ESTADISTAS, OU POLÍTICOS?
Ao nos referirmos ao estadista nos
referimos ao líder visionário, que sonha com uma vida de qualidade para seu
povo. Que sacrifica seu próprio estilo de vida e conforto pessoal, que sofre ao
ver a miséria do próximo, enfim é o que planeja e investe tempo pensando no
amanhã das próximas gerações. Pensa em como poderá contribuir para uma boa
educação, em como as pessoas poderão viver com dignidade e sentirem-se seguras,
como fazer para criar empregos para os jovens e seu futuro, como viabilizar
saúde e segurança de qualidade para a população.
O estadista pensa na nação como um
todo e de que modo pode ser útil. Sua pergunta é sempre: “o que posso fazer
pelo meu pais? ”.
Já o político pensa em si e em como poderá
levar vantagem em qualquer negociata. Sua pergunta sempre, é: o que o país pode
fazer por mim? Que benefício, que vantagem isso me traz?
O estadista possui dignidade, o
político é mentiroso por natureza, mente descaradamente, sem o menor pudor ou
constrangimento.
"Um político se converte em
estadista quando começa a pensar nas gerações futuras e não nas próximas
eleições." - (Winston Churchill).
"Um estadista faz aquilo que
pensa ser melhor para o seu país; um político faz aquilo que pensa ser melhor
para ser reeleito." – (Mikhail Gorbachev).
"Um estadista é um político
morto. Precisamos de mais estadistas." – (Oscar Wilde).
“Um estadista é um político que se
coloca a serviço da nação. Um político é um estadista que coloca a nação a seu
serviço." - (Georges Pompidou).
Um estadista geralmente é
incompreendido, pois se preocupa com o médio e longo prazo e toma decisões
impopulares a curto prazo, enquanto a maioria dos políticos preocupa-se com
resultados imediatos de suas ações.
Um estadista visa o interesse coletivo
enquanto que o político visa o individual e para tanto se vale de ações não
muito recomendáveis como o assistencialismo, conchavos políticos, artimanhas
políticas, escândalos, suborno, corrupção, etc. tendo em vista sempre a próxima
eleição.
Um estadista não tem a preocupação de
aparecer para a mídia, ou tirar proveito político pessoal diante de tragédias,
como aconteceu a algum tempo com as barragens de Mariana em Minas Gerais. A
mídia registrou carretas chegando na região para distribuir água e outros
donativos para a população. Enormes faixas destacavam o nome do político ou
entidade que fazia a doação.
Ora, quem vê a desgraça e carência do
próximo socorre sem interesse pessoal e não busca visibilidade, ou
reconhecimento, mas faz o bem com prazer e sentimento humanitário.
Quando olhamos para a situação caótica
que chegou a política brasileira, quando vemos o estado alarmante da nossa
economia, a pobreza crescente da sociedade, o desastre na saúde pública, a
falência na educação, o aumento da criminalidade, tudo isso está causando
pavor, incerteza numa população cada dia mais sofrida e carente.
O que está faltando neste país? Faltam
estadistas como Abraão, José, Moisés e Neemias, que foram estadistas da mais
alta dignidade. Interesses pelo coletivo eram maiores que interesses pessoais,
vontade própria e o enriquecimento ilegal, eram atitudes impensáveis. A
integridade moral, a honestidade e a luta pelo melhor para o povo constituíam
seus alvos.
Paulo apóstolo, inspirado pelo
Espírito Santo de Deus descreveu os últimos dias da seguinte forma:
“Saiba que nos últimos dias haverá
tempos muito difíceis. Porque as pessoas só amarão a si mesmas e ao dinheiro.
Serão arrogantes e orgulhosas, zombarão de Deus, desobedecerão a seus pais e
serão ingratas e profanas. Não terão afeição nem perdoarão; caluniarão outros e
não terão autocontrole. Serão cruéis e odiarão o que é bom, trairão os amigos,
serão imprudentes e cheias de si e amarão os prazeres em vez de amar a Deus. Serão
religiosas apenas na aparência, mas rejeitarão o poder capaz de lhes dar a
verdadeira devoção. Fique longe de gente assim! Entre tais pessoas há aqueles
que se infiltram na casa alheia e conquistam a confiança de mulheres
vulneráveis, carregadas de pecados e controladas por todo tipo de desejo, mulheres
que estão sempre em busca de novos ensinos, mas jamais conseguem entender a
verdade”, (2Tm 3.1-7).
Parece que Paulo via e descrevia
exatamente os dias atuais. Suas palavras parecem que foram tiradas do jornal de
hoje, pois é exatamente isso que acontece em nossos dias. “... nos últimos dias
sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos,
gananciosos...”, -- que tremenda realidade. Os políticos de hoje possuem
exatamente tais qualificações. Tudo o que fazem visam a si mesmos e aos seus
sempre motivados pela ganancia.
Sejamos diferentes, não sejamos
conformados. Podemos e devemos mudar essa nação.
Em
Cristo Jesus, o SENHOR,
José
Ivan Barbosa