sábado, 11 de abril de 2020



PÁSCOA E SEU REAL SIGNIFICADO
(Êxodo 12)

Estamos celebrando a Páscoa. Noutros anos, as pessoas em todos os lugares do país correriam aos shoppings e supermercados em busca de comprar ovos de páscoa, a fim de presentear os filhos, parentes e amigos. Digo noutros tempos, devido o impedimento neste anos devido ao Covid19 que está deixando as pessoas confinadas em casa e todo o comércio fechado. Nesta época as expectativas são enormes para os comerciantes, que esperam um faturamento maior, pois afinal, tornou-se uma data tão comercial, que poucos lembram ou conhecem seu real significado.

Mas, o que realmente é a páscoa? Qual o seu significado? A narrativa bíblica da instituição da Páscoa se encontra no capítulo 12 do livro de Êxodo. Os israelitas deviam aspergir parte do sangue do cordeiro sacrificado nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando o destruidor passasse por aquela terra, ele não mataria os primogênitos das casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas. Daí o termo Páscoa, do hebreu pesah, que significa “pular além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar”.

Quando analisamos hoje a comemoração da Páscoa, observamos dois lados. De um lado, pessoas cegas e sem conhecimento, totalmente presas à pratica de algo sem a menor importância espiritual. Pessoas que expressam umas a outras palavras desejando “feliz páscoa”. Outras buscando assistir peças teatrais encenadas e preparadas por atores, acerca do tema. Muitas até se comovem ao verem o sofrimento mostrado, porém não entendem o seu significado.

Por outro lado pessoas piedosas, tementes, conscientes do verdadeiro significado da Páscoa celebram com devoção e contrição este dia, pois sabem perfeitamente que a celebração da Páscoa vai muito além de vinhos, comidas, distribuição de ovos de chocolates e coelhinhos.   

A verdadeira Páscoa apresenta de modo marcante a morte do Cordeiro de Deus. Esse é um tema que deveria ser propagado a toda a humanidade. Infelizmente as pessoas só gostam de ouvir acerca de assuntos que elevem sua autoestima. Que lhes façam sentirem poderosas. Assim, de modo geral, os pregadores não gostam de falar sobre morte, mas são levados a pregar sobre temas que o povo gosta de ouvir e não que necessita ouvir.

Por diversas vezes Faraó negou o pedido de Moisés de libertar o povo de Deus, até que uma praga violenta matou os primogênitos das famílias egípcias, mas os primogênitos dos hebreus foram poupados devido o sangue de cordeiros que foram sacrificados e colocado nas vergas das suas portas, portanto houve sacrifício.

Em Lucas 22.7 Jesus manda seus discípulos prepararem a Páscoa, ou seja, matar um cordeiro. A morte do animal na celebração da Páscoa apontava a morte do Cordeiro de Deus, na cruz: “Isto é o meu corpo dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim”, (Lucas 22.7).

A verdadeira Páscoa apresenta o sacrifício de Jesus, o Filho de Deus. Todas as pessoas sabem que Ele morreu, mas poucas sabem o porquê. A simples morte do cordeiro não seria o suficiente para livrar da morte os primogênitos dos hebreus. Era necessário também seguir as instruções de espalhar o sangue nos umbrais e nas vergas das portas.

“Não é suficiente dizer que ele morreu, todos morrem. Não é suficiente dizer que ele morreu uma morte nobre, mártires fazem o mesmo. Devemos entender que não teremos proclamado completamente a morte de Cristo com poder salvador até que tenhamos esclarecido as confusões que a cercam e exposto seu verdadeiro significado para todos, que ele morreu carregando as transgressões de seu povo e sofreu a pena divina por seus pecados. Ele foi abandonado por Deus e esmagado sob a ira de Deus em nosso lugar”, (Is 53.4).

Durante a guerra entre a Inglaterra e França, homens eram convocados para a guerra através de um sistema de sorteio. Numa ocasião, o nome de um certo homem foi sorteado. Quando convocado disse: “Eu não posso ir porque eu já fui e morri há dois anos atrás”. Quando verificaram os seus documentos constataram que havia realmente morrido em uma batalha. Ele então explicou: “Um grande amigo foi em meu lugar”. Napoleão Bonaparte julgou o caso e decidiu que realmente a França não tinha poder legal sobre aquele homem, pois ele já havia morrido na pessoa de um outro.

Jesus foi o grande amigo que morreu na cruz, não por ter cometido algum crime, mas para pagar a nossa dívida com Deus. Assim como Deus libertou os hebreus da escravidão no Egito, Ele quer libertar todos da escravidão do pecado e por isso, enviou seu Filho, para que “todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, (João 3.16). Vida esta conquistada com sangue “porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós”, (1Co 5.7).

Cristo, nossa Páscoa!

Nenhum comentário:

Postar um comentário