daí o termo Páscoa, do hebreu pesah, que significa “pular
além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar”.
Quando
analisamos hoje a comemoração da Páscoa, observamos dois lados. De um lado, pessoas
cegas e sem conhecimento, totalmente presas à pratica de algo sem a menor
importância espiritual. Pessoas que expressam umas a outras palavras desejando
“feliz páscoa”. Outras buscando assistir peças teatrais encenadas e preparadas
por atores, acerca do tema. Muitas até se comovem ao verem o sofrimento
mostrado, porém não entendem o seu significado.
Por
outro lado pessoas piedosas, tementes, conscientes do verdadeiro significado da
Páscoa celebram com devoção e contrição este dia, pois sabem perfeitamente que
a celebração da Páscoa vai muito além de vinhos, comidas, distribuição de ovos
de chocolates e coelhinhos.
A
verdadeira Páscoa apresenta de modo marcante a morte do Cordeiro de Deus. Esse
é um tema que deveria ser propagado a toda a humanidade. Infelizmente as
pessoas só gostam de ouvir acerca de assuntos que elevem sua autoestima. Que
lhes façam sentirem poderosas. Assim, de modo geral, os pregadores não gostam
de falar sobre morte, mas são levados a pregar sobre temas que o povo gosta de
ouvir e não que necessita ouvir.
Por
diversas vezes Faraó negou o pedido de Moisés de libertar o povo de Deus, até
que uma praga violenta matou os primogênitos das famílias egípcias, mas os
primogênitos dos hebreus foram poupados devido o sangue de cordeiros que foram
sacrificados e colocado nas vergas das suas portas, portanto houve sacrifício.
Em
Lucas 22.7 Jesus manda seus discípulos prepararem a Páscoa, ou seja, matar um
cordeiro. A morte do animal na celebração da Páscoa apontava a morte do
Cordeiro de Deus, na cruz: “Isto é o meu corpo dado em favor de vocês; façam
isto em memória de mim”, (Lucas 22.7).
A
verdadeira Páscoa apresenta o sacrifício de Jesus, o Filho de Deus. Todas as
pessoas sabem que Ele morreu, mas poucas sabem o porquê. A simples morte do
cordeiro não seria o suficiente para livrar da morte os primogênitos dos hebreus.
Era necessário também seguir as instruções de espalhar o sangue nos umbrais e
nas vergas das portas.
“Não
é suficiente dizer que ele morreu, todos morrem. Não é suficiente dizer que ele
morreu uma morte nobre, mártires fazem o mesmo. Devemos entender que não
teremos proclamado completamente a morte de Cristo com poder salvador até que
tenhamos esclarecido as confusões que a cercam e exposto seu verdadeiro significado
para todos, que ele morreu carregando as transgressões de seu povo e sofreu a
pena divina por seus pecados. Ele foi abandonado por Deus e esmagado sob a ira
de Deus em nosso lugar”, (Is 53.4).
Durante
a guerra entre a Inglaterra e França, homens eram convocados para a guerra
através de um sistema de sorteio. Numa ocasião, o nome de um certo homem foi
sorteado. Quando convocado disse: “Eu não posso ir porque eu já fui e morri há
dois anos atrás”. Quando verificaram os seus documentos constataram que havia
realmente morrido em uma batalha. Ele então explicou: “Um grande amigo foi em
meu lugar”. Napoleão Bonaparte julgou o caso e decidiu que realmente a França
não tinha poder legal sobre aquele homem, pois ele já havia morrido na pessoa
de um outro.
Jesus
foi o grande amigo que morreu na cruz, não por ter cometido algum crime, mas
para pagar a nossa dívida com Deus. Assim como Deus libertou os hebreus da
escravidão no Egito, Ele quer libertar todos da escravidão do pecado e por
isso, enviou seu Filho, para que “todo aquele que nEle crê não pereça, mas
tenha a vida eterna”, (João 3.16). Vida esta conquistada com sangue “porque
Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós”, (1Co 5.7).
Cristo, nossa Páscoa!
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