quarta-feira, 7 de março de 2012

A IMPRENSA E OS ESCÂNDALOS NO MEIO EVANGÉLICO

O resultado da enquete lançada em dezembro por ultimatoonline, com a pergunta "A imprensa persegue os evangélicos?", apontou que mais de 60% dos internautas afirmam que a imprensa persegue, sim, os evangélicos. No entanto esse resultado pode nos levar a uma interpretação ofuscada da realidade.

Se por um lado a imprensa persegue os cristãos, por outro muitos cristãos têm servido de bandeja bons e deliciosos escândalos ao molho sugo para uma mídia caçadora de escândalos e que não perde tempo nem oportunidade de denegrir o cristianismo. É como um exército que alimenta e dá munição ao seu inimigo de guerra.

Os recentes acontecimentos mostram que a temporada de escândalos está só começando e que maiores furacões ainda estão por vir. O pastor Ricardo Gondim em O Que os Evangélicos Não Falam, da Editora Ultimato, afirma que "o Brasil é tão pródigo em casos feios, que frequentemente me encontro tenso imaginando qual é o próximo escândalo evangélico".

O mais novo lançamento da Editora Ultimato, O Escândalo do Comportamento Evangélico, aborda com profundidade o tema dos escândalos no meio cristão. Nas palavras do autor Ronald Sider "o comportamento escandaloso tem destruído rapidamente o cristianismo"; e mais, "os cristãos afirmam com os lábios que Jesus é Senhor, mas com os atos demonstram lealdade ao dinheiro, ao sexo e a seus interesses pessoais".

Elben César diz em seu artigo sobre o escândalo de Ted Haggard (Ultimato, edição janeiro-fevereiro 2007) que "embora o que chama mais atenção do público e da mídia sejam os escândalos sexuais, o orgulho é o pecado mais grave e é ele que abre as portas para qualquer outro escândalo".

E continua: "Precisamos rever essa questão de megaigrejas e megaministérios. Tanto um como outro constroem catedrais enormes, ajuntam multidões enormes e controlam uma quantidade enorme de obreiros, o que é muito perigoso. Com raras exceções, não há mortal que, em circunstâncias assim, não acabe cedendo à tentação do poder".

E, quanto à perseguição da imprensa, não se trata de uma questão de os cristãos acharem que estão por cima do mundo, acima de qualquer suspeita e que não podem ser questionados ou investigados. Ricardo Gondim afirma que "a Igreja, como toda instituição social, precisa ser fiscalizada, cobrada e investigada. Lamentavelmente os evangélicos convivem com um espírito corporativista imenso."

Gostamos de falar dos dólares na cueca do governo, mas não gostamos de falar nos dólares em capa de Bíblia. É necessário "entender a profundidade da crise, descobrir suas causas e desenvolver ações corretivas fiéis e obedientes".

Que Deus nos ajude a renovar a resolução evangélica de vivermos aquilo que pregamos!

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