quinta-feira, 14 de abril de 2016

Marinha abre concurso para pastores batistas e assembleianos com salário de R$ 9 mil

Marinha abre concurso para pastores batistas e assembleianos com salário de R$ 9 mil
A Marinha do Brasil abriu concurso para preencher seis vagas de capelão, sendo duas delas para pastores das igrejas Batista e Assembleia de Deus, e quatro para sacerdotes da Igreja Católica Apostólica Romana.
O salário oferecido nas vagas é de aproximadamente R$ 9 mil e as inscrições para o concurso podem ser realizadas por candidatos de todo o Brasil na página da Diretoria de Ensino da Marinha (DEnsM) na internet, a partir do dia 18 de abril, às 08h00, até as 23h59 do dia 19 de maio de 2016.
A taxa de inscrição no concurso é de R$ 80,00 e o valor deve ser quitado até o dia 24 de maio de 2016, no horário de funcionamento dos bancos.
Dentre as vagas abertas, uma das destinadas para a capelania católica é reservada para negros, atendendo à política de cotas raciais, e as duas para capelania evangélica são divididas por igual entre as denominações batista e assembleiana.
Segundo o edital, os candidatos devem ser do sexo masculino, com idades entre 30 e 41 anos, ter exercido o ministério pastoral por, pelo menos, três anos e ter formação teológica regular de nível superior, com reconhecimento das autoridades eclesiásticas da denominação a que é filiado.
Há questões de saúde exigidas aos candidatos, além de altura mínima de 1,54m e Índice de Massa Corporal (IMC) entre 18 e 30. Os aprovados no concurso integrarão o Corpo Auxiliar da Marinha (CP-CAPNAV) e, após o curso de formação, serão nomeados Oficiais da Marinha do Brasil como primeiros-tenentes, recebendo a remuneração descrita e diversos benefícios, segundo informações do G1.
Por Tiago Chagas / via gospelmais.com

Tradutores da Bíblia são mortos para impedir que o Evangelho continue chegando aos necessitados

Tradutores da Bíblia são mortos para impedir que o Evangelho continue chegando aos necessitados
Um ministério que se dedica a traduzir a Bíblia Sagrada para nações do Oriente Médio está sob ataque, e no último mês, quatro de seus colaboradores foram assassinados por extremistas que invadiram seu escritório.
O ministério Wycliffe Associates atua em áreas controladas por terroristas inspirados pelo extremismo religioso no Oriente Médio, e de acordo com informações do Christian Daily, dois dos tradutores que colaboram com a instituição foram mortos a tiros e os outros dois a coronhadas, enquanto defendiam o tradutor chefe.
Mesmo com o abalo pela perseguição religiosa, a instituição divulgou um comunicado reafirmando seu comprometimento com a missão de continuar traduzindo, publicando e imprimindo as Escrituras Sagradas nos idiomas dos povos locais, sempre levando a mensagem do Evangelho às comunidades carentes desses países.
Um novo plano de trabalho está sendo planejado para que, com o auxílio da tecnologia, o trabalho de tradução da Bíblia Sagrada seja mantido e executado de forma mais segura, rápida e barata, já que o modelo usado até então consumia anos para ser concluído, e agora, a tradução poderá ser feita em meses.
A Wycliffe Associates anunciou ainda que passará a fornecer abrigo, alimentação e outras condições básicas a seus colaboradores: “Não há lugar na Terra onde a Palavra de Deus seja mais urgente. Este é um lugar de terror, opressão, violência, morte e dor. Ser cristão é ser um alvo”, comentou Bruce Smith, presidente da Wycliffe Associates, em uma nota divulgada à imprensa. “No entanto, os poucos cristãos que restam lá estão pedindo Bíblias para compartilhar secretamente com as pessoas ao seu redor, que estão com fome da verdade”, acrescentou, apontando a inspiração para seguir combatendo o bom combate.
Por Tiago Chagas / via gospelmais.com.br

quarta-feira, 13 de abril de 2016

André Valadão polemiza ao dizer que “a cruz não revela pecados, e sim, nosso valor”; Pastor rebate

André Valadão polemiza ao dizer que “a cruz não revela pecados, e sim, nosso valor”; Pastor rebate
O pastor e cantor André Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha (IBL), gerou enorme polêmica nas redes sociais recentemente por publicar uma imagem com a frase “a cruz não é a revelação do nosso pecado, é a revelação do nosso valor”.
A frase gerou grande burburinho nas redes sociais e na blogosfera cristã, pois o entendimento de que o sacrifício na cruz se fez necessário para que os pecados da humanidade pudessem ser redimidos fica em segundo plano nesse raciocínio de Valadão.
“Se a cruz não revela nosso pecado, qual seria o fundamento dos escritores bíblicos ao falar em propiciação e expiação? Estes são termos que comunicam que a morte de Cristo foi em substituição ao pecador, para pagar a dívida do pecado e aplacar a santa ira divina”, opinou Thiago Oliveira, nosite Púlpito Cristão.
Para Oliveira, esse pensamento conciso na frase de Valadão “demonstra a perversão do Evangelho e mostra como baluartes do segmento gospel tem infiltrado falsos ensinamentos no seio da Igreja”.
“A cruz não revela nosso valor, revela nossa vileza. Revela também a nossa incapacidade de nos achegarmos a Deus. Cristo Jesus foi quem por graça lavou a igreja com seu sangue, purificando-a de todo o pecado. Sendo assim, o valor da igreja, ou seja, dos crentes que formam o corpo de Cristo, não é outro a não ser o sangue que os redimiu. Por isso o apóstolo Paulo diz que se tem um motivo para gloriar-se, este motivo é a cruz de Cristo (Gl 6.14). Não há nenhuma passagem bíblica que exalta o valor intrínseco do ser humano, pelo contrário, a Bíblia revela o pecado do homem e a necessidade de purificação mediante a fé em Jesus”, contrapôs, acrescentando os versículos 23 e 24 do capítulo 3 de Romanos: “…pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus”.
O pastor e escritor Renato Vargens pontuou que a frase inovadora do cantor “muito diverge do ensino das Escrituras”, pois “ao afirmar que a cruz não revela ou aponta para o pecado do homem, Valadão comete/defende um grave desvio teológico”.
“As Escrituras afirmam que não existe um homem neste planeta que possa considerar-se justo pelos seus próprios méritos”, escreveu o pastor, reiterando a passagem bíblica de Romanos 3:23,24.
No artigo de Vargens, ele destaca que “a Bíblia diagnostica o pecado como uma deformidade universal da natureza humana […] que se manifesta em detalhes na vida de cada indivíduo”, além do fato de que “a Palavra de Deus ensina que o homem é totalmente depravado e que necessita desesperadamente de salvação”.
Por fim, o pastor trouxe à baila uma frase do pregador Paul Washer, para resumir seu contraponto à declaração de André Valadão: “A cruz de Cristo não é uma amostra do quanto somos preciosos, mas do quanto somos depravados”.
A saraivada de críticas ao cantor o levou a reconsiderar sua frase, publicando uma nova, seguida de um longo comentário: “A cruz revela nosso valor não em quem éramos, mas em quem somos hoje em Cristo”.
Na legenda da imagem com a frase reformulada, o cantor fez um mea culpa: “Não podemos ver na cruz apenas o que nos levaria até lá. Devemos reconhecer a obra substitutiva de Cristo e também reconhecer que somente Ele poderia nos redimir do que nunca poderíamos redimir em nós mesmos. NOSSO PASSADO SERVE PARA NOS MOSTRAR QUE NÃO ESTAMOS MAIS LÁ. ESTAMOS no HOJE, e o agora não há mais condenação para os que estão em Cristo Jesus. A LEI DO ESPÍRITO DA VIDA faz parte de nós hoje. A cruz deve ser tomada, lembrada, e reconhecida que lá era o nosso lugar, … MAS DEUS… MAS DEUS … MAS DEUS … Nos amou e com seu filho pagou o preço! Se fez pecado para Nele sermos feitos, PELA GRAÇA justiça”.
Por Tiago Chagas ; via gospelmais.com.br

terça-feira, 12 de abril de 2016

Confira a lista dos deputados evangélicos a favor, indecisos e contra o impeachment de Dilma

Confira a lista dos deputados evangélicos a favor, indecisos e contra o impeachment de Dilma
O trâmite de abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) está perto de ser concluído, pois nessa semana o plenário da Câmara dos Deputados deverá votar a questão. Caso haja 342 votos a favor, o processo é aberto e encaminhado ao Senado.
Na última semana, a bancada evangélica na Câmara divulgou manifesto declarando-se favorável à cassação do mandato de Dilma, frisou que a postura não era unânime, mas não divulgou os nomes dos parlamentares que estavam favoráveis, contrários ou indecisos.
“Essa posição não é uma posição partidária, sequer religiosa. É uma posição em favor da nação. O país não pode continuar como está”, declarou João Campos na ocasião.
Confira abaixo, a lista dos deputados da bancada evangélica que estão a favor do impeachment:
ALAN RICK (PRB-AC)
ALEXANDRE SERFIOTIS (PSD-RJ)
ANDERSON FERREIRA (PR-PE)
ANDRÉ ABDON (PRB-AP)
ANTONIO BULHÕES (PRB-SP)
ANTÔNIO JACOME (PMN-RN)
AROLDE DE OLIVEIRA (PSC-RJ)
AUREO (SD-RJ)
BRUNA FURLAN (PSDB-SP)
CABO DACIOLO (PTdoB-RJ)
CABO SABINO (PR-CE)
CARLOS ANDRADE (PHS-RR)
CARLOS GOMES (PRB-RS)
CHRISTIANE YARED (PTN-PR)
CLARISSA GAROTINHO (PR-RJ)
Dr. João Ferreira Neto (PR-RJ)
EDMAR ARRUDA (OS-/PR)
EDINHO ARAÚJO (PMDB-SP)
EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ)
ELIZEU DIONIZIO (PSDB-MS)
ELIZIANE GAMA (REDE-MA)
ERIVELTON SANTANA (PSC-BA)
EZEQUIEL TEIXEIRA (PTN-RJ)
FABIO  GARCIA (PSB-MT)
FABIO SOUSA (PSDB-GO)
FERNANDO FRANCISCHINI (SD-PR)
FRANCISCO FLORIANO (DEM-RJ)
GEOVANIA DE SÁ (PSDB-SC)
GILBERTO NASCIMENTO (PSC-SP)
IRMAO LAZARO (PSC-BA)
JEFFERSON CAMPOS (PSD-SP)
João Henrique Caldas (SD-AL)
JHONATHAN DE JESUS (PRB-RR)
JOÃO DERLY (REDE-RS)
JOÃO CAMPOS (PRB-GO)
JORGE TADEU MUDALEN (DEM-SP)
JOSUE BENGTSON (PTB-PA)
JULIA MARINHO (PSC-PA)
LAERCIO OLIVEIRA (SD-SE)
LEONARDO QUINTAO (PMDB-MG)
LINCOLN PORTELA (PR-MG)
LUCIO MOSQUINI (PMDB-RO)
LUIZ CLAUDIO (PR-RO)
LUIZ LAURO FILHO (PSB-SP)
CARLOS MANATO (SD-ES)
MARCELO AGUIAR (DEM-SP)
MARCELO ALVARO (PRP-MG)
MÁRCIO MARINHO (PRB-BA)
MARCOS ROGÉRIO (DEM-RO)
MARCOS SOARES (DEM-RJ)
MARQUINHOS MENDES (PMDB-RJ)
MAX FILHO (PSDB-ES)
MISSIONÁRIO JOSÉ OLIMPIO (DEM-SP)
MOSES RODRIGUES (PMDB-CE)
NILTON CAPIXABA (PTB-RO)
ONYX LORENZONI (DEM-RS)
PASTOR EURICO (PHS-PE)
Pastor Marco Feliciano (PSC-SP)
PAULO FREIRE (PR-SP)
PROFESSOR VICTÓRIO GALLI (PSC-MT)
ROBERTO ALVES (PRB-SP)
ROBERTO DE LUCENA (PV-SP)
ROBERTO SALES (PRB-RJ)
RONALDO FONSECA (PROS-DF)
RONALDO MARTINS (PRB-CE)
RONALDO NOGUEIRA (PTB-RS)
ROSANGELA GOMES (PRB-RJ)
SERGIO VIDIGAL (PDT-ES)
SHERIDAN (PSDB-RR)
SILAS CAMARA (PRB-AM)
SOSTENES CAVALCANTE (DEM-RJ)
STEFANO AGUIAR (PSD-MG)
TAKAYAMA (PSC-PR)
TIA ERON (PRB-BA)
VINICIUS CARVALHO (PRB-SP)
WALNEY ROCHA (PTB-RJ)
WASHINGTON REIS (PMDB-RJ).
Lista dos deputados da bancada evangélica contrários ao impeachment:
Benedita da Silva (PT-RJ): dep.beneditadasilva@camara.leg.br
FABIANO HORTA (PT-RJ): dep.dimasfabiano@camara.leg.br
Pastor George Hilton (PROS-MG): dep.georgehilton@camara.leg.br
JONY MARCOS (PRB-SE):  dep.jonymarcos@camara.leg.br
PASTOR FRANKLIN (PP-MG): dep.franklinlima@camara.leg.br
TONINHO WANDSCHEER (PT-PR): dep.toninhowandscheer@camara.leg.br
Lista dos deputados da bancada evangélica indecisos sobre o impeachment:
AGUINALDO RIBEIRO (PP-PB): dep.aguinaldoribeiro@camara.leg.br
ALTINEU CORTES (PR-RJ): dep.altineucortes@camara.leg.br
FERNANDO TORRES (DEM-BA): dep.fernandotorres@camara.leg.br
HISSA ABRAHÃO (PPS-AM): dep.hissaabrahao@camara.leg.br
LINDOMAR GARÇON (PRB-RO): dep.lindomargarcon@camara.leg.br
RÔMULO GOUVÊIA (PSD-PB): dep.romulogouveia@camara.leg.br
SERGIO BRITO (PSD-BA): dep.sergiobrito@camara.leg.br
SILAS BRASILEIRO (PMDB-MG): dep.silasbrasileiro@camara.leg.br

Fonte: noticiasgospelmais.com.br 

Globo faz piadas sobre religião para tentar frear sucesso da Record com Os Dez Mandamentos

Globo faz piadas sobre religião para tentar frear sucesso da Record com Os Dez Mandamentos
A Globo decidiu bater de frente com a “novela bíblica” da Record, Os Dez Mandamentos, para contra-atacar o sucesso de audiência da emissora do bispo Edir Macedo. E a primeira estratégia usada foram sátiras à religião evangélica no humorístico Zorra Total.
Sem fazer menção direta à novela concorrente, o Zorra dedicou quadros a fazer piadas sobre possessão demoníaca e sobre a concepção virginal de Maria. Os quadros recorreram a estereótipos, expressando uma visão bastante contrária à pregada pela própria emissora quando se tratam de estereótipos sociais diversos.
“A gente não fala mal da religião nem fica criticando. Abordamos o que fazem dela, qual é a intenção real por trás daquilo tudo. Levantamos o assunto para as pessoas refletirem”, diz Marcius Melhem, um dos criadores do humorístico, em entrevista concedida nos Estúdios Globo (antigo Projac) ao Notícias da TV.
O humorista pontuou que a Globo não impõe limites ao programa: “Não é proibido fazer nada. A gente tem total liberdade, com responsabilidade, para fazer o que quiser. As restrições sempre vêm de fora, da classificação indicativa, do Ministério da Justiça, de pessoas que acham que sabem o que é melhor para o mundo… O perigo está sempre lá fora”, ironizou.

Perda de audiência

O motivo para essa postura agressiva em relação às religiões pode ser ilustrado com números. A novela Velho Chico – elogiada pela crítica – vinha desempenhando bem sua função e marcando bons índices de audiência nas principais praças de medição do Ibope, porém, com a estreia da segunda temporada do folhetim da Record que conta a história do êxodo do povo hebreu, os números caíram.
“A estreia da segunda fase de Os Dez Mandamentos já afeta a líder Globo e demais emissoras. De segunda-feira até ontem, o Jornal Nacional já perdeu cerca de 10% de sua audiência em pontos. No horário da novela bíblica, a Record cresceu quase 50%, passando de 11,1 pontos na semana anterior (sem novela) para 16,5 pontos agora. Cada ponto equivale a 69 mil domicílios na Grande São Paulo. Embora menos afetado, o SBT também perdeu uma fração de público, passando de 10,2 pontos antes da novela para 9,9 depois dela. Velho Chico também começa a ser afetada e os últimos três dias, com ‘Dez Mandamentos’ no ar, já perdeu 4% de seus pontos (de 30,0 para 28,7)”, informou o jornalista Ricardo Feltrin, do Uol.
Por Tiago Chagas  via gospelmais.com.br

sábado, 9 de abril de 2016

Papa abre Igreja a divorciados que voltaram a se casar

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Publicado no El País
Em sua exortação apostólica sobre a família, o papa Francisco se dirige aos divorciados que voltaram a se casar para lhes dizer que “não só não têm de se sentir excomungados, como também podem viver e evoluir como membros ativos da Igreja”, e afirma que “já não se pode dizer que todos os que se encontram em uma situação dita irregular vivem em pecado mortal”. Para Jorge Mario Bergoglio, “ninguém pode ser condenado para sempre”. E acrescenta: “Não me refiro apenas aos divorciados que estão em nova união, mas a todos, em qualquer situação em que se encontrem”. O Papa pede ao clero que tenha uma visão mais ampla e misericórdia na hora de definir quem tem o direito ao sacramento: “É mesquinharia considerar apenas se a obra de uma pessoa responde ou não a uma normal ou lei geral. Lembro aos sacerdotes que o confessionário não deve ser uma sala de torturas, mas sim o lugar da misericórdia do Senhor”.
A exortação apostólica Amoris Laetitia, que tem 261 páginas na versão em espanhol, reúne e interpreta as considerações apresentadas pelos bispos durante o Sínodo da Família, mas –bem ao estilo de Francisco—deverá incomodar os setores mais intransigentes da Igreja. Como se já estivesse a ouvir antecipadamente couro dos descontentes, Bergoglio adverte: “Nenhum pastor pode se sentir satisfeito apenas aplicando leis morais aos que vivem em situações irregulares, como se fossem pedras atiradas sobre a vida das pessoas”. Ele chama esses pastores de “corações fechados”, que se escondem por trás dos ensinamentos da Igreja “para se sentar no trono de Moisés e julgar, às vezes com ar de superioridade e superficialidade, os casos difíceis e as famílias feridas”. O Papa convida a que se analisem as situações caso a caso, e adverte: “É possível que, em meio a uma situação objetiva de pecado, se possa viver na graça de Deus, se possa amar e também se possa acreditar na vida da graça e na caridade, recebendo, para isso, a ajuda da Igreja”. E acrescenta, embora apenas em pé de página apesar da importância da questão: “Em alguns casos, poderia ser também a ajuda dos sacramentos”.
No entanto, e “para evitar qualquer interpretação enviesada”, o Papa ressalta que “de maneira alguma a Igreja deve renunciar ao ideal pleno do matrimônio cristão, reflexo da união entre o Cristo e sua Igreja, e que se realiza plenamente na união entre um homem e uma mulher” que “se dedicam reciprocamente um amor exclusivo” e “até a morte”. O parágrafo seguinte do oitavo capítulo afirma: “Outras formas de união contradizem radicalmente este ideal, mas algumas o realizam ao menos de uma forma parcial e análoga”. Bergoglio inclui a proposta dos padres sinodais de “valorizar os elementos construtivos daquelas situações que ainda não correspondem ou que já corresponderam” à instituição do matrimônio. A partir daí o Papa discorre sobre “as duas lógicas que atravessam toda a história da Igreja, marginalizar e reintegrar”, e afirma que ”a partir do Concílio de Jerusalém, o caminho da Igreja tem sido o de não condenar ninguém para sempre e difundir a misericórdia de Deus para todas as pessoas que a pedem de coração sincero, porque a verdadeira caridade é sempre desinteressada, incondicional e gratuita”.
O Papa faz também uma autocrítica a respeito de certas atitudes rígidas da Igreja que geraram repúdio: “Devemos ser humildes e realistas para poder reconhecer que às vezes o nosso modo de apresentar as convicções cristãs e a forma de tratar as pessoas é que causaram aquilo que hoje lamentamos (…). Muitas pessoas não sentem que a mensagem da Igreja sobre o matrimônio e a família tenha sido um reflexo claro da pregação e das atitudes de Jesus, que, ao mesmo tempo em que propunha um ideal exigente, nunca perdia a aproximação compassiva com os fracos, como a samaritana ou a mulher adúltera (…). Estamos chamados a formar as consciências, mas não a querer substituí-las”.
Na linha do Concílio Vaticano II, a exortação apregoa “uma positiva e prudente educação sexual” para crianças e adolescentes “conforme a idade avança” e “levando em conta o progresso da psicologia, da pedagogia e da didática”, mas se pergunta se “as instituições educativas [da Igreja] assumiram esse desafio”. Depois de defender uma informação sexual que desenvolva um “senso crítico” diante da “invasão de propostas” e da “pornografia descontrolada”, o Papa advoga o “pudor saudável” e critica o fato de que, “com frequência”, a educação sexual se concentra apenas em um convite a que se realizar um “sexo seguro”. “Esta expressão”, afirma a exortação apostólica, “transmite uma atitude negativa diante da finalidade de procriação natural da sexualidade, como se um possível filho fosse um inimigo do qual se deve proteger. Assim se promove a agressividade narcisista em vez do acolhimento. É irresponsável qualquer convite aos adolescentes para que brinquem com seus corpos e desejos como se já tivessem os valores e a maturidade, o compromisso mútuo e os objetivos próprios de um casamento. Dessa forma, se estimula alegremente a utilizar a outra pessoa como objeto de buscas compensatórias de carências ou de grandes limitações”.
Embora a exortação apostólica não se dedique a analisar o escândalo da pederastia dentro da Igreja, o Papa não deixa de utilizar a ocasião para advertir de que “o abuso sexual de crianças se torna ainda mais escandaloso quando ocorre nos lugares onde elas deveriam ser protegidas, particularmente nas famílias, nas escolas e nas comunidades e instituições cristãs”.
Fonte: pavablog

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Bancada evangélica anuncia apoio ao impeachment de Dilma, mas admite que há indecisos

Bancada evangélica anuncia apoio ao impeachment de Dilma, mas admite que há indecisos

A bancada evangélica resolveu se posicionar a respeito do processo deimpeachment e declarou-se a favor da destituição da presidente Dilma Rousseff (PT), através de nota assinada pelo deputado João Campos (PRB-GO).
Segundo o parlamentar ainda não é possível afirmar que todos os 92 integrantes da bancada votarão a favor do impeachment, mas é seguro apontar que a maioria dos deputados evangélicos seguirão essa linha.
A decisão de se manifestar a favor do impeachment, segundo Campos, foi tomada em uma reunião com 70 parlamentares, que participaram de forma presencial ou virtual, de acordo com informações do site Congresso em Foco.
Campos pontuou que a postura adotada reflete o sentimento “não apenas da bancada, mas do segmento evangélico do país, que deseja dias melhores”.
A conta sobre os votos da bancada evangélica ainda não está fechada, porque aproximadamente cinco deputados se mostraram indecisos, enquanto há os que são contrários ao impeachment por serem filiados a partidos aliados à presidente Dilma, como é o caso da deputada Benedita da Silva (PT-RJ).
“Essa posição não é uma posição partidária, sequer religiosa. É uma posição em favor da nação. O país não pode continuar como está”, declarou o parlamentar, que recentemente trocou o PSDB pelo PRB, legenda conhecida como o “partido da Universal” e que abandonou a base aliada do governo.
Confira a íntegra do comunicado da bancada evangélica
“NOTA À NAÇÃO BRASILEIRA
A Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional – FPE, tendo em vista a grave crise econômica, moral, ética e política que atravessa o Brasil, com graves consequências na vida do povo brasileiro, tais como: desemprego, inflação, fechamento de empresas, descrédito econômico nacional e internacional, e entendendo que os mais pobres do país são os que mais estão sofrendo com os resultados dessa crise generalizada;
Considerando que os recentes escândalos de corrupção praticados pelo governo Dilma são uma afronta ao povo e ao estado democrático de direito e amparada pelo caminho constitucional, legal e democrático embasado pelo pedido de impeachment que tramita no Congresso Nacional, bem como a necessidade do país de restabelecer a esperança, a confiança, a unidade nacional e a retomada do crescimento, DECIDIU, MANISFESTAR PUBLICAMENTE SUA POSIÇÃO FAVORÁVEL AO IMPEACHMENT DA PRESIDENTE DA REPÚBLICA, em reunião extraordinária, na tarde de hoje.
Brasília, 06 de abril de 2016.
João Campos
Deputado federal, presidente da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional”
Por Tiago Chagas / via gospelmais.com.br

sábado, 2 de abril de 2016

Dilma pede a Edir Macedo que ajude barrar impeachment; Bispo recusa, mas promete oração

Dilma pede a Edir Macedo que ajude barrar impeachment; Bispo recusa, mas promete oração
A presidente Dilma Rousseff (PT) teria procurado o bispo Edir Macedo para reconquistar a bancada do PRB – e seus votos – em sua tentativa de barrar o processo deimpeachment.
Em uma ligação telefônica, a mandatária conversou com o empresário e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, pedindo ajuda para reverter a decisão do PRB – conhecido no meio político pela alcunha de “partido da Universal” – de abandonar a base governista.
Segundo informações da coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, a iniciativa de Dilma foi infrutífera: “O bispo não embarcou na ideia, mas prometeu ‘orar por ela e pelo país’”.
Diante da resposta negativa, e da postura opositora de igrejas pentecostais – como parte da Assembleia de Deus -, Dilma apelou para outra denominação: a Igreja Católica. “Nesta quinta [ontem], Gilberto Carvalho foi acionado para interceder junto a parlamentares ligados à Igreja Católica”, informou a jornalista Natuza Nery, editora do Painel da Folha.
“Políticos experientes fazem o seguinte prognóstico: o destino de Dilma Rousseff deve ser decidido apenas nos dias imediatamente anteriores à votação”, acrescentou Nery.
O governo estaria preocupado com o número de votos necessários para impedir que o processo contra Dilma avance, pois são necessários 172, e só há garantia de 97, por enquanto, segundo informações da colunista Mônica Bergamo, da rádio Band News FM.
Por Tiago Chagas / via gospelmais.com.br

terça-feira, 29 de março de 2016

Em apoio à Lava-Jato, pastores defendem medidas anticorrupção e convocam oração pelo Brasil

Em apoio à Lava-Jato, pastores defendem medidas anticorrupção e convocam oração pelo Brasil
Após a divulgação de um manifesto de lideranças evangélicas com críticas à Operação Lava-Jato, outros grupos resolveram se posicionar em solidariedade ao juiz federal Sérgio Moro.
A iniciativa do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (FENASP) e a Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil (CONCEPAB) estabeleceu um contraponto em relação à postura da entidade Missão na Íntegra, liderada por pastores como Ariovaldo Ramos, Ed René Kivitz, Ricardo Bitun e Carlos Queiroz, dentre outros.
No documento, as duas entidades que se manifestaram pró-Lava-Jato afirmam que é preciso “posicionar-se em defesa do Estado Democrático de Direito” e que a “Igreja do Senhor deve recorrer à oração, obedecendo aos princípios bíblicos de orar por aqueles que estão investidos de autoridade para que sejam sóbrios, sábios e justos”.
O documento expressa “confiança nas instituições brasileiras, que estão amadurecidas e assumem seus papéis frente à situação atual, com firmeza e justiça” e apoia a “continuidade da Operação Lava Jato sob a jurisdição do Excelentíssimo Juiz Federal Sérgio Moro”.
Outra ação de combate à corrupção, como as 10 Medidas propostas pelo Ministério Público também foram mencionadas no comunicado conjunto da FENASP e da CONCEPAB, que reiterou a importância de que os responsáveis, “independentemente de suas funções sociais e políticas, sejam submetidos ao devido processo legal”.
O documento também considera “a nomeação do ex-presidente Lula como Ministro de Estado como uma afronta às instituições, na medida em que ele está sob investigação”. Confira a íntegra:
A Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil (Concepab) e o Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (Fenasp) vêm a público, neste momento crítico que o país atravessa, posicionar-se em defesa do Estado de Democrático de Direito.
Acreditamos, acima de tudo, que a Igreja do Senhor deve recorrer à oração, obedecendo aos princípios bíblicos de orar por aqueles que estão investidos de autoridade para que sejam sóbrios, sábios e justos. Reafirmamos nossa confiança nas instituições brasileiras, que estão amadurecidas e assumem seus papéis frente à situação atual, com firmeza e justiça.
Defendemos a continuidade da Operação Lava Jato sob a jurisdição do Excelentíssimo Juiz Federal Sérgio Moro; as 10 Medidas propostas pelo Ministério Público para reforçar o combate à corrupção no país; e que os culpados, independentemente de suas funções sociais e políticas, sejam submetidos ao devido processo legal. Entendemos a nomeação do ex-presidente Lula como Ministro de Estado como uma afronta às instituições, na medida em que ele está sob investigação.
Nós da Fenasp e Concepab esperamos que os políticos coloquem o povo e a pátria acima de seus próprios interesses, sejam altruístas e se lembrem de que representam esse povo que se mobilizou em grandes protestos, pacíficos e ordeiros, pedindo nas ruas do país por um “basta.
Por Tiago Chagas / via gospelmais.com.br 

segunda-feira, 28 de março de 2016

A Páscoa no Antigo Testamento


A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes do nosso calendário. Atualmente, tornou-se uma data tão comercial, que poucos lembram ou conhecem seu verdadeiro significado. Para além dos chocolates e presentes, a CPAD - editora cristã - reforça a origem do termo, que remonta a aproximadamente 1.445 anos antes de Cristo.

Para contextualizarmos, neste período, de acordo com a Bíblia, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó viviam como escravos há mais de quatrocentos anos no Egito. A fim de libertá-los, Deus designou Moisés como líder do povo hebreu (Êxodo 3-4). 

Em obediência ao Senhor, Moisés dirigiu-se a Faraó a fim de transmitir-lhe a ordem divina: “Deixa ir o meu povo”. Para conscientizar o rei da seriedade da mensagem, Moisés, mediante o poder de Deus, invocou pragas como julgamentos contra o Egito. 

No decorrer de várias dessas pragas, Faraó concordava deixar o povo ir, mas, a seguir, voltava atrás, uma vez a praga sustada. Soou a hora da décima e derradeira praga, aquela que não deixaria aos egípcios nenhuma outra alternativa senão a de lançar fora os israelitas: Deus mandou um anjo destruidor através da terra do Egito para eliminar “todo primogênito... desde os homens até aos animais” (Êx.12.12). 

A primeira Páscoa

Como os israelitas também habitavam no Egito, o Senhor emitiu uma ordem específica a seu povo. A obediência a essa ordem traria a proteção divina a cada família dos hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família tomaria um cordeiro macho, de um ano de idade, sem defeito e o sacrificaria. Famílias menores podiam repartir um único cordeiro entre si (Êx. 12.4). 

Os israelitas deviam aspergir parte do sangue do cordeiro sacrificado nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando o destruidor passasse por aquela terra, ele não mataria os primogênitos das casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas. Daí o termo Páscoa, do hebreu pesah, que significa “pular além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar”. 

Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação à morte executada contra todos os primogênitos egípcios. Deus ordenou o sinal do sangue, não porque Ele não tivesse outra forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas porque queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o para o advento do “Cordeiro de Deus,” Jesus Cristo, que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (Jo. 1.29). 

De acordo com a Bíblia, no livro de Êxodo, capítulo 12, versículo 31, naquela mesma noite Faraó, permitiu que o povo de Deus partisse, encerrando assim, séculos de escravidão e inaugurando uma viagem que duraria quarenta anos, até Canaã, a terra prometida.

A partir daquele momento da história, os judeus celebrariam a Páscoa toda primavera, obedecendo as instruções divinas de que aquela celebração seria “estatuto perpétuo” (Êx. 12.14). Era, porém, um sacrifício comemorativo, exceto o sacrifício inicial no Egito, que foi um sacrifício eficaz.

Libertação

Assim sendo, lembremos, não somente nesta data, mas em todos os dias, o verdadeiro significado da Páscoa. Assim como o Todo Poderoso libertou os hebreus da escravidão no Egito, Deus quer nos libertar da escravidão do pecado e por isso, enviou seu Filho, Jesus Cristo, para que “todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (Jo. 3.16) Vida esta conquistada com sangue “porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós.” (I Co 5.7) 

Celebremos então a liberdade conquistada por Jesus Cristo na cruz para todos nós!
Fonte: Texto extraído em parte da Bíblia de Estudo Pentecostal

sábado, 26 de março de 2016

CGADB é multada em R$ 9 milhões por descumprir ordem judicial

CGADB é multada em R$ 9 milhões por descumprir ordem judicial

Samuel Câmara reclama da falta de transparência
CGADB é multada em R$ 9 milhões por descumprir ordem judicialCGADB é multada por descumprir ordem judicial


O pastor José Wellington Bezerra da Costa foi eleito para mais um mandato à frente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) durante a 41ª Assembleia Geral Ordinária em 2013.
Na época, o pastor Samuel Câmara, que também concorria ao cargo, requisitou que fossem apresentados os comprovantes de pagamento dos convencionais inscritos para participariam da eleição. O objetivo era verificar possíveis inscritos fora do prazo legal.
Segundo o pastor Robson Aguiar seriam cerca de 1.800 inscritos fora do prazo legal (28/12/2012). “A suspeita era que o pastor Wellington, para se beneficiar nas eleições, teria permitido as inscrições”, escreveu.
Pelos cálculos de Aguiar, sem esses votos irregulares, o pastor José Wellington ficaria com 7.203 votos e Samuel Câmara se sagraria vencedor, pois teve 7.407 votos. Isso mudaria totalmente a configuração da CGADB.
Após ter perdido, Samuel Câmara ajuizou ação junto à justiça. Ainda que a decisão judicial determinasse a apresentação dos documentos solicitados, José Wellington se recusou a fazê-lo. Sendo assim, a Justiça do Estado do Amazonas determinou multa diária no valor de R$ 50 mil reais. A liderança da CGADB decidiu não cumprir a sentença e o caso continuou nos trâmites judiciais.
Sua decisão foi por um agravo pedindo o efeito suspensivo da medida até que houvesse o trânsito em julgado. O pedido não foi aceito pelo desembargador Leonam Gondim da Cruz Junior em sua decisão. A diretoria da CGADB entrou com agravo interno, novamente foi negado o pedido do efeito suspensivo.
Em 3 de março de 2016, o caso ganhou um novo capítulo. O juiz da 1ª. Vara Cível e Acidentes do Trabalho de Manaus, José Renier da Silva Guimarães, exigiu que o presidente da Convenção Geral, dento de 15 dias pagasse nove milhões de reais em multas acumuladas desde 2013.
Ouvido pelo site JM Notícia, o pastor Samuel Câmara mostrou-se preocupado com a falta de transparência da maior instituição representativa das Assembleias de Deus no Brasil. “A nossa prioridade é trabalhar pela transparência, legalidade dos atos convencionais. Votos, mobilização e transparência, nós sempre tivemos”, afirmou.
Por sua vez, José Wellington, através do advogado da Convenção Geral, Dr. Abiezer Apolinário, recorreu da condenação, e entrou com um Agravo de Instrumento junto ao Tribunal de Justiça do Amazonas. Ele tenta reverter a condenação, afirmando que a documentação dos comprovantes de inscritos já foi apresentada.

Fonte: gospelprime.com.br

Eu Repudio o Manifesto do Ministério Missão na Íntegra

image from google


Difícil não concordar que o Manifesto "Evangélico" emitido pelo Ministério Missão na Íntegra não seja um documento pró-governo. Mesmo que seu conteúdo tenha um linguajar velado, há em seu texto argumentos que são sistematicamente utilizados pelos grupos favoráveis ao PT. São eles:
1. A defesa do Estado democrático de direito, no qual dizem estar sendo atacado.
2. Parcialidade da imprensa e alarmismo midiático.
3. Respeito aos que elegeram a Dilma pela via democrática.

O que fica de fora no referido manifesto é:

1. Uma postura de condenação a já confirmada conduta imoral do atual governo nomeando o ex-presidente Lula a um cargo de ministro para obstrução da justiça.
2. Que o processo de Impeachment é legal, constitucional e em nada compromete o Estado democrático de direito, muito pelo contrário, ele o corrobora frente às irregularidades de quem foi confiado pelo voto a presidir eticamente a nação.
3. Que até mesmo pessoas que votaram no atual governo estão arrependidas e endossam o pedido de impeachmentPesquisa recente do Datafolha demonstra que 69% classificam o governo Dilma como ruim ou péssimo.

Sendo assim, o manifesto vai de encontro ao clamor da maioria dos brasileiros e ainda desqualifica o legítimo e - dada as atuais circunstâncias - até mesmo urgente processo de impeachment (que, diga-se de passagem, não significa que vá derrubar a Dilma, pois a mesma tem direito de defesa e só seria impedida de governar constatando-se as irregularidades de sua gestão).


Mas esse tipo de discurso é conhecido daqueles que militam ou simpatizam com o pensamento da esquerda. O Pr. Franklin Ferreira, em seu recente livro, Contra aIdolatria do Estado, denuncia esse tipo de arquitetura argumentativa. Diz ele:
(...) outro aspecto do esquerdismo é somente tolerar crítica ao partido-Estado em dois casos: se elas vierem de seus quadros ou se alvejarem igualmente o “outro lado”, ou seja, a direita – de representação inexistente no Brasil. Essa seria uma prova de suposta “neutralidade” política, uma noção epistemológica profundamente ingênua e moralmente errada. Essa “isenção” no debate é apenas um jeito de ficar do lado do dono do muro.¹

Se posicionar favorável a um governo que além de corrupto e corruptor, é também detentor de uma agenda político-ideológica que em diversas esferas é antagônica ao que ensina o Evangelho, mostra como que determinadas correntes teológicas – neste caso, a Teologia da Missão Integral – tem sido influenciadas por uma ideologia que macula oethos do cristianismo e mantém um ponto idolátrico que deve ser denunciado por todo aquele que anela pela sã doutrina. Se nós somos cristãos e temos os nossos pressupostos baseados na Escritura, logo, não podemos abraçar uma doutrina concorrente ao cristianismo. Ainda mais quando esta corrente enxerga a religião, ou melhor, a metafísica como sendo um produto da opressão, uma vez que os oprimidos a inventaram como um entorpecente que alivia a dor (ópio). Isto é pregado pelo Marxismo, ideologia-base do partido do atual governo. Todavia, endossamos que a doutrina cristã não foi fabricada. Ela é a revelação de Deus por meio do seu Filho, trazendo boas novas de salvação. Não que ela negue que existam opressores e oprimidos, essa realidade existe e se lermos os profetas, os evangelhos e as cartas apostólicas, veremos que Deus está sempre do lado dos pobres quando os ricos não agem corretamente e tolhem a justiça, devido a sua ganância. 


Marx, junto com Engels, criou uma soteriologia ao anunciar o fim da opressão quando o proletariado se rebelar contra a burguesia e tomar o poder político e econômico, controlando os modos de produção e a máquina estatal. É um enredo religioso-escatológico, pois a sociedade sem classes e sem miséria certamente chegaria (Marx tinha esperanças de ver isso ainda no séc. 19). A certeza deste mundo idílico é fruto de sua tese na luta de classes. Segundo Marx e Engels, toda a história se resume no conflito entre opressores e oprimidos, sendo que este segundo grupo, cansado da exploração acaba fazendo a revolução e subvertendo a ordem vigente. Logo, o governo do proletariado iria dar um basta no capitalismo burguês. O que os marxistas não esperavam é que o Capitalismo aliado à democracia cativava mais os trabalhadores do que o ideal revolucionário.

Defender o atual governo é depositar as esperanças de melhoria social no Estado, elevado a categoria de redentor das classes menos abastadas. Deixo-vos novamente com as palavras do Pr. Franklin Ferreira:
Nas Escrituras não há um único texto que apoie a ideia de que o cristão deve depositar a esperança no poder do Estado ou ser subserviente a um governo autoritário ou totalitário. A mensagem poderosa do evangelho (Rm 1.16), que tem o poder de produzir mudança social profunda, não depende do poder ou do controle do Estado.²

Eis o motivo para repudiarmos o posicionamento dos que subscreveram o manifesto em defesa do atual governo, chegando ao ponto de deslegitimar o processo de 
impeachmente o grito das ruas, dando a entender que era um grito manobrado pela imprensa e por gente “mal intencionada”. O conteúdo do manifesto chega a alertar para que o clamor por justiça não se torne em injustiça, caso o atual governo venha a ser derrubado (é ou não é uma forma eufemística de dizer “não vai ter Golpe”, tal como fazem os correligionários petistas?).

Devemos protestar contra um mau governo. Devemos exercer nossa cidadania, de maneira pacífica, ordeira, tal como cabe aos santos se portarem. Mas não devemos nos calar, pois, omissão frente ao mal é colaborar com o mesmo. Não devemos ser cúmplices de um governo imoral e profanador daquilo que professamos crer. Contento-me em subscrever a declaração emitida por pastores, teólogos e líderes evangélicos que estiveram presentes no 10º Congresso de Teologia Vida Nova, nos dias 15 a 18 de março de 2016, em Águas de Lindoia, São Paulo. Eis um trecho: “Repudiamos o silêncio eloquente daqueles que, em nome de uma agenda ideológica iníqua, se eximem de fazer crítica profética a partir das Escrituras e, com isso, contribuem para a corrosão do estado democrático de direito”. 

Acrescentaria dizendo que não apenas o silêncio, mas o apoio eloquente de uma agenda (ou governo) iníqua deve ser repudiado. Eu repudio o Manifesto do Ministério Missão na Íntegra por entender que este não coaduna com a postura cristã frente a um governo corrupto. E você? 


Oremos por nossa pátria! Oremos por nossas igrejas! 

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Notas:
[1] FERREIRA, Franklin. Contra a Idolatria do Estado: o papel do cristão na política. São Paulo, Vida Nova-2016. p. 117.
[2] Ibidem. p. 121.

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Divulgação: Bereianos

quinta-feira, 24 de março de 2016

Universal, Mundial e Plenitude: crise econômica pode tirar igrejas da TV, diz jornalista

Universal, Mundial e Plenitude: crise econômica pode tirar igrejas da TV, diz jornalista
As igrejas neopentecostais que baseiam sua estratégia de divulgação na veiculação de programas em emissoras de TV aberta vêm sofrendo com a atual crise econômica, por conta da redução na contribuição dos fiéis.
Um dos efeitos da baixa na arrecadação de dízimos e ofertas é a redução da presença dessas igrejas nas emissoras. Em alguns casos, os programas foram extintos, ao menos por enquanto.
O jornalista Ricardo Feltrin, especializado em TV, publicou em sua coluna no portal Uol um relato sobre a atual situação das denominações neopentecostais: “A crise econômica já afeta de forma profunda a sociedade, inclusive as igrejas evangélicas. Algumas denominações já demonstram isso de forma clara. A Igreja da Plenitude, do evangélico Agenor Duque, acaba de ficar fora do ar por uma semana no canal RBI, devido à falta de pagamento. Já a Igreja Mundial de Valdemiro Santiago, vem ‘penando’: perdeu praticamente todos os horários que comprava na RedeTV! – também por atraso no pagamento – e agora mal consegue manter sua emissora na TV fechada (Rede Mundial)”, informou.
A crise, porém, não arrefece a rivalidade dessas igrejas, conhecidas por disputarem a atenção do mesmo público-alvo: “Ainda assim, logo que viu a crise do rival Duque, no final de fevereiro, Valdemiro tentou abocanhar o horário vago na RBI, mas a empreitada não vingou muito. A Mundialtem perdido fiéis principalmente para a Plenitude”, revelou o jornalista.
De acordo com Feltrin, somente a denominação de Valdemiro Santiago emprega, anualmente, R$ 132 milhões na locação de horários nas mídias de massa.
“Nas últimas semanas a igreja de Valdemiro aumentou as campanhas e ‘desafios’ (leia-se ‘carnês’), nos quais fiéis colaboram com uma doação ‘extra’ mensal, que pode ser de R$ 200 a R$ 2000. A justificativa é que, sem doações, será impossível manter a TV Mundial no ar e as rádios. Estima-se que a Mundial tenha ao menos R$ 11 milhões mensais fixos em aluguéis de horários em TVs, rádios e aluguel de templos. Aliás, há inúmeros casos de aluguel atrasados na Mundial país afora”, criticou.
As sucessivas trocas de emissora mostram o quanto a Igreja Mundial do Poder de Deus tem sofrido nos últimos quatro anos para se estabilizar novamente após a ofensiva da rival, Universal do Reino de Deus, para recuperar o espaço perdido.
“O líder da Mundial tem vivido na pele a mais madrasta das crises, aliada a uma inédita fuga de fiéis. E tudo começou com longa reportagem do ‘Domingo Espetacular’ (Record), que denunciou o líder da Mundial por lavagem de dinheiro de fiéis, em 2012. Ministério Público, polícia e – o pior – a Receita Federal causaram grande perda de patrimônio ao autointitulado apóstolo, que foi obrigado a vender bens e fazendas milionárias”, pontuou Feltrin.
Sobre a Universal, o jornalista revelou que a igreja do bispo Edir Macedo também tem enfrentado águas turbulentas. Segundo Feltrin, a igreja “assiste à queda no pagamento de dízimos, mês a mês, desde o ano passado”, o que pode levar ao cancelamento de programas em emissoras de TV.
“Pastores ouvidos nos últimos dois dias pela coluna sob a condição de anonimato confirmam a queda, mas afirmam que a orientação da direção da igreja, no momento, é ‘entender o momento econômico’ e, ao contrário das demais, não forçar a doação, fazer exigências ou lançar grandes ‘desafios’ aos fiéis”, concluiu.
Por Tiago Chagas / via gospelmais.com.br